quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Aquisições - Novembro 2011

Por vezes dou por mim no fim do mês a tentar perceber para onde é que o mês fugiu... Outras vezes o mês leva tanto tempo a passar que parece o dobro do tempo. Novembro é um mês misto, tenho ambas as sensações, apenas em relação a coisas diferentes. Em relação a livros, pareceu-me que o mês se arrastou um pouco (esperar impacientemente pelo carteiro tem destas coisas), mas consegui recuperar duma certa preguiça que senti em Outubro, no que toca a leituras e ao blog. No que toca a aquisições, aqui ficam as do mês:

- Forbbiden, Jana Oliver, lido
- The Viscount Who Loved Me, Julia Quinn, lido
Duas continuações de duas séries das quais gosto muito.

- The Unbecoming of Mara Dyer, Michelle Hodkin, lido
- The Girl of Fire and Thorns, Rae Carson, lido
Para o desafio dos autores YA debutantes de 2011. Não foram extraordinários (nem todos podem ser um Daughter of Smoke and Bone), mas o primeiro foi uma surpresa pelo tipo de história.

Engraçado, todos estes livros chegaram-me 1 semana depois de serem enviados... um livro da mesma encomenda que foi enviado uns dias depois ainda não chegou, e já lá vão quase 3 semanas. Os Correios tornam-se por vezes um limbo das minhas encomendas, não sei porquê. 3 semanas à espera. Haja paciência.

- Time Riders - Os Guardiões da História, Alex Scarrow
- Besta, Scott Westerfeld, lido
- No Anexo, Sharon Dogar, lido
- Cruz de Ossos, Patricia Briggs, lido
- O Messias de Duna, Frank Herbert
- Os Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa, antologia
Estou muito curiosa acerca desta antologia, toda a efabulação em torno do livro e das histórias nele contidas tem sido bem engraçada de acompanhar. Gostei muito de assistir à sessão sobre esta antologia no Fórum Fantástico.

- Magia ao Vento, Christine Feehan, lido
- A Luz Miserável, David Soares
- Para a Minha Irmã, Jodi Picoult
Estes livros não são literalmente aquisições, são na verdade empréstimos, mas vale a pena referir. Um agradecimento à Puky do fórum Bang! pelo empréstimo dos primeiros dois e à Rita do A Magia dos Livros pelo empréstimo do último.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

The Viscount Who Loved Me, Julia Quinn


Opinião: Awww, o Anthony e a Kate são um casal mesmo giro. Achei muita piada que começassem às turras, sempre a trocar comentários coloridos, evoluindo para gostarem um do outro numa atitude quase de negação porque são ambos demasiado casmurros para o admitir. Ainda por cima têm bastantes coisas em comum. Especialmente os mommy/daddy issues.

Gostei da Kate, de ver a sua relação com a irmã e a madrasta, e a sua atitude de irmã mais velha em relação à Edwina. O que gostei mais, no entanto, foi a sua capacidade de esgrimir argumentos com o Anthony.

Quanto ao Anthony, fiquei contentíssima por ter razão - "sofreu" com o mesmo tipo de interferências da famílias que a Daphne. Desde as tendências casamenteiras da mãe, aos comentários engraçadinhos do Colin, ao ter de casar por ser apanhado numa situação indecorosa... matei-me a rir com essa cena. Achei interessante o seu problema derivado da morte do pai (que, pobre homem, morreu de um choque anafilático), apesar de o fazer bater com a cabeça nas paredes umas vezes até atinar.

Quanto ao resto da família, estou intrigada por o Benedict não ter aparecido muito... afinal o próximo livro é o dele. O Colin, por outro lado, está em todas, sabe de todas, faz uns comentários aqui, umas manipulações ali... começo a achar que o rapaz aspira a casamenteiro, de tantas vezes que coloca os irmãos no caminho amoroso certo. Dos irmãos mais novos, vimos pouco, com excepção da Eloise.

