sábado, 19 de março de 2016

The Power, Jennifer L. Armentrout


Opinião: Ok, isto não avançou tanto quanto eu esperaria. E até fez algumas coisas que eu esperava que não acontecessem. Estranhamente, não estou zangada. Parabéns, JLA, conseguiste fazer coisas que eu geralmente não gosto muito, e ainda assim manter a minha atenção e fazer-me gostar da história. É bem melhor que o Stone Cold Touch, que ainda me dá uma raiva intensa cada vez que penso nele.

Agora a sério. O enredo em partes parece arrastar-se um pouco, andar sem objectivo definido, e ganhar tracção mais à frente. Eu percebo. Não é completamente estranho à autora, começar a história mais por desenvolver os personagens e depois passar à acção, mas esperava que avançasse um pouco mais. Dá a sensação que tem demasiadas coisas por resolver no último livro.

A parte que eu queria mesmo que ela não fizesse era criar um desentendimento entre a Josie e o Seth para separá-los. É pior por causa do comportamento do Seth. Que decide que tem de se separar dela por... coisas, e não lhe dá espaço para se manifestar. Não, o macho grande e mau tem de decidir por ela, e não lhe explicar a situação, e deixá-la fazer as suas próprias escolhas. Ainda pior, continua de volta dela tipo cão no cio a marcar território. Grrr. Detesto este tipo de comportamento.

Pegando agora no outro lado, continuo a gostar bastante da mistura de mitologia greco-romana que a autora vai usando na história e adaptando para a sua própria mitologia. Gosto de como descobrimos mais umas coisas neste volume, e como tudo vai ficando mais complicado e complexo à medida que avançamos. Quando o enredo arranca, a parte da mitologia torna-se bastante interessante e acho que vai dar pano para mangas.

Também gosto muito da Josie, porque neste livro vai crescendo um pouco, começa a ficar mais à vontade neste mundo, e vai-se tornando numa guerreira, à sua maneira. Aprecio-a por se recusar a por o Seth numa caixa, e tentar compreendê-lo, ver como ele "funciona". É mais do que alguém alguma vez lhe deu.

Quanto ao Seth, é complicado. A caracterização dele tem nuance, posso dizê-lo, os seus problemas e o modo como reage fazem muito sentido. Só que às vezes ele é... demasiado? Demasiado alfa, demasiado intenso, demasiado irritante. Os bad boys perdidos e danificados são divertidos de ler, mas chego à conclusão que detestaria conhecer um na vida real. Era capaz de dar em doida com este tipo de comportamento.

Continuo a adorar o elenco secundário. O Luke e o Deacon (adoráveis), o Marcus (pobrezito, tem de aturar estes putos, até me ri quando ele disse que o Seth e a Josie a discutir era estranhamente familiar), e o pessoal novo, como o Colin, ou o Hercules (hilariante, a personalidade dele). Melhor ainda, caras antigas voltam, e é fabuloso revê-las. Que saudades.

O fim descarrila em parte a direcção que o enredo estava a tomar, e por isso estou relativamente curiosa para ver o que vai acontecer no próximo livro. Não é muito usual com os livros da autora, mas vou ter de esperar um ano. Raios.

Páginas: 352

Editora: Hodder & Stoughton

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