Mulher-Hulk: Solteira, Verde, Perigosa, Dan Slott, Juan Bobillo, Paul Pelletier
Há abordagens de autores sobre certos personagens que nos fazem ficar fãs dos personagens. A dupla Matt Fraction-David Aja é culpada pelo Hawkeye (e principalmente por eu adorar a Kate Bishop); já a série mais recente da Mulher-Hulk, de Charles Soule e Javier Pulido, é bastante fixe. Mas se tivesse de escolher entre essa e este livro, aquela com a qual fiz clique mais facilmente foi mesmo esta.
A premissa é brutal: a Jennifer vai trabalhar para uma firma de advocacia de sonho, para exercer advocacia... na área dos superseres e pessoas com capacidades extraordinárias. Pelo meio, ela parece estar demasiado dependente de ser a She-Hulk e dos benefícios que isso lhe traz, e mete-se num monte de sarilhos pelo meio.
Gosto do humor com que os sucessivos números da narrativa são escritos. Cada história tem uma série de sarilhos e coisas hilariantes a acontecerem, e foi muito divertido de acompanhar o livro. Como bónus, achei piada à arte, toda abonecada e arredondada, duma maneira gira.
O Espetacular Homem-Aranha: Nascimento do Venom, David Michelinie, Todd McFarlane
Ok, há coisas que se lêem só para ficar a par delas; lê-las na intrincada e complexa cronologia dos super-heróis é útil para compreender como afectam o que vem a seguir. Acho que este é um dos casos. Ler a história não me aqueceu nem arrefeceu, mas aprecio poder tê-la lido.
Suponho que teria mais um factor "uau" para mim, se já não tivesse visto o Venom depois disto, num milhar de maneiras diferentes. Ou se não tivesse visto a sua história de "origem" recriada nos filmes. De qualquer modo foi instrutivo, ver o Peter a lidar originalmente com os desafios do fato alienígena, e a compreender que aquilo não o estava a ajudar de maneira nenhuma. (Passava bem sem as histórias do Puma, que me pareceram mais para encher chouriços.)
Também foi giro ver como estava a vida pessoal do Peter neste ponto; primeiro separado da Mary Jane, depois a descobrir que ela já sabia do seu segredo; e por fim, casados. Gosto muito deles em modo casado. De todo o volume, a arte do Todd McFarlane é a mais distintiva, nem que seja porque faz sempre um cabelo doido na Mary Jane. A sério, aquilo parece uma florestra tropical. (Estou a brincar. Mais ou menos.) Por outro lado, põe o Aranha a fazer umas poses doidas. E o Eddie Brock pareceu-me tão estranho. Muito mais matulão que imaginava.
Quarteto Fantástico: Ação Decisiva, Mark Waid, Howard Porter, Mike Wieringo
Mais outro caso de criadores a fazerem-me preocupar com personagens a quem não ligava nenhuma antes. Nunca fui particularmente fã do Quarteto, mas lendo este conjunto de histórias por estes criadores, acho que não me importava de continuar a lê-los.
Que raios, esta história é tão, tão doida, no melhor dos sentidos. Depois de afastar o Dr. Destino, o Quarteto (principalmente o Reed) instala-se na Latvéria para "libertar" o país, protegê-los dos inevitáveis movimentos armados de jogadores interesseiros à escala global, e fazer o povo latveriano perceber que são livres, senhores do seu destino.
Começa como a melhor das ideias, mas descamba rapidamente, escalando e complicando-se, até ter consequências trágicas. O Reed tinha a melhor das intenções, mas a sério, não confiar nos que o rodeiam é uma péssima ideia. Enfim, pontos bónus porque a parte final tem uma reviravolta, vai a lugares inesperados, e ainda tem um momento metafísico deveras fascinante.
Nota: não há capa para este... porque não há capa em qualidade decente pela net fora, talvez por deficiente divulgação da editora. E porque não tenho disponibilidade e/ou vontade para me ir pôr a fazer uma digitalização do meu livro de propósito. Talvez mais tarde a acrescente.
O Incrível Hulk: Gritos Silenciosos, Peter David, Dale Keown
Pronto, já quanto ao Hulk, acho que não há ninguém que consiga mesmo cativar-me para o personagem inteiramente. Há sempre qualquer coisa que me impede de seguir o personagem com o mesmo gosto que outros.
Suponho que posso dizer no entanto que estes autores passam lá muito perto. Gosto bastante do conceito explorado neste volume, a presença dos vários Hulks e como eles se relacionam com a psique do Bruce Banner.
É bastante interessante ler sobre o Hulk Cinzento e ver uma nova faceta e personalidade que não a do Verde; e a história em si é bastante dinâmica, até, muito bem construída e cativante. Não me importaria nada de ler mais para trás e para a frente, para ver o que os autores têm reservado.
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