Mais uma coisa, começo a achar que sei quem é a Lady Whistledown... pelo menos este livro deu-me uma grande pista para o meu suspeito principal. Em caso de verificar que não é essa pessoa, ainda tenho em mente mais dois suspeitos, mas não encaixam tão bem como o suspeito principal.

P.S.: Esqueci-me do jogo de Pall Mall! A razão pela qual mandei vir este livro logo a seguir ao outro foi por a jen7waters e a WhiteLady3 terem-me aguçado a curiosidade com umas referências à cena do jogo no post do 1º livro... só tenho a agradecer, porque diverti-me imenso com esta cena. Os Bridgertons são mesmo competitivos, e vê-se que a Kate vai encaixar muito bem, ganhou logo o seu primeiro jogo! (Adorei a malandrice que ela fez para fazer o Anthony perder.)

Páginas: 384

Editora: Piatkus

domingo, 27 de novembro de 2011

No Anexo, Sharon Dogar

I'm submitting this book to the YA Historical Fiction Challenge hosted by YA Bliss.


Opinião: Tenho uma relutância natural em ler livros (ou ver filmes) sobre a 2ª Guerra Mundial, e acho que O Diário de Anne Frank é, em parte, culpado por isso. Sou capaz de o ter lido umas quantas vezes na minha pré-adolescência, e de todas as vezes, mesmo sabendo como acabava, eu como que torcia para que acabasse de outra maneira, mais favorável a todos os envolvidos. Mas terminava sempre com a maldita nota sobre o destino dos habitantes do Anexo (7 dos 8 morreram nos campos de concentração), e lá morria mais um bocadinho do meu optimismo e da minha fé na humanidade.

Passemos para 2011, em que enquanto estava a ler A Rapariga que Roubava Livros (a opinião está, digamos, a marinar, mas já agora digo que gostei muito) tropecei neste livro e fui atacada por uma louca vontade de reviver a história que conheço de O Diário de Anne Frank (doravante mencionado como o Diário) e este reconto do ponto de vista do Peter van Pels veio mesmo a jeito.

Primeiro que tudo, relembrei-me porque é que adorei ler e reler o Diário quando era miúda. Depois relembrei-me de pormenores parvos de que já não me lembrava (como os van Pels serem referidos como van Daan no Diário). Por fim, gostei minimamente da primeira parte da história, apesar de ter havido algumas coisas que me atrapalharam a leitura.

A primeira parte conta a história que já conhecemos do Diário do ponto de vista do Peter. Gostei desta parte porque me fez pensar em como o ponto de vista das outras pessoas seria diferente do da Anne, e de como se calhar não achariam muita piada a como foram retratadas no Diário. Este livro apresenta um mundo interior plausível para um rapaz adolescente como o Peter, e mostra o quão difícil seria para um adolescente estar confinado durante dois anos.

Aquilo que me deixou mais de pé atrás foi o facto de estar a ler um relato ficcional sobre uma pessoa real. Tive uma sensação de estranheza durante a primeira parte devido a este facto. Isso, e a narrativa pareceu-me arrastar-se um pouco, por vezes, e noutras saltar no tempo duma forma fracturada.

A segunda parte é puramente ficcional e a autora refere que se baseou em relatos de sobreviventes para a escrever. Conta como teria sido a vida de Peter nos campos de concentração e foi muito comovente pelas condições de vida num campo. Apreciei muito mais esta parte.

A única crítica que tenho a fazer à edição portuguesa é que vi numa opinião sobre a edição inglesa a referência a uma lista de livros que a autora terá juntado ao livro como recomendações de leitura, e que nesta edição não existe tal lista. Gostava de a poder ter espreitado.

Título original: Annexed (2010)

Páginas: 288

Editora: Edições Asa

Tradução: Ana Beatriz Manso

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

The Unbecoming of Mara Dyer, Michelle Hodkin

I'm submitting this book to the 2011 Debut Author Challenge, hosted by The Story Siren.


Review: I did not see this one coming. This book has a rather unique plot, making you second-guessing what you've just read and complicating further Mara's story. It's rare to read a mystery/thriller in the YA genre, but I enjoyed every bit of it.

