Opinião: Que livro bem giro. Soa um pouco mais juvenil do que estava à espera, mas assim que ajustei as minhas expectativas, acabei por me entreter com a leitura. A protagonista é Cameron "Cammie" Morgan, uma jovem de 15 anos que estuda no Colégio Gallagher para Raparigas Excepcionais. O Colégio Gallagher aparenta ser uma escola privada para meninas privilegiadas, mas isso é tudo fachada.
Na verdade, as jovens estudantes ocupam o seu tempo a ter disciplinas como Operações Secretas, Continentes do Mundo, Línguas Antigas, Cultura e Assimilação, ou Protecção e Aplicação. Sim, o Colégio Gallagher é essencialmente uma escola de futuras espias. Aceitando as melhores alunas do país, e geralmente jovens cujos pais pertencem à comunidade de inteligência secreta, preparando-as para um futuro em que possam vir a servir o seu país.
Parece uma premissa um pouco irreal, mas a autora fá-la resultar, integrando-a com sentido de humor no mundo de um grupo de raparigas adolescentes. É bem divertido ver que estas miúdas espertas e engenhosas, capazes de falar 14 línguas, ficam completamente bloqueadas quando se trata de falar... "rapaz".
A Cammie é uma boa protagonista, conhecida por "Camaleão" por passar muito bem despercebida, conhecedora de muitos dos segredos de Gallagher, pois a mãe assumiu o posto de directora da escola e a Cameron passa muito tempo de férias por lá. Ainda a lidar com o desaparecimento e morte assumida do pai, apreciei a sua evolução neste aspecto, especialmente quando tenta poupar a amiga do mesmo desgosto que carrega.
Outra parte do percurso da Cameron que apreciei foi o desenrolar da relação com o Josh. Como mencionei ali em cima, as miúdas de Gallagher não percebem nada de rapazes (é uma pena, seria de esperar que com a preparação para serem espias, o sexo oposto fosse um dos assuntos abordados), e as cenas em que Cam e as amigas tentam perceber o interesse do Josh pelas suas acções são tão engraçadas (especialmente quando a Macey se põe no papel de tradutora). Além disso, é interessante ver o modo como a protagonista lida com o tipo de enganos que precisa (precisa mesmo?) de usar na relação com o Josh.
Se bem que a minha parte favorita do livro é aquela que não tem muito destaque... ou pelo menos, eu gostava que aparecesse mais. Adoro as cenas em que as raparigas fazem "coisas de espia", ou usam as suas capacidades e talentos adquiridos em Gallagher para resolver as coisas. Tanto na investigação ao Josh, como nas cenas em que fazem trabalho de campo para as aulas - essas são as minhas cenas favoritas.
Em termos da narrativa e desenrolar do enredo, já o disse por alto no início do texto, são relativamente simples e menos complexos do que esperava, mas isso em si não é um defeito, desde que as expectativas estejam no sítio certo. O livro é claramente mais apontado para o espectro mais jovem do YA, mas consegue ser satisfatório e agradável, e terrivelmente divertido. Espero vir a ler o próximo livro.
Título original: I'd Tell You I Love You, But Then I'd Have to Kill You (2006)
Páginas: 304
Editora: Booksmile
Tradução: Rita Figueiredo
Quero muito ler este mas estou com receio que não editem mais nenhum =(
ResponderEliminarTambém eu... esta é a editora que estava a publicar os livros do Artemis Fowl a um bom ritmo, mas entretanto publicaram o terceiro há mais de um ano, e não saiu mais nada. :( Mas pronto, eu sou pateta :P e sempre optimista que continuem a publicar a série. xD
EliminarA sinopse pareceu-me bem quando saiu mas não suporto a capa:(
ResponderEliminarPS: Tens uma TAG no meu blogue.
Beijinhos*
É um livro fofinho, com um tom mais juvenil, mas agradável. :) A capa apela um pouco mais a esse tom, parece-me. ;)
EliminarEi, obrigada! Vou tratar de responder. ^_^