sábado, 31 de maio de 2014

Este mês em leituras: Maio 2014

Fim do mês de Maio, um mês fantástico para leituras, sinto que li tantos livros bons este mês que nem saberia escolher. E entretanto a Feira do Livro já começou, e promete aquecer os dias com alguns livrinhos.

Lidos lidos


Opiniões no blogue


Os livros que marcaram o mês

  • The Winner's Curse, Marie Rutkoski - ahhhh que livro lindo, lindo; adorei o que a autora fez aqui, e a história é tão cativante que não parei enquanto não acabei;
  • Empower, Jessica Shirvington - o fim de uma série que amei ler, fiquei fã da autora, da sua escrita e de como cria as suas histórias; e a Violet é das minhas heroínas favoritas de sempre, posso já dizer;
  • NIght of Cake and Puppets, Laini Taylor - a autora conseguiu o que poucos conseguem, escrever uma história mais curta totalmente satisfatória, com a sua escrita bela e a sua narrativa extravagante e mágica; foi uma delícia ler sobre a Zuzana e o Mik, dois dos meus personagens favoritos;
  • Eleanor & Park, Rainbow Rowell - tenho já a dizer que a Rainbow Rowell é brilhante, genial, e não vou descansar enquanto não pegar em mim e ler tudo que há desta senhora, que para mal dos meus pecados também são só mais dois livros, um dos quais não sai até Julho; ah, e muito simplesmente, este livro matou-me, e tenho dito.

Outras coisas no blogue


Aquisições

Maus, Art Spiegelman
Comprado totalmente com desconto em cartão, estou muito curiosa acerca deste livro.

A Eneida, História Trágico-Marítima, A Odisseia, Viagens de Gulliver, Peregrinação, adaptações de João de Barros
The Outsiders - Os Marginais, S.E. Hinton
Olimpo - Diário duma Deusa Adolescente, Teresa Buongiorno
São o resultado de uma visita à feira do livro na Gare do Oriente, as adaptações são duma colecção de jornal e estavam a 1€ cada; o The Outsiders foi um achado, tendo em conta que a S.E. Hinton é às vezes mencionada como uma precursora do género YA contemporâneo - nem sabia que tinha sido publicada em português; o último é um livro que adorei quando era mais nova, era uma adaptação fantástica da mitologia grega, apresentada duma maneira muito gira.

Eleanor & Park, Rainbow Rowell
Breakable, Tammara Webber
The Wizard's Promise, Cassandra Rose Clarke
Empower, Jessica Shirvington
Prisoner of Night and Fog, Anne Blankman
Dreams of Gods and Monsters, Laini Taylor
Um conjunto de livros que queria ler muito, de autoras que sigo e de uma nova que queria experimentar.

Almanaque Bertrand
O Livro dos Mil Dias, Shannon Hale
O Estratagema de Lady Sara, Emily Hendrickson
Carícias da Noite, Laurell K. Hamilton
Espanhol para Totós
São o resultado do início da Feira do Livro. O último era livro do dia e estava a metade do preço, e trouxe o Almanaque comigo. O segundo e o terceiro vieram dos alfarrabistas, e o quarto do "Pavilhão Anti-Crise" da Saída de Emergência - esta é a edição antiga do livro, mas prefiro-a mil vezes às novas edições.

Banda desenhada do mês, entre BD Disney e revistas Marvel, incluindo algumas do mês passado, que chegaram tão tarde às bancas que só o fizeram no início deste mês.

A ler brevemente

Algumas leituras projectadas do mês de Junho. Tenho mesmo de ler o Dreams of Gods and Monsters, tipo já, para ontem, porque estou mesmo curiosa para ver o que a autora preparou para o último livro. Mas primeiro devo ler o Prodigy para uma leitura conjunta. O meu querido City of Heavenly Fire deve estar mesmo a chegar, por isso é outro a ler muito brevemente. E possivelmente o Maus, um livro que há que tempos que ando com vontade de ler.

Fora isso, gostava de ler uns quantos livros de autoras e séries que sigo, algumas a terminar - o Ruin and Rising, o Rivals in the City, o Breakable -, e outras a começar - o All Lined Up, o The Wizard's Promise. Por fim, sinto que devia mesmo ler o The Fault in Our Stars antes de me meter a ver o filme, que vai estrear este mês.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Night of Cake and Puppets, Laini Taylor


Opinião: Sou uma fã incondicional da Zuzana, a melhor amiga da Karou - a Karou é a protagonista da trilogia Daughter of Smoke and Bone da autora -, e esta é uma novela complementar à história principal, que relata a maneira como a Zuzana e o Mik se aproximaram. Por isso, é uma novela que adorei ler, primeiro pelos protagonistas, e depois porque não deve nada a qualquer outra coisa que tenha lido da autora, sendo igualmente um magnífico livro.

