Universo DC: Justiça 1, Alex Ross, Jim Krueger, Doug Braithwaite
Universo DC: Justiça 2, Alex Ross, Jim Krueger, Doug Braithwaite
Universo DC: Justiça 2, Alex Ross, Jim Krueger, Doug Braithwaite
Vale a pena ler estes dois livros nem que seja pelo trabalho extraordinário do Alex Ross. Já tenho visto ilustrações dele por aí, mas nunca tive oportunidade de ler um livro ou um comic que tivesse o trabalho dele. E é tão bom observar minuciosamente página a página, para poder apreciar a sua arte. Ao que sei, não é um tipo de arte muito comum entre os artistas de comics, pois calculo que o trabalho investido neste tipo de coisa não se coaduna com o ritmo de publicação nos EUA... mas a mim não me causou qualquer estranheza, pelo contrário.
De certo modo, a maneira hiper-realista de Alex Ross de pintar os personagens, super-heróis e vilões fá-los parecer mais humanos (bem, talvez não o Brainiac), mais próximos de nós. É muito absorvente e permitiu-me perder na história. De todos os personagens aquele que mais gostei de ver desenhado é a Zatanna, uma heroína que não conhecia praticamente de lado nenhum, mas que tinha uma cara vulnerável, jovem, e que quase parecia familiar, de algum modo. E adorei ver o momento em que os heróis ganham novas armaduras, as armaduras metálicas. Visualmente é muito interessante e diverti-me a identificar os personagens.
Em termos de história, devo dizer que saí algo desapontada. Com a premissa de "os vilões estão a curar doenças, a resolver a fome, e a questionar o mundo porque é que os super-heróis não o fazem", achei que o livro ia ter uma vertente mais filosófica e abordar mesmo esta questão, mas é rapidamente abandonada, em favor de termos na primeira parte da história os super-heróis principais da DC a serem separados e "derrotados", e depois na segunda parte eles voltam a juntar-se para distribuir porrada aos vilões.
É uma aventura típica de banda desenhada, mas não acrescenta nada ao papel do super-herói num universo em que seres muito poderosos caminham entre os meros humanos frágeis e mortais. Em termos de desenvolvimento da história, até achei curiosa a maneira que os vilões encontraram para derrotar os heróis, mas depois ao longo do enredo vão acontecendo revelações, especialmente sobre o plano dos vilões, que podiam ter sido melhor trabalhadas.
Por outro lado, gostei imenso de algumas das histórias individuais dos heróis. A da Diana/Mulher-Maravilha deixou-me mesmo preocupada com o seu destino. A do Lanterna Verde também, pela questão de ele ficar preso num universo fruto da sua própria imaginação. Gostei de ver o Arqueiro Verde e a Canário Negro juntos como casal, conheci ambos os personagens em separado, e por isso acho piada a ver a sua dinâmica de casal.
Em suma, como disse, não é uma história fabulosa que dê que pensar, mas uma história ainda assim satisfatória, e voltando a dizê-lo pela milionésima vez, vale a pena, nem que seja pelo trabalho do Alex Ross.
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