Opinião: Bolas, apesar de geralmente ter mais bom senso, eu acabei por gostar desta série. Oh, não é nada de extraordinário, e outro autor que fizesse metade do que esta autora faz levava nas orelhas com tanta veemência que ficava marcado para sempre. Mas da maneira como este livro se apresenta, eu acabo a divertir-me, raios.
Bem, depois da revelação do final do primeiro livro, essa situação é desenvolvida, e os 100 vêm-se no meio de um conflito que não estavam à espera de enfrentar. Isso permite apresentar novos personagens e explorar novas facetas da Terra. O worldbuilding é explorado nesse aspecto, e gostei, porque descobrimos algumas coisas interessantes.
No espaço, a estação está com problemas, e o caos instala-se. As pessoas estão a tentar sobreviver, mas a coisa não está fácil, e é um desafio para quem se mantém a bordo, até que apenas uma saída se lhes apresenta.
Os livros são mais cheios de acção, está sempre a acontecer algo no enredo, mesmo que não faça inteiramente sentido; as coisas são tão doidas e divertidas que uma pessoa nem pensa bem nisso. Já a caracterização é assim mais para o fraquinha. Normalmente seria algo para me fazer desistir, mas como disse, divirto-me demasiado a acompanhar os acontecimentos. A premissa e a execução de ideias é cativante o suficiente para me manter interessada, curiosamente. Não consigo desligar porque quero saber o que ver a seguir.
Sobre os personagens... ora bem, tenho de deixar sair isto primeiro: os rapazinhos (não lhes posso chamar homens, não merecem) destes livros são uma treta. Como é que eu posso "torcer" pelo Bellamy ou pelo Luke se a autora os mete a fazer uma coisa tão execrável como descobrir uma verdade menos palatável acerca de/da boca das heroínas, e fugirem que nem bebés assustados, deixando-as em situações potencialmente perigosas? Ugh, que idiotas.
Já o Wells, bem, a maior parte das acções dele são razoáveis, bem tenta fazer o que pode no meio daquilo tudo, mas é difícil esquecer que tecnicamente a culpa é dele, de as coisas estarem tão complicadas como estão. Foi ele que começou tudo.
Já da Clarke, eu gosto da ideia dela, mas falta-lhe um bocadinho de espinha. A autora passa demasiado tempo a envolvê-la num pseudo-triângulo que já morreu, e a mudar de ideias entre os dois rapazinhos. Ugh. E ela tem pedaços da sua história que seriam fascinantes de explorar melhor.
Alguns dos personagens secundários acabam por ser mais interessantes e ter enredos mais cativantes. Acho que a inépcia da autora não lhe permite sair da basicidade de escrita de meter certos clichés no desenvolvimento dos personagens, mas tem a sorte de escrever duma maneira que me mantém interessada, e suponho que é isso que importa.
Não posso deixar de comentar que acho um pouco parvinho usar tão claramente uma imagem da série de TV na capa destes livros. A imagem do primeiro livro ainda era geral o suficiente para servir, mas esta? Vá lá, 3 dos 6 personagens representados nem existem no livro! Que palermice.
E entretanto comecei a ver a série, por isso não posso deixar de comentar que, caramba, nada a ver. A premissa é a mesma, sim, mas a execução é completamente diferente. E digo isto no melhor dos sentidos; são tão diferentes que para mim isso é óptimo, impede-me de os misturar. Tenho alguns outros comentários, como o facto de eu ter algumas ideias pré-concebidas acerca da história pelo que tinha ouvido, e ser tudo tão diferente do que pensava, mas não no mau sentido. Gostava de comentar a série um dia destes.
Título original: Day 21 (2014)
Páginas: 288
Editora: Topseller
Tradução: Renato Carreira
eu assisti todos os episódios ate o momento e ainda to sem entender... se teve sobrevivente do que aconteceu na terra o povo que la habitava deveria ser no minimo civilizado e não um bando de neandertais famintos por guerra... alguém concorda comigo ou tem outra opinião?
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