segunda-feira, 20 de novembro de 2017

If There's No Tomorrow, Jennifer L. Armentrout


Opinião: Para que fique registado (se ainda não ficou), eu gosto desta autora. Divirto-me a ler os livros dela. Não são a maior invenção desde a roda (poucos livros o são), mas são cativantes, cheios de humor e têm uma fórmula que até agora não me tem cansado. (Provavelmente porque a Jennifer não é uma escritora preguiçosa e introduz variedade suficiente no que escreve.)

No entanto... devo dizer que os livros paranormais/de fantasia dela me têm suscitado mais interesse que os contemporâneos. O The Problem With Forever é bastante bom pela caracterização da protagonista... mas este não é um que se destaque na minha admitidamente movimentada vida literária.

Para já, a sinopse é estúpida: o livro não ganha nada com fazer caixinha. É descativante o mistério, porque faz este construir de expectativas que caem facilmente ao percebermos o que aconteceu. Que não é nada assim de tão impressionante ou especial. É uma situação que terá acontecido um sem-número de vezes, e voltará a acontecer. O que faria a situação especial seria a caracterização da protagonista e a sua reacção à situação.

Focando-nos na protagonista: tem esta combinação estranha. A Lena parece-me uma adolescente razoável, credível: boa aluna, discreta, preocupada com o seu futuro, com um simpático grupo de amigos e com uma paixoneta duradoura pelo melhor amigo de infância.

Por outro lado, a Lena adora ler, e aí é que a Jennifer abusa um bocadinho: claro, é divertido ver as referências a certos livros e autoras (particularmente a Maas), mas a Jen pinta a Lena com este véu de "não é como as outras raparigas" e contrasta-a com outras pessoas que não gostam de ler ou lêem outras coisas...primeiro, não há nada de errado em não gostar de ler, segundo, não podemos estar sempre com esta de os leitores serem uns bichos raros. Não são. Soa tudo um pouco demasiado a cliché.

A exploração da culpa da Lena é interessante e até certo ponto credível... é a única sobrevivente de uma tragédia, e isso tem um peso especial para o sobrevivente. Ela fecha-se, deixa muita gente de fora. E isso é credível, assim como o é ter cedido à pressão de pares numa situação em que a atitude certa teria sido não o fazer.

Irritaram-me no entanto duas coisas: um, a reacção da mãe, a repreendê-la ("ensinei-te a ser melhro que isso") quando tinha acabado de acordar no hospital, confusa e assustada (era mesmo necessário?), e julgo que não ajudou a Lena a ultrapassar a culpa; duas, ninguém lembra a Lena que ela sobreviveu porque era a única a usar cinto. Diga-se o que se disser, tenho alguma dificuldade em acreditar que usar cinto não é uma atitude subconsciente para as pessoas nos dias de hoje, tenham tomado alguma coisa que lhes altere a capacidade de decisão ou não. E portanto o problema torna-se não só em conduzir bêbedo, mas sim conduzir sem cinto, que é uma coisa diferente. Não invalida como a Lena se sente, no centro duma tragédia, claro, mas esse enquadramento não é feito, apesar de o facto ser óbvio.

Destaque final para o Sebastian, que é um rapaz fofinho. Tem alguma dificuldade, como a Lena, em definir a evolução da sua relação, o que é amoroso de acompanhar, os mal-entendidos e tudo o mais; depois da tragédia, é interessante ver a sua perspectiva, à beira de perder a Lena, e em luto pelos amigos que perdeu, mas sem se esquecer que a vida a continua e tem um mundo à sua espera (e da Lena).

Em suma... uma boa leitura para passar umas tardes, mas não exactamente memorável.

Páginas: 384

Editora: Harlequin Teen

sábado, 4 de novembro de 2017

Este mês em leituras: Outubro 2017

Ok, o mês de Outubro foi um nadinha atípico... essencialmente, no fim do mês tive a oportunidade de fazer uma viagem e ter uma pequena aventura relacionada com outro dos meus hobbies, e passei o mês distraída com essa perspectiva. Foi muito divertido e estive a descansar entretanto - daí este post sair tardiamente -, mas espera-se que a actividade normal do blogue retome em Novembro.

Livros lidos


Opiniões no blogue


Os livros que marcaram o mês

  • Tower of Dawn, Sarah J. Maas - ahhh de certo modo quero zangar-me muito com a Sarah, pois não há mais ninguém que me faça apreciá-la (muito) como escritora, enquanto faz um par de coisas que nop, não gosto nada... este livro foi um bom passo na direcção correcta, e gosto que tenha posto em escrita algo que ela devia ter feito há muito, mas não devia ter levado tanto tempo para lá chegar... de qualquer modo, diverti-me imenso a lê-lo e a apreciar os personagens, e encantei-me com tudo e mais alguma coisa, por isso é difícil ficar realmente zangada quando ela fez o que eu queria, e até coisas que eu não sabia que queria;
  • Magia de Vidro, Charlie N. Holmberg - raios, este livro não é a maior invenção a seguir à roda, mas é tão charmoso e amoroso e eu divirto-me tanto com ele que isso não interessa nada para o assunto... espero animadamente pelo terceiro livro;
  • Language of Thorns, Leigh Bardugo - para além dos contos que já conhecemos, a Leigh escreveu mais alguns para esta edição, e a maneira como ela dá uma nova perspectiva a contos de fadas que já conhecemos é maravilhosa... além disso, o design e a ilustração são a melhor coisa que já vi.

Aquisições

Primeiro, banda desenhada do mês - as revistas Marvel que andam a sair pela mão da Goody. As Graphic Novels Marvel não deram um ar de sua graça novamente porque houve um problema qualquer na distribuidora - desta vez nem me foi cobrado o valor dos livros. (Como se eu já não estivesse maravilhosamente impressionada com o trabalho deles.) Parece que a coisa retoma em Novembro. Espera-se.

Um beijinho à Mafalda, que me enviou uma surpresa e é responsável pela presença do Dumplin' e do Exquisite Corpse na minha pilha. :) Horizontalmente, os dois primeiros livros foram adquiridos com dinheiro em cartão, e os restantes, em inglês, são como habitualmente autoras e séries que sigo. (E incluindo uma novidade que me deixou curiosa.)

A ler brevemente

Desde que me cheguem às mãos, tenciono ler os próximos livros da Graphic Novels Marvel, junto com estes que já tenho; e também as próximas revistas Marvel da Goody. Também quero ler o Renegades da Marissa Meyer, que sai em Novembro, e estes dois livros em inglês que fazem parte das minhas aquisições de Outubro. Estou muito curiosa.