Safe House / Sanctuary
Páginas: 512 (edição omnibus)
Editora: Simon Pulse
Retornando a esta série, agora com o volume três e quatro... raios, detesto mesmo a ideia de fazerem omnibus com estes livros. Não o fizeram com o quinto livro, nem sequer o reimprimiram neste tamanho/formato, o que eu odeio porque a série não vai ficar na minha estante do mesmo tamanho/harmoniosa. Bah. (E não, comprar individualmente não era uma opção. As edições que são iguais ao exemplar que tenho do quinto livro... bem para metade da série já não existem nem se podem comprar. Esta série não é assim tão popular, infelizmente.)
O terceiro livro pega no início de um novo ano escolar: a Jess está a tentar portar-se melhor e meter-se em menos sarilhos, enquanto tenta ter um espírito mais escolar. A coisa é cortada pela raiz, porque ainda nem a escola tinha começado, e uma menina da claque já tinha morrido... coisa que passou ao lado da Jess, por causa de razões. (A cena onde ela descobre é morbidamente engraçada, pela sua falta de noção.)
O mistério em si é bastante óbvio - a Jess só não apanha logo o culpado porque fica encantada pelo seu comportamento... o que até percebo, ela é jovem e inexperiente com comportamento manipulativo, mas tendo em conta a atitude normal dela com as pessoas não sei se faz sentido.
É divertido acompanhar a história porque ninguém acredita que a Jess tenha perdido os poderes, graças a uma colega desbocar-se acerca da coisa - a chata da Karen Sue, e a resposta de Jess a ela é super hilariante.
E numa nota à parte, o restaurante dos pais da Jessica arde por causa do enredo. Entristece-me, porque adoro a família dela. É refrescante ver o quão importantes são na sua vida, o quanto a influenciam. (Nem sempre assim é em YA.) E adoro seguir o Douglas - acho relativamente realista a sua descrição e de como vive com uma doença mental - há muitos dias "normais", sem eventos, e um dia o Doug sai de casa e arranja um emprego, na direcção de recuperar um módico do que passaria por uma vida normal para ele.
No livro número quatro, o enredo é algo extremo e quase ridículo de tão convoluto e de como parece que roubou as suas cenas de acção dum filme de acção no sentido do maior dos clichés. Mas é divertido e cativante de seguir, e estranhamente é bem relevante nos dias de hoje. A Jess começa a investigar uma série de crimes e desaparecimentos contra pessoas de minorias da sua cidade, e tropeça num culto/extremistas de direita que vivem no meio da floresta - e é assustador ver o tipo de coisas que lhes saem da boca.
O destaque neste livro seria também para uma mudança no enredo do FBI e da sua relação com a Jess - há um Dr. Krantz a tentar recrutá-la para uma equipa de pessoas com capacidades especiais, mas duma forma menos agressiva, e ele mostra-se interessado em ajudar a Jessica no meio deste enredo, o que dá um certo interesse ao mesmo.
Outra coisa gira neste livro é o início, em que a Jess se está a tentar escapulir de um jantar de Acção de Graças para ir ter outro com o Rob e a mãe. Eles os dois são adoráveis, e foi giro acompanhar o dilema deles aqui: serem um par reconhecido, tendo em conta o que os separa (dois anos de diferença de idade, e uma certa separação social por o Rob ser um "campónio" e a Jess uma menina da cidade).
Além disso, gosto cada vez mais do Rob. Está na sua, sossegadinho da silva, mas de repente a Jess precisa de ajuda e é tão óbvio que gosta dela porque larga tudo para a ajudar e para se enterrar nos seus esquemas. Além disso, suspeito que as pessoas não lhe darão tanto crédito como merece. A maneira como se entrosa no culto de extremistas, dizendo as coisas certas, mostra que o Rob é bastante culto e versátil, um camaleão hábil para encaixar no grupo no momento em que era necessário.
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