domingo, 19 de janeiro de 2014

Frigid, J. Lynn/Jennifer L. Armentrout


Opinião: Um curto romance fofinho, Frigid conta a história de Sydney e Kyler, amigos desde sempre e secretamente apaixonados um pelo outro, mas incapazes de se declarar por uma série de razões. Só que durante umas mini-férias na neve, em que ficam presos devido a uma tempestade, vão dar (finalmente) voz a uma série de sentimentos escondidos, e o resultado é explosivo.

A premissa é em si bastante cliché, friends-to-lovers, mas apreciei o modo como a autora a executou. Os protagonistas têm uma série de razões válidas para evitar revelar os seus sentimentos, mas se isto fosse escrito por outra pessoa era capaz de ter arrastado as cenas e desentendimentos entre os protagonistas, e usado excessivamente essas "razões" como motivo para engonhar a progressão da narrativa. O que aqui não acontece, e estou contente que não tenha acontecido. É uma das principais razões para me aborrecer com um romance.

Gostei da Sydney. Era um pouco neurótica, e houve ali uma altura em que se irritou pelas razões erradas, mas adorei quando ganha coragem para puxar pelo Kyler. Foi muito divertido. Aprecio que tenha coragem para pedir o que quer, ainda que de início não tivesse sido completamente honesta em relação ao que queria mesmo. E gosto dela só por ser uma leitora. (Até acho que sei o que é que ela estava a ler em certa cena.)

Quanto ao Kyler, bem, revirei um bocado os olhos com o modo que ele tinha de lidar com os sentimentos pela Sydney, mas, ei, cada maluco com a sua mania. Apesar disso, achei o seu percurso relativamente interessante, e gosto que não seja apenas uma cabecinha bonita. Mete muito as mãos pelos pés, coitado, mas gosta imenso da Sydney, por isso vou dar-lhe um desconto.

Como disse anteriormente, gostei bastante que a autora não arrastasse a situação entre os dois, porque assim levou a história por um percurso algo inesperado. Apesar de ser óbvio para toda a gente, menos para eles, de que têm sentimentos um pelo outro, ambos acabam por se envolver sem haver propriamente uma, hmm, declaração de sentimentos, o que complica e descomplica ao mesmo a relação entre ambos. O envolvimento físico acaba por dar-lhes um empurrão na direcção correcta, e no fim só lhes falta reconhecer o sentimento mútuo. (A propósito, achei alguma piada às intromissões, ou ajudas, que a Andrea e o Tanner deram. Gostava imenso que estes dois tivessem um livro para eles, porque parece que há ali uma boa história para contar.)

O pequeno mistério da história foi bastante óbvio desde o início para mim, mas deu um toque de perigo a uma situação que de outro modo podia tornar-se aborrecida e repetitiva. E claro, deu o mote para o Grande Desentendimento - todos os romances têm um, em que o casal se zanga por uma razão absolutamente parva para depois se reconciliarem numa cena altamente romântica e/ou grandiosa. Bem, de todos os Grandes Desentendimentos, este nem é dos mais parvos, apenas fruto da irritação do momento. E deu uma cena final gira, que eu já estava totalmente à espera que acontecesse, por um pequeno detalhe da infância dos dois ter sido revelado anteriormente.

Páginas: 272

Editora: Spencer Hill Contemporary

4 comentários:

  1. Pelo que disseste parece ser um romance mesmo querido! Eu não o conhecia. Fiquei curiosa :)

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    1. Espero que te tenha aguçado a curiosidade! ;) E se tiveres a oportunidade de o ler, espero que venhas a gostar. :) A Porto Editora tem os direitos de um outro livro da autora - e parece que o vai publicar brevemente -, o Wait for You, que na minha opinião é ainda mais giro que este... ;)

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  2. só pela primeira frase já me convenceste. adoro este tipo de historias *.*

    não metes aqui a classificação? deste quê? 4?

    Não me arranjas este livrinho?

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    1. Estás a falar de histórias em que amigos se apaixonam, ou gostam um do outro desde sempre? É verdade, são tão giras. ^_^

      Eu não costumo classificar coisas aqui no blogue, mas se fosse no GR, daria umas 4 em 5 estrelas. Mas eu sou suspeita, que adoro esta autora. xD

      Posso arranjar, sim. Queres que empreste, como o outro? Se assim for, envia-me um e-mail. ;) p7[ponto]books[arroba]gmail[ponto]com

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