Estes acontecimentos decorrem a meio do Daughter of Smoke and Bone, e são mencionados no segundo livro, Days of Blood of Starlight, por isso deixa-me contente poder ler o que realmente se passou. Sabia que a Zuzana tinha concebido um mapa do tesouro para o Mik, em que o tesouro era ela, mas é outra coisa vê-lo retratado pelos dois.

Gosto tanto da ideia da Zuzana da caça ao tesouro, e do modo como ela a executou, com um toque de magia e excentricidade. É uma ideia brilhante e giríssima. E gosto tanto, tanto, da voz narrativa da Zuzana. Começa com uns toques de arrepiante, o que é muito adequado, e tem um grande peso da personalidade gigante e directa e segura dela, mas também mostra uma certa vulnerabilidade e insegurança, ao suspirar pelo Mik de longe, sem coragem para avançar. Contudo, num rasgo de arrojo, decide dar o primeiro passo e criar esta maneira tão imaginativa de encantar o rapaz.

Já o Mik, o outro narrador, é completamente adorável. Também ele se sentia inseguro, também sem coragem para avançar, fascinado pela Zuzana mas intimidado pela sua personalidade maior do que a vida. E a sua narração é mais delicada e discreta, mas igualmente cativante. Gosto como ele conseguiu dar um pouco dele mesmo à caça ao tesouro, e surpreender a Zuzana. Foi um bom momento que levou à cena final, uma das minhas favoritas.

Como mencionei inicialmente, é um livro tão satisfatório como os outros da autora, mais longos, com a sua capacidade narrativa impressionante e a sua escrita lírica lindíssima, e os seus sempre fascinantes personagens.

Páginas: 80

Editora: Hodder & Stoughton

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Queen of Babble, Meg Cabot [série]


Desde que descobri que a Meg Cabot vai publicar para o ano mais um livro dos Diários da Princesa e da série Mediadora, com um tom mais adulto - as personagens cresceram e iremos visitar as protagonistas uns anos depois, parece -, que ando com imensas saudades desses livros e, bem, dos livros dela em geral. Por isso, começa aqui uma espécie de releitura informal dos livros da autora que possuo, e que incluirá em príncipio os livros dessas séries. Só não faço algo mais oficial porque conheço-me e se calhar ainda acabava por funcionar ao contrário, ou seja, não muito bem. Além disso, ainda não sei bem como vou organizar as coisas.

Quanto a esta série, vou fazer um post conjunto para ela porque não seria capaz de separar os livros, e sinto que a viagem pela história da protagonista, Lizzie Nichols, faz mais sentido quando considerada como um todo.

Queen of Babble apresenta Lizzie Nichols, uma jovem que terminou a universidade e vai aproveitar as férias para ir visitar o namorado britânico. Só que o rapaz se revela menos que ideal (muito menos) e Lizzie vê-se sem alojamento, e sem forma de voltar a casa mais cedo. Por isso, decide juntar-se à melhor amiga, que está a passar férias num castelo no sul de França, e de caminho conhece um rapaz jeitoso, o Luke, e aparentemente perfeito... não fosse o defeito de estar comprometido. Pelo caminho, Lizzie revela uma vocação para renovar vestidos de casamento que lhe vai ser muito útil no futuro.

Queen of Babble in the Big City segue Lizzie na sua tentativa de se estabelecer em Nova Iorque, tentando seguir a sua vocação, o que não está fácil. Por outro lado, a sua relação com o Luke está cada vez a correr melhor, tanto que a Lizzie começa a ouvir sinos de igreja... mas será que Luke sente o mesmo? Já em Queen of Babble Gets Hitched, Lizzie encontra finalmente o sucesso no trabalho, e o casamento com que sempre sonhou está ao seu alcance... com a inconveniência de que Lizzie já não tem a certeza se quer a mesma coisa.

Acho uma certa piada à Lizzie, como protagonista. Está sempre a meter as mãos pelos pés, sendo quase incapaz de guardar um segredo, mas geralmente fá-lo com boas intenções. E a verdade é que, apesar de ser completamente sem noção no que toca à sua vida pessoal, é engenhosa e muito boa a arranjar soluções de todo o tipo no que toca ao seu trabalho. Por mais que lhe apareçam contratempos, ela consegue resolvê-los.