Mara Dyer is starting school anew. She has moved due a personal tragedy - her best friend, her boyfriend and his sister died, leaving her with no memory of what happened, except for these hallucinations, these visions that haunt her. She doesn't know how to get back to normal.

It was refreshing to read Mara's story. She's an unreliable narrator (one not very common in YA), due to her hallucinations, and she had me second-guessing everything she said that she saw and did, and even when I found out what was really going on with her, I was very skeptical at that particular revelation. The plot kept me suspicious until the very end, and I was a bit uneasy about how the thing with Mara turned out.

Noah, the male MC, starts out as the typical player, the hot and British guy - he's the kind of character that would annoy me for being such a cliché, but he and Mara had some chemistry and I was chuckling at every remark that they both threw at each other, usually sarcastic or with some sort of innuendo.

They come off a bit too intense, though. I wasn't sure if it was Mara's "craziness" or just teenage behaviour, but still, their relationship was a bit odd. And unique, as well - I was curious at how they were connected and what that means for them, as it could go either very right or very wrong.

I adored Mara's family, they were so supportive of her, especially her brothers, Daniel and Joseph. Jamie, the guy she befriends, was interesing and funny, although a bit cliché. I just lacked any strong female characters besides Mara. Her dead friends don't count, and the she-slut that tried to screw with Mara doesn't either.

As for the final chapters and the ending, I was shocked. At how Mara behaved, at what she was willing to do and at what she may have (or may have not) done. And also at what she was going to do before the big cliffhanger. Seriously, what is going on with these books? Cliffhangers are so exciting but also make me pine so much for the next book. I tell you, it is not a pretty sight to behold, leaving me hanging like that. September 2012 is so far away...

Pages: 464

Publisher: Simon & Schuster

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Curiosidades Literárias: Goodreads Recommendations

Oh dear, estas recomendações são meeeeeeeeeesmo viciantes. Quem quer que inventou isto é genial, porque a aplicação parece uma bola de cristal no que toca às minhas leituras. Devo confessar que resisti durante muito tempo a classificar livros no Goodreads, porque simplesmente não gosto muito de o fazer, mas acabei por ceder para ver o que sairia dali.

O resultado é espantoso. Seleccionando os géneros literários que mais me interessam, a aplicação gera recomendações baseadas nas minhas estantes. E dadas as recomendações que já recebi, posso dizer que o Goodreads conhece-me bem demais.

No outro dia a minha irmã pôs-se a cuscar as minhas recomendações e a perguntar-me o autor dando-me o título do livro - acertava quase todos, porque os livros que a aplicação apresenta são geralmente livros que já me passaram debaixo do radar em algum momento. Finalmente, tenho uma maneira de adicionar rapidamente à wishlist livros que me suscitem interesse. As Goodreads Recommendations estão recomendadas!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Besta, Scott Westerfeld


Opinião: Já o disse na opinião do Leviatã, e volto a dizê-lo - adoro o worldbuilding que o Scott Westerfeld fez nestes livros. Reescrever a 1ª Guerra Mundial como uma guerra entre Darwinistas (que criam armamento de guerra através de biotecnologia) e Clankers (que recorrem às boas velhas máquinas) cria um cenário tão interessante, e bónus, descreve bastante bem o início deste conflito. É assim como um WWI for Dummies.

Quanto ao enredo, a história começa um par de dias após o livro anterior, com o Leviatã a dirigir-se para a Turquia, como estava planeado no livro anterior. A aeronave leva a Dra. Nora Barlow numa importante missão de diplomacia com o objectivo de garantir que a Turquia se junte aos Darwinistas, mas as coisas complicam-se com a intervenção alemã (Clankers) neste país. Entretanto, os nossos dois protagonistas (Alek e Deryn) não podiam deixar de se envolver numa revolução popular para depor o sultão turco, interferindo também no curso da guerra.

