Joker: O Príncipe Palhaço do Crime, Bob Kane, Neal Adams, Ed Brubaker
Bem, se há personagem que é representado das mais variadas maneiras, mas ao mesmo tempo, mais consensual nos comics... deve ser mesmo o Joker. Vá lá, as duas histórias iniciais do volume (e suas primeiras aparições) são do mais psicopata que há: o Joker anuncia a morte de membros pronunciados da sociedade na rádio, e consegue misteriosamente cumprir as suas previsões, mesmo estando estes rodeados de segurança.
Gostei mesmo destas duas histórias; para o tipo de narrativa dos anos 40, parecem bastante complexas e sofisticadas. A história que se segue, dos anos 70, continua a expandir o terror de que só o Joker é capaz, e fico contente por saltarem as histórias dos anos 50-60, mais dominadas pelo Comics Code, que ao que entendo cortou as asas (e a piada e interesse) ao personagem.
A história seguinte é o tipo de coisa que esperaria do Ed Brubaker, e é um recontar fascinante da primeira história do Joker, enquadrando-a na cronologia de Batman: Ano Um. É muito boa e cativante, se é que posso pôr as coisas nesses termos sobre um assassino psicopata que deixa corpos deformados no seu trilho.
A última história é um recontar de origem de um personagem obscuro da DC, Jackanapes, às mãos do Joker. É fascinante e repulsiva, pelo que ele ensina ao gorila e lhe permite aprender, mas também pela noção dum ser inteligente e sensível às mãos dum louco.
Sinestro: A Guerra do Corpo Sinestro 1, Geoff Johns, Dave Gibbons, Ethan van Sciver, Ivan Reis, Patrick Gleason
Sinestro: A Guerra do Corpo Sinestro 2, Geoff Johns, Dave Gibbons, Peter Tomasi, Ethan van Sciver, Ivan Reis, Patrick Gleason
Até há bem pouco tempo, nunca tinha lido nada do Lanterna Verde. Não estou particularmente familiarizada com a sua mitologia. E devo dizer, é por isso mesmo um testamento à qualidade deste par de volumes que me tenham cativado tão inteiramente e me tenham soado tão interessantes.
A sério, acho que começo a compreender porque é que este Geoff Johns é venerado. Ele consegue fazer bastantes coisas bem com esta história. Uma, é contar uma que agrade a gregos e troianos. (Leia-se leitores familiarizados e não familiarizados.) Duas, é escrever de forma a ser bastante fácil de uma pessoa acompanhar e actualizar-se em relação ao Corpo dos Lanternas Verdes.
Três, é escrever uma história-evento que ocupa vários números de uma revista, e o ritmo do enredo ser mesmo bom e nem por um momento ser de todo aborrecido. Quatro, é escrever a história de forma a avançar a mitologia deste canto da DC e apresentar uma série de conceitos bem curiosos. Cinco, é fazer-me preocupar com uma miríade de personagens secundários que nunca vi na vida.
Seis, é escrever um vilão fascinante e nada exagerado; dá para compreender como o Sinestro funciona, e o porquê do que faz. E melhor, os planos dele são razoáveis e não típicos do vilão estereotípico. E finalmente, sete, dar-me vontade de ler mais qualquer coisa com estes personagens e desta fase.
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