O Incrível Hulk: Planeta Hulk Parte 1, Greg Pak, Carlo Pagulayan, Aaron Lopresti
O Incrível Hulk: Planeta Hulk Parte 2, Greg Pak, Carlo Pagulayan, Aaron Lopresti
Normalmente as histórias do Hulk não são a minha onda, não sei se por causa do personagem, se porque a maior parte das abordagens ao personagem simplesmente não são o tipo de história que me agrada; só sei que tem sido difícil captar-me a atenção quando o Hulk é o protagonista.
Pois bem, não precisamos de procurar mais, aqui está a história do Hulk que verdadeiramente achei interessante e me manteve cativada, apesar de ser mais longa que a Bíblia. Só precisávamos de o meter numa situação completamente inesperada.
A premissa é que o Hulk é enviado numa missão ao espaço, e num golpe maquiavélico, um grupo de heróis decide desviá-lo para um planeta remoto para evitar que destrua pela milionésima vez. Quero dizer, a intenção é boa, se o Hulk estiver sossegado no cantinho dele sem ninguém a irritar ele não faz nada, mas não era preciso uma viagem espacial, bastava mandá-lo para a Antártida ou para o meio da selva. Uma boa parte das vezes a destruição causada pelo Hulk começa com alguém a meter-se com a fera adormecida, e honestamente às vezes parece merecido que isso aconteça.
De qualquer modo, o Hulk acaba num planeta habitado, dominado por um ditador violento, dividido pelas diferenças entre raças que o habitam; é tomado como escravo e obrigado a lutar quase como um gladiador, para entretenimento das massas.
Portanto, acho que o que me agradou aqui foi a história ter um tom épico, e misturar uma série de elementos de ficção científica e de fantasia. Tem uma pinta de Conan e Flash Gordon, captando um pouco dos elementos clássicos deste tipo de história, e curiosamente resulta mesmo bem com o Hulk. Permite-lhe um crescimento como personagem, e tem tudo, acção, drama, intriga, uma pontinha de romance... acabou por ser bastante estimulante, precisamente por sair do molde com o personagem mas usar um estilo de história com que estou familiarizada.
A única coisa mais estranha é um pseudo-cliffhanger no fim, que claramente leva à história seguinte do personagem. Isso, e a colecção separar temporalmente os dois volumes. Obrigaram-me a esperar por este segundo volume.
Por outro lado, no fim do segundo volume existe uma pequena história tirada de outra revista, mas que cruza o Amadeus Cho com o Hulk. Pelo que percebi, eles têm mais histórias em conjunto no futuro destas histórias, por isso acaba por ser uma história gira de introdução.
Quanto à arte, adorei as cores, bastante discretas, mas incrivelmente capazes de dar vivacidade e realismo à história; e gostei imenso de ver desenhadas as diferentes raças/espécies alienígenas que vivem neste planeta.
Motoqueiro Fantasma: A Caminho do Inferno, Garth Ennis, Clayton Crain
Não estou nada familiarizada com histórias deste personagem, por isso não faço ideia se isto é típico dele ou não, mas se tivessem um bocadinho das temáticas e atmosfera deste, era capaz de ler. Não é perfeito, mas tem um estilo que me agrada.
O personagem principal, na sua origem, fez um acordo com o Diabo, e é claro que lhe explodiu na cara. Quase literalmente, já que se tornou num ser sobrenatural com uma caveira a arder por cabeça. Neste volume, parece que ele foi mesmo parar ao inferno, e esforça-se brutalmente para fugir, mas todas as suas tentativas saem goradas.
A sua oportunidade de fuga proporciona-se quando um demónio incorpóreo tenta ser convocado na Terra, e o Motoqueiro tem a missão de travar a convocação. O que se segue é parte uma corrida contra o tempo, parte guerra anjos-demónios, parte uma demonstração do quão horríveis estes seres podem ser para os humanos - só que os humanos já por si são bastante bons a serem maus uns com os outros.
Basicamente gosto do ângulo de anjos e demónios a criar o caos na Terra. Fiquei bastante horrorizada com o tipo de coisas que os anjos faziam para evitarem ser vistos, porque causavam um impacto nos humanos com a visão especial.
A história em si não é muito complexa, e não é muito difícil de ver o desfecho à distância; a leitura agradou-me mais pelos conceitos envolvidos. E pela arte. Qualquer coisa com o ar de que devia ser emoldurado, de tão pintadinho e bonitinho que é, faz-me ficar a suspirar.
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