Por falar no Alek e na Deryn, é simplesmente tortura fazer-me esperar para ver o desenrolar da situação com estes dois. A certa altura já me parece que toda a gente sabe que o Dylan é na verdade a Deryn menos o totó do Alek! Se bem que a comédia de enganos à volta da descoberta da verdadeira identidade da rapariga é bem divertida. Começando logo pela 2ª página e acabando nas cenas com a Lilit, que geram ali quase um triângulo amoroso inesperado (no sentido em que o triângulo não se gera nas direcções em que seria de esperar).

Expectativas para o próximo livro: que venha depressa, que se descubra que o Dylan é a Deryn (bem, o império britânico e a sua Força Aérea não precisam de saber), que esteja cheio de acção e aventura e de bichos e máquinas espectaculares, e que acabe minimamente bem. Isto é, com um final satisfatório, mas não necessariamente feliz para todos os intervenientes. Afinal isto é uma guerra.

Título original: Behemoth (2010)

Páginas: 352

Editora: Vogais

Tradução: Raquel Dutra Lopes

domingo, 20 de novembro de 2011

The Girl of Fire and Thorns, Rae Carson

I'm submitting this book to the 2011 Debut Author Challenge, hosted by The Story Siren.


Review: Elisa is the chosen one. At her naming ceremony, she was marked by God with the Godstone, a stone that indicates those who are destined to accomplish great things. Yet Elisa is the younger daughter of two. The unpretty one. The fat one. The shy one. How she is to be some sort of hero, she doesn't know. On her 16th birthday, she marries a king, and she is to travel to his kingdom. And then, before she knows it, she is on the path to greatness. Or death.

Elisa is such an interesting character to follow. She starts as a quite pathetic girl, really, with self-image issues and a knack for stuffing herself with food. But then something happens to her that forces her out of her little world, and she grows up, and she shows her true strengths. She may not be a warrior, but she has a great mind. She may not be a diplomat, but she ends up being a great leader.

The world Rae Carson creats is also quite interesting. Everything is placed around a desert, and the desert dominates many people's lives, and the story also. I liked that everything seemed to be named in Spanish, giving a Latin feel to the setting.

Yet, I missed a map. This is Epic Fantasy, so a map is almost mandatory. It was hard to figure out where Elisa was heading to most of the time. The story is engrossing, especially in the second half of the book, but I also felt like something was missing. I can't explain what, exactly, but I felt the story could be... so much more.

I enjoyed how Elisa struggled with what was God's will, and what she should do to accomplish it. So many people in the book had a different idea of that will, and they all thought they were doing God's work. This isn't a preachy book, and it doesn't explicitly make reference to any particular religion (since this is Epic Fantasy, it shouldn't - I think Rae may have grabbed bits from here and there), but it was instructive on how people deal with religion in their lives, and what may come of it.

Pages: 432

Publisher: Greenwillow Books (HarperCollins)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Revista Bang! 11 Parte II

(Continuando...)

Os Livros das Minhas Vidas, por Filipe Homem Fonseca - o autor do texto leva-nos por alguns livros que o marcaram. Foi esclarecedor ler sobre alguns livros muito conhecidos da Ficção Científica na perspectiva de um leitor entusiasta.

Todas as Mortes, conto de Luís Corte Real - conto singular sobre alguém que consegue prever a morte dos outros. Gostei do final, que quebra a proverbial "quarta parede".
Entrevista a Luís Filipe Silva, organizador da antologia pulp - já tinha lido aquando da divulgação online da entrevista para promover a antologia. Suscita-me bastante interesse em espreitar a dita cuja.

A Aposta, conto de Pedro Vicente Pedroso - é desanimadora a situação do protagonista, especialmente o seu fim, mas gostei do toque final com uma aparição especial.

Artefactos da Era Espacial, por Pedro Piedade Marques - artigo sobre a evolução gráfica nos anos 60 da New Worlds, ícone da FC. Segue a linha dos artigos do autor nas Bang!'s anteriores.

Entrevista a Justin Cronin, autor de A Passagem - é engraçado, acho que ainda não se tinha apostado em entrevistas na revista, mas ainda bem que neste número isso acontece. É bom poder ler alguns autores nas suas próprias palavras.

