Gavião: Aliados e Inimigos, Geoff Johns, Rags Morales, José Luis Gárcia-López
Ok, estou oficialmente intrigada. A história do Gavião parece muito interessante. Adoro este conceito de reencarnações, almas gémeas a reencontrarem-se vida após vida, e uma maldição através dos tempos... parece um conceito demasiado romântico para o típico comic americano, mas foi por isso que fiquei curiosa. Gostava de perceber como é que os autores têm explorado este conceito ao longo dos anos. (Uma breve espreitadela à Wikipedia faz-me pensar "não muito bem", porque aquilo parece-me uma salganhada, mas enfim.)
Dito isto, não sei se esta é a melhor história, ou conjunto de histórias, para apresentar o personagem. Fazem um trabalho decente a mostrar partes da mitologia do personagem, mas gostava de ter lido algo mais coeso. O segmento apresentado dá-me demasiado a sensação de que comecei a ler um livro a meio, li-o por um bocadinho, e depois pousei-o sem acabar. A história final é mais satisfatória nesse aspecto, mostrando a melancolia decorrente daquilo que o Gavião é.
Quanto à arte, gostei bastante do trabalho do desenhador principal, Rags Morales, mas achei o trabalho de cor demasiado simples - faltou-me alguma garra nas cores. Quanto à história final, com outro desenhador, tem umas sequências interessantes, como a sequência de luta; além do enquadramento das vinhetas, que também me agradou visualmente.
Super-Homem e Batman: Poder Absoluto, Jeph Loeb, Carlos Pacheco, Mark Verheiden, Kevin Maguire
O conceito da história tem tanto potencial... mas a maneira como a ideia dos mundos paralelos está explorada é tão, tão, tão confusa. Não me pareceu haver uma lógica interna no porquê destes mundos existirem, ou o que determinava as mudanças e os saltos de um para o outro. E eu queria tanto gostar da história! Mas não posso, com esta péssima execução. Uma história destas tem que ser muito bem construída para fazer sentido, e aqui não faz, ponto.
Há uma série de incoerências, de coisas que não fazem sentido, e de personagens que aparecem sem ser explicado o porquê de estarem ali. Exemplos: para que é que foram buscar o Tio Sam, dando-se ao trabalho de mostrar em pormenor o seu reaparecimento, se depois ele não tem consequência na história? Acho ridículo que o Batman, um tipo tão analítico, que me parece que mal dá um passo sem avaliar bem as consequências de pôr um pé à frente do outro, tenha decidido desfazer aquilo que é o cerne da existência dele sem piscar os olhos ou pensar duas vezes. E não acho que faça sentido nenhum o Bruce não-Batman lembrar-se "magicamente" das outras vidas paralelas. Etc., etc., etc.. Em suma, nada faz sentido. *resmunga frustrada*
Quanto à história final, tem uma premissa bem engraçada. A Caçadora e a Poderosa são "invadidas" pelas mentes do Batman e do Super-Homem devido à intervenção de um vilão, e gera umas situações engraçadas. Em termos de arte, não gostei, mete as heroínas numas poses do género "deixa-me lá mostrar o máximo de mamas e rabo que possa, mesmo que esta posição corporal seja absolutamente ridícula e impraticável". *facepalm* Um bocadinho menos de tempo dedicado ao peito das raparigas e mais a desenhar caras em condições tinha tornado o desenho mais agradável.
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