terça-feira, 26 de novembro de 2013

Colecção Super-Heróis DC Comics - Volumes 18, 19 e 20

Batman: Outros Mundos, Brian Augustyn, Mike Mignola, Doug Moench, Kelley Jones, Dan Raspler
Este é um volume deveras interessante, pela premissa que as suas historias encerram: expor o protagonista a outros mundos, a coisas que no universo e continuidade regulares o super-herói nunca encontraria.

A primeira história, Gotham by Gaslight, é a minha favorita. Bruce Wayne vive numa Gotham vitoriana, no fim do século XIX, e dá por si a caçar Jack o Estripador, o assassino que depois de aterrorizar Londres pôs os olhos em Gotham. Achei que os paralelismos entre o Bruce vitoriano e o Bruce actual foram bem estabelecidos, e adoro o cenário vitoriano e a presença de Jack o Estripador. Agradou-me muito a arte, e a sua combinação com a cor, dando um estilo algo vívido ao desenho.

A segunda história, Red Rain, é daquelas que uma pessoa haveria de pensar "porque é que ninguém se lembrou disto mais cedo?", porque a associação Batman > morcego > vampiro é quase demasiado óbvia. Mas ao mesmo tempo acho a ideia de um Batman vampírico um bocado tolinha, e por isso não consegui levar a história completamente a sério. Pelo menos conseguiu manter-me a atenção do princípio ao fim. Na arte, não sou a maior fã. Há demasiados rendilhados nos fundos, e não sei se me agradam muito as cores usadas.

A terceira história, Sanctum, achei-a demasiado curta para realmente me cativar. Mas apreciei bastante a arte, na qual já se vê muito do que o autor faz no Hellboy, ou assim mo pareceu, do pouco que conheço do Hellboy.

Super-Homem: Legião dos Super-Heróis, Geoff Johns, Gary Frank
Já tive um vislumbre da Legião dos Super-Heróis, através da Crise nas Terras Infinitas, história também publicada nesta colecção. E gostei imenso de os conhecer melhor. Quero dizer, a Legião tem demasiados integrantes para os conhecer a fundo, mas a história faz um bom trabalho a apresentá-la minimamente, e à sua relação com o Super-Homem.

A história entreve-me e manteve-me entrosada, e adorei o conceito de um grupo de super-heróis de várias origens que se juntam para proteger a galáxia. Gostei ainda do conflito no cerne do enredo, um conflito enraizado nos meandros da Legião e da entrada (ou não) de novos membros. Gostei da arte em geral, mas achei demasiado desconcertante ver a cara do Christopher Reeve no rosto do Super-Homem. Imagino que a ideia era fazer uma homenagem, mas foi algo que me causou estranheza durante toda a história.

Super-Homem e Batman: A Rapariga de Krypton, Jeph Loeb, Michael Turner, Ian Churchill
Não estou familiarizada com a mitologia do Super-Homem, nem conheço por aí além os personagens que o rodeiam, mas diverti-me a conhecer melhor a Kara. Prima do Kal-El, ou Super-Homem, cai na Terra muito depois do previsto (a ideia é que fosse ela a criar o primo), e acaba por ser o SH a ter de lidar com uma primita adolescente.

Gostei bastante de ler sobre a relação que o SH e o Batman têm, as tensões, as piadinhas, e como a aparição da Kara provoca toda uma panóplia de drama entre estes dois. O Bruce, claro, fica logo desconfiadão, enquanto o que SH está mais pronto a aceitá-la. Afinal, não é o último sobrevivente de Krypton.

Sobre a arte, bem, eu já conhecia o artista graças ao primeiro volume da série Witchblade. E há coisas que ele faz muito bem, gosto bastante das caras, por exemplo, que me parecem expressivas. Mas depois o homem tem uma pancada qualquer por tornar roupas normalíssimas em coisas estranhas, pelo menos nas mulheres. A sério, a Kara aparece duas vezes de calças de ganga, e das duas vezes tive vontade de bater com a cabeça nas paredes. Não, as mulheres não usam fatos de banhos como se fossem camisas, e não, não usam cuecas tão lá em cima, nem calças tão cá em baixo. *facepalm* Graças a Deus que não dá para mexer muito no fato da Mulher Maravilha, ou sabe-se lá o que é que ele tinha inventado.

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Gostaria ainda de deixar um breve comentário à colecção toda. Em geral tenho estado a gostar, e fiquei muito contente por ser apresentada a um universo que me era bastante desconhecido... mas estou a encontrar pouca variedade entre os títulos. Eu gosto muito do Batman, mas já chega de Batmans e Super-Homens, o universo DC não tem mais heróis?

E até nos autores escolhidos vejo pouca variedade, há alguns que aparecem logo umas 3 ou 4 vezes, em 20 volumes... não sei, tenho a sensação que a colecção Marvel do ano passado era mais variada, e teve direito a menos volumes (25 no total, esta vai ter mais 10, por isso 30 no total). Entre os títulos da segunda série DC, vejo mais Batman, mais Super-Homem, e repetição de alguns autores... *cof*Geoff Johns*cof*

Isto deu-me que pensar. Gosto muito destas edições, têm sido muito boas e bem trabalhadas, mas tanta repetição fez-me pensar se devia continuar a fazer a colecção. Ainda por cima mudaram de jornal, para o semanário Sol, coisa que me deixou intrigada. Enfim... Sexta-feira logo decido.

2 comentários:

  1. Batman num setting vitoriano/steampunk? E com o Mestre Mike Mignola??
    TENHO de ver se ainda encontro o livro!

    Não ando a fazer a colecção pois eu sou mais Marvel boy, apesar de ter aparecido alguns títulos da colecção da DC que gostava de ler.

    Acho que Batman Vampiro é uma ideia já usada mas não encontro a info... deve ser mesmo essa a única história (ou séries) com a ideia. Em parte é explicado por ser de um universo alternativo, não segue a cronologia habitual.

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    1. Sim, o Batman vitoriano é muitíssimo interessante de ver/ler... ;) Se não o encontrares nas bancas, talvez as lojas especializadas tenham, sei que o ano passado vi volumes da colecção Marvel à venda em livrarias.

      Eu também conhecia muito melhor a Marvel e tenho mais queda para a mesma, mas esta colecção até me tem introduzido a coisas giras... só é pena tanto foco no Batman e no Super-Homem, que já conhecia melhor, gostava que aproveitassem para introduzir outros heróis menos conhecidos. :/

      Bem sei, o estar na série Elseworlds é sinal de uma coisa que se coaduna pouco com a "mitologia" habitual do personagem... e Batman vampiro não é coisa assim tão estranha, mas não sei porquê, a ideia dá-me vontade de rir. :P

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