O Jogo da Ratazana e do Dragão, conto de Cordwainer Smith - foi o meu conto favorito da revista. A ideia base é fascinante, adorei esta história de batalhas espaciais entre seres grandes e misteriosos, e equipas compostas por homens e animais. Gostei imenso do grafismo usado neste conto.

A Guerra dos Tronos de George R.R. Martin, por Safaa Dib - uma perspectiva da publicação da saga em Portugal e da 1ª visita do autor ao nosso país. Gostei deste olhar pelos bastidores.

Entrevista a Robin Hobb, dos livros do Assassino - repetindo-me, é bom poder ler um autor a falar da sua obra. Especialmente porque li quase todos os livros d'A Saga do Assassino este ano.

Távola Redonda, Quatro fãs partilham as suas experiências de fandom, texto e entrevistas por Safaa Dib - desta vez, esta rubrica convida fãs a descreverem como se tornaram fãs de algo na fantasia ou FC, e aquilo que experienciaram enquanto fãs. Fico expectante em ver sobre que versará esta rubrica da próxima vez.

Por fim, temos a sugestão Fnac da praxe, desta vez o livro Crime e Castigo no país dos brandos costumes, de Pedro Almeida Vieira. Temos também uma antevisão do Fórum Fantástico 2011, a realizar nos dias 18, 19 e 20 de Novembro de 2011.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Revista Bang! 11 Parte I

Passado um ano (um ano que passou tão depressa…) após o início da renovação da revista Bang!, já se começa a tornar um hábito ler e comentar a revista. Começando pela capa, gostei da imagem mais surrealista, é um pouco diferente das outras imagens já usadas. Também gosto do grafismo, que nesta ocasião é mais consonante que discordante em termos de cores.

O editorial discorre sobre o mundo em vivemos, a era da informação e da comunicação. Quantas das coisas que hoje são realidade não terão sido previstas em FC? A página seguinte apresenta mais um pouco da obra da artista da capa. Tem um estilo bastante interessante, mais gótico e surreal que os artistas anteriores.

As páginas seguintes são dedicadas às últimas novidades publicadas na colecção Bang!, e no parágrafo final são destacados alguns livros que podemos esperar já a partir de Janeiro de 2012: o 10º volume d'As Crónicas de Gelo e Fogo de George R.R. Martin; O Reino Mais Além das Ondas, 2º volume da série Steampunk de Stephen Hunt; Rios de Prata, o 2º livro da trilogia das Planícies Geladas, de R.A. Salvatore; e ainda o início da publicação da saga Dragonlance (a qual me merece alguma curiosidade, por ter ouvido falar tanto dela).

Fantasia e Realidade - Os Pais da Ficção Científica, por David Soares - artigo que analisa um episódio ocorrido nos EUA do século XIX, em que a ficção fantasista de um jornalista poderá ser uma digna antecessora da ficção científica como a conhecemos. Achei o episódio muito engraçado, se bem que algo obscuro para ter realmente importância na evolução da FC.

Metais Pesados, por Fernando Ribeiro - artigo que fala da ligação entre a literatura fantástica e o Metal. É curioso, porque uns dias antes de ler isto, li um comentário algures a fazer o mesmo tipo de ligação.

Enciclopédia da História Universal, por Afonso Cruz - por momentos pensei que era um conto e não um artigo, de tal maneira o autor me fez mergulhar no seu texto. Apresenta-nos uma personalidade obscura que, no século XVII, fantasiou sobre o que existiria na Lua.

O Chapéu do Especialista, conto de Kelly Link - achei a atmosfera bem sugestiva e tenebrosa, mas não sou fã de fins muito em aberto, e este conto não é excepção.

Os Ratos Guerreiros, por João Lameiras - achei giríssimas as BDs apresentadas, duas narrativas com ratos como personagens principais. Achei o grafismo de ambas as obras muito apelativo.

(como de costume, continua amanhã...)

domingo, 13 de novembro de 2011

Daughter of Smoke and Bone, Laini Taylor

I'm submitting this book to the 2011 Debut Author Challenge, hosted by The Story Siren.


