Mulher Maravilha: Homens e Deuses, George Pérez, Len Wein, Greg Potter
Esta é uma história que é um produto do seu tempo, mas é bastante boa apesar de tudo. É complexa, bem contada, e com um objectivo claro, o que é um bónus se estiver a ler BD. É palavrosa, mas não duma forma irritante e mal amanhada.
É um recontar de origens para a Diana e para as Amazonas. O enquadramento das personagens é na mitologia grega, e gosto que use a sua riqueza para complementar a história, adicionando-lhe algo de seu. É fascinante ler sobre os personagens olimpianos e o seu papel na narrativa, as facetas que assumem nesta versão.
Uma coisa gira é que pega nos personagens icónicos da Mulher Maravilha, a Etta Candy e o Steve Trevor, e os revitaliza para esta nova versão. E a arte definitivamente entranha-se. É complexa, quase barroca, mas muito interessante de acompanhar.
Mulher Maravilha: Deuses de Gotham, Phil Jimenez, J.M. DeMatteis
Outra que me encheu as medidas. Alguns vilões de Gotham incorporam alguns deuses relacionados com Ares, o deus da guerra, e o cruzamento é intrigante e interessante de ver. (O Joker é um deles. A versão deificada dele é... qualquer coisa.)
É uma história excitante, apesar de o enredo ser simples (derrotar os vilões), e gosto de a ver incorporar tantos personagens da "mitologia" da Mulher Maravilha e do Batman, com direito a vilões e heróis em igual medida.
A arte é reminiscente da do livro anterior - calculo que numa homenagem à mesma. O volume termina com uma história autocontida sobre a Mulher Maravilha, vista pelos olhos de outra mulher maravilhosa e humana - Lois Lane, que se divide entre a jornalista e a mulher nas suas observações. Bastante interessante. (Mas podia tentar não enveredar por uma pseudo-rivalidade. É parva.)
Wonder Woman vol. 4: War, Brian Azzarello, Cliff Chiang, Goran Sudžuka
Comprei porque estava a um bom preço e porque estava curiosa para ver como era esta particular interpretação da personagem. Estava ciente que isto é a meio da história, o que não me incomodou; mas talvez seja por isso que não me diz tanto quanto poderia.
Os personagens formam um grupo coeso, mas como não os vi formarem-se, não tenho razões para me preocupar com eles e com o que lhes acontece. A narrativa vai a meio, e apesar de ser fácil de acompanhar, também não é nada que impressione precisamente por não ter acompanhado de início.
No entanto, a dinâmica presente é interessante, especialmente os papéis que os deuses assumem na narrativa. O final entrega à Mulher Maravilha uma posição desafiante, e julgo que seria interessante de acompanhar no futuro. A arte é cartoonesca, mas inteligente, e também homenageia velhos mestres (há um pouco da New Genesis de Kirby na história).
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