Review: This book kind of hijacked my weekend, and I loved every minute of it! Laini Taylor had me enraptured with her writing and I suddenly developed an urge to read anything she's written (which isn't much, as of now). Besides, the story was great and I kept turning the pages, eager to find out what was going to happen next.

Karou is a girl with two lives. One where she is an art student in Prague, with a best friend and boy trouble. Another where she was created by a strange being, Brimstone, a chimaera - a being created of many animal parts. Karou doesn't know who she is, who were her parents, or why she sometimes fells so incomplete. She is, however, an errand girl for Brimstone, buying teeth all over the world for him. For what, she doesn't know. But then Brimstone's portals are marked all over the world, and soon Karou finds herself alone, trying to figure out the mystery of herself.

This book starts in a way, and one would never guess, in a million years, how it ended. It was such a wonderful and unexpected ride to follow Karou and to understand who she was, and what exactly had happened in the past. She and Akiva (the male MC) have many more things in common that I would have thought at first and I was heartbroken at their story.

Karou is an interesting character, but one I'd like to further meet, as she had to, say, divide the stage with someone on this book. Akiva, however, ends up much more fleshed out as a character, and we get to see what makes him who he is and why he made some choices.

The story was so captivating that I devoured the book in a day. Laini Taylor wrote in a way that you can't help but wonder what's really going on, and her writing is wonderful. The world created is amazing, and the way she spun some overused mythology (angelic and demonic), creating some mythology of her own, is just plain awesome.

The supporting characters are so captivating as well. Zuzana, for instance, is Karou's best friend and, albeit small, is quite the bulldozer, personality-wise. And she is so, so, funny. I loved her reaction when first meeting Akiva. And her remarks throughout her conversation with him, where Karou had to play translator between them.

Brimstone is another character I grew fond of. He was a bit of a mystery to me in the first three quarters of the book, but as I read the last quarter, and realized what he did for a living, and what he did for Karou, I just adored him. I hope I get to see more of him.

The ending was distressful and sad for me. Laini Taylor, you tell me this tragic, tragic story, and then you leave me hanging like that? I've finished reading this book at 3 A.M. this morning, and I'm already missing it. Oh dear, I'm really curious as to where this will go next, but I have to wait a whole YEAR? Besides that tiny detail, I would really, really recommend this. It's like a bright comet crossing the dark night sky - it doesn't show up very often, but it's gorgeous and different.

Pages: 432

Publisher: Hodder & Stoughton UK

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Cruz de Ossos, Patricia Briggs


Opinião: Não foi tão espectacular como o livro anterior, Beijo do Ferro, mas foi bastante satisfatório e bem giro. O enredo dividiu-se por duas situações não relacionadas, e acho que a coesão do livro sofreu um pouco.

Gostei da maneira como a situação com a Marsilia acabou por se desenrolar. Definitivamente não estava à espera de uma coisa tão retorcida, mas com vampiros à mistura, já devia saber. Pergunto-me o que será do Stefan agora. Gosto bastante da sua personagem. Fiquei intrigada com a misteriosa personagem que é o criador do Bernard, mas imagino que a minha curiosidade vinha a ser satisfeita algures mais à frente na série.

Do outro enredo, achei que estava a mais neste livro. Gostei de conhecer o Chad, o rapazinho de 10 anos, e de saber mais sobre as capacidades sobrenaturais da Mercy, mas acho que podiam ter sido descobertas de outra maneira que estivesse mais relacionada com o enredo principal.

Gostei do facto da autora não tentar passar por cima dos factos do último livro, começando este apenas uma semana depois. Adorei podermos acompanhar a Mercy através da sua recuperação e da sua determinação em continuar a sua vida normal. O Adam é parte disso, claro, e gosto de ler as cenas com ele e a Mercy, dá para ver a química entre estes dois.

Gosto de ver como a autora desenvolve a alcateia de lobisomens nestes livros. A combinação de características animais e humanas fazem da alcateia uma personagem por si só, sem descaracterizar os seus integrantes, cada um sendo um personagem igualmente interessante.

Pela descrição do próximo livro, os seres féericos entram novamente na vida de Mercy. Até tenho medo, lol. Depois das desgraças que o último livro trouxe... Ao menos parece que finalmente vai fazer alguma coisa quanto ao Samuel. A autora já anda a largar pistas sobre um potencial colapso do rapaz há tanto tempo que já estava a ficar impaciente.

Título Original: Bone Crossed (2009)

Páginas: 288

Editora: Saída de Emergência

Tradução: Manuel Alberto Vieira

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Touch of Frost, Jennifer Estep

I'm submitting this book to the 2011 Debut Author Challenge, hosted by The Story Siren.


Review: This was a welcome surprise. I knew this book had mythology in it, but I didn't expect it to use mythology so well. For a mythology geek like me, it was a welcome read. Jennifer Estep creates a world where mythological (and not-so-mythologica) warriors like Vikings, Spartans, Valkyries and Amazons exist to fight the rise of the Second Chaos War, a war that would involve those warriors as well as gods from pantheons like the Greek and the Norse.

Gwen Frost is a Gypsy, a girl with the gift of psychometry. She ends up at Mythos Academy, a school for these mythological warriors. But Gwen is no warrior, and she doesn't fit at Mythos. She doesn't even believe in all this gods and warriors nonsense. Then the most popular girl in the school shows up dead, and as Gwen starts to investigate the murder, she discovers that she may belong in Mythos after all...

I really enjoyed Gwen as a character, she is dealing with her mother's death while feeling guilty for it - yet she keeps going on. She has a snarky attitude and a good heart. I also enjoyed meeting Daphne, she seemed like just one of the mean girls, but she turned out to be so much more. The love interest, Logan Quinn, is a bit too much on the dark and mysterious side, but he has some chemistry with Gwen and I am curious about him.

The plot was never dull and always speeding forward, with the main mystery being easier to guess than what it took Gwen to figure it out. There were a couple of times that Gwen seemed to almost grasp what was going on, only to be interrupted and delay the big reveal. The world building, as I mentioned, is pretty cool, with all the mythology, although one may have some Harry Potter dèjá vu's with the whole "school for gifted people" concept.

Pages: 384

Publisher: Kensington Publishing

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O Mago - Aprendiz, Raymond E. Feist


Opinião: Gostei deste livro, mas penso que não fez aquele "click" que me põe a devorar um livro. A história tem algum fôlego e deixou-me muito curiosa sobre onde isto vai parar, mas também tem algumas fraquezas que me desconcertaram.

Como pontos bons, destaco o leque de personagens secundários, que me suscitaram bastante interesse - o mago Kulgan e o padre Tully, o Tomas, o Duque e os filhos, especialmente a Carline e o Arutha. Outro aspecto que me interessou é o aspecto puramente "fantasia épica", por o livro me fazer lembrar duma aventura épica à antiga.

A capa e o trabalho gráfico estão muito giros, e gostei de ver que continuam com a imagem de capa nos outros livros, mudando apenas o esquema de cores. A tradução está bem boa, mas a revisão podia estar melhor.

Achei interessante a história por trás da publicação do livro e de como o livro foi originalmente publicado mais curto por indicação do editor. Se bem que fiquei um bocado mal impressionada com aquilo de o autor ter de cortar cinquenta mil palavras para adequar o tamanho do livro.

Penso que isto afectou a construção coerente da história, levando a que as fraquezas de que falei anteriormente  se evidenciassem:
  • o aceleramento e desaceleramento da história, com saltos temporais ou arrastamentos na história - acho que estes saltos quebraram o ritmo da história, além de que levaram ao desaparecimento de personagens importantes por longos blocos de texto;
  • a geografia - em quase todos os casos em que há referências geográficas, estas não encaixam com o mapa, o que é desconcertante para alguém que tem dificuldade com estas coisas;
  • a sensação de dèja vú - aquilo que falei de esta ser uma fantasia épica à antiga também pode ser uma desvantagem - dá-me a sensação que algumas situações já as li noutro lado, ou que se cai um bocado no cliché da fantasia.
Em geral, até gostei do livro, tem uma história e uns personagens minimamente interessantes que me fazem pelo menos ter vontade de ler o próximo, que é a 2ª parte do livro e a continuação directa deste. Ao mesmo tempo, penso que não vou já a correr ler o 2º livro, porque os defeitos que vislumbrei neste livro ainda estão frescos e a matar-me a vontade de fazer isso mesmo.

Nota: opinião compilada a partir das minhas opiniões a esta leitura conjunta no fórum Bang!.

Título original: Magician: Apprentice (1982)

Páginas: 406

Editora: Saída de Emergência

Tradução: Cristina Correia

terça-feira, 1 de novembro de 2011

The Duke and I, Julia Quinn


Opinião: Para primeiro livro que leio da autora, foi uma viagem e pêras. Esta senhora tem qualquer coisa de genial. E de original, também. Primeiro, o livro não é nada como qualquer romance histórico que já tenha lido. É acima de tudo mais realista - não há cá cenas indecorosas sem consequências. Isto é, se alguém é apanhado a dar uns beijinhos, ou casa ou leva um tiro num duelo. Por outro lado, o final feliz não coincide necessariamente com o casamento, sendo acima de tudo necessário que os protagonistas se livrem dos seus demónios para poderem ser felizes um com o outro.

Segundo, a autora tem um sentido de humor dos diabos e é capaz de pôr os personagens em cenas caricatas (vêm-me à mente o "tratamento" que a Daphne e o Simon dão ao Nigel Berbrooke logo no início do livro; a conversa pré-casamento que a Daphne tem com a mãe; ou a conversa consequente, pós-casamento, que a Daphne tem com o Simon; ah, e basicamente qualquer cena em que apareça um ou mais membros da família Bridgerton que não apenas a Daphne).

Terceiro, a criação de uma família extensa como os Brigertons dá azo a cenas bem engraçadas. Neste livro temos em foco os quatro irmãos mais velhos (os outros 4 ainda são muito novos para socializar), Anthony, Benedict, Colin e Daphne - se estes quatro já são assim, até tenho medo do segundo bloco de quatro irmãos. Sendo a Daphne rapariga, os três rapazes revezam-se a armarem-se em protectores/metediços (ou então fazem-no em simultâneo) - dá vontade de ler os outros livros só para ver o que cada um dos rapazes terá de sofrer com as interferências dos irmãos.

Mas felizmente também vemos um pouco dos irmãos mais novos - adorei a Hyacinth, que num certo momento dá autorização ao Simon para casar com a irmã, e que se isso não acontecer, pede-lhe para esperar por ela. Uma menção especial para a mãe, Violet Bridgerton, que é carinhosa e extremosa no que toca aos filhos, mas também sabe comandá-los como um general.

O casal protagonista é adorável. A Daphne com o seu jeito inocente mas perfeitamente capaz de lidar com qualquer coisa, incluindo três irmãos super-protectores. (Não gostei, no entanto, duma coisa que ela faz ao Simon quando ele lhe tinha dito que não queria tal coisa. Falar primeiro, minha gente, fazer depois.) E o Simon, que me pôs a ter pena dele logo no prólogo com o tratamento que o pai lhe dá. Até consigo compreender como este trauma de infância leva ao seu comportamento mesmo casmurro no que toca a casamento e família, mas lá para o fim já me estava a dar vontade de o abanar para ver lhe passava a pancada. O problema dele originou umas... cenas meio estranhas entre os dois. A maneira como se zangaram (para depois fazerem as pazes) foi completamente parva. Enfim...

Adorei o epílogo, pois mostra que a Lady Whistledown, a Gossip Girl lá do sítio, ainda estava activa, e porque mostra que a Daphne e o Simon decidiram continuar a tradição da família de ordenar as crianças por ordem alfabética.

Páginas: 352

Editora: Piatkus