Por outro lado, é mesmo muito, muito, má a gerir os seus assuntos pessoais. Tem uma péssima queda para ver as pessoas pelo seu potencial e por aquilo que ela acha que são, teimando em não as ver pelo que realmente são. Primeiro com o namorado britânico, que se veio a revelar um sapo completo...

Depois o Luke. Eu percebo o apelo, o rapaz tem todo o ar de namorado perfeito. Mas a Lizzie começa a construir castelos no ar, a ver coisas onde elas não estão, e cega pela imagem que tem dele, insiste em seguir por um caminho que não vai levar a lado nenhum. Oh, e que vontade de lhe bater quando volta atrás numa certa decisão que tinha feito! Mas enfim, não posso negar que ela precisava do Luke no seu caminho para aprender umas coisas.

E por fim, o terceiro e, esperemos, último rapaz, que é completamente inesperado, o Chaz. Digo inesperado porque foi o que me pareceu quando li a trilogia pela primeira vez, mas ao reler, estão lá algumas pistas, algumas gentilezas, que comprovam que o Chaz conhece a Lizzie melhor que ela pensa. Oh, e como custa ver a Lizzie passar tanto tempo a negar o óbvio! Sinto que mereço mais um livro desta série só para ver os dois juntos, porque juntam-se demasiado tarde. Oh, mas a química é inegável, e adoro as cenas deles juntos, alguns dos seus diálogos são deliciosos. E há uma coisa muito importante no Chaz, que passa por respeitar a Lizzie e as capacidades dela, e nunca tentar resolver as coisas por ela. Pode frustar a Lizzie no momento, mas acaba por se revelar a opção mais certa.

Enfim, a Lizzie tem um pouco de todas as protagonistas Cabot, trapalhona, com um belo sentido de humor, e mais engenhosa do que se dá crédito. Aliás, os livros são um bom exemplo do trabalho da Meg Cabot, com o seu humor característico, e o modo de desenvolver a história, e o modo como sendo este um livro leve, não deixa de ter algumas ideias e lições mais profundas, incluindo um sentido mais feminista do que me recordava.

O elenco de personagens secundários é giríssimo, muito bem construído e desenhado, e é impossível ficar indiferente a qualquer deles. A Shari, a família da Lizzie (menção para a avó, que é positivamente fabulosa, e um pilar para a Lizzie), os pais do Luke, o casal Henri, as noivas que passam pela loja... e também todo o grupo que se junta em torno da Lizzie, a Tiffany e a Monique e a Ava, pessoas com que a Lizzie podia não ter muito em comum, mas que se tornaram parte do grupo, trazendo-lhe uma nova dinâmica.

Acho que vou terminar por mencionar que acho que podemos, apesar da série ter sido publicada muito antes, considerar estes livros como New Adult - que lá está, não era um termo que existisse quando os livros foram publicados, mas só me faz consolidar a ideia que New Adult já existia há que tempos, apenas se inventou o termo entretanto. Ora vejamos, este livro conta a história de uma jovem saída da faculdade, a tentar encontrar o seu lugar no mundo e lidar com as responsabilidades de ser adulta. É certo que a maior parte dos livros New Adult escritos hoje em dia tem uma maior carga emocional e dramática, mas também há aqueles com um tom mais leve e mais humorístico, entre os quais Queen of Babble não destoaria. Portanto, como em tudo, há que encarar as coisas com ponderação: nem o New Adult é uma invenção novíssima brilhante, como nem por isso deixa de ser uma designação útil para alguns tipos de histórias.

Páginas: 336/320/336

Editora: Avon (HarperCollins)

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Picture Puzzle #91


O Picture Puzzle é um jogo de imagens, que funciona como um meme e é postado todas as semanas à quarta-feira. Aproveito para vos convidar a juntar à diversão, tanto a tentar adivinhar como a fazer um post com puzzles da vossa autoria. Deixem as vossas hipóteses nos comentários, e se quiserem experimentar mais alguns puzzles, consultem a rubrica nos seguintes blogues: Chaise Longue.

Como funciona?
  • Escolher um livro;
  • Arranjar imagens que representem as palavras do título (geralmente uma imagem por palavra, ignorando partículas como ‘o/a’, ‘os/as’, ‘de’, ‘por’, ‘em’, etc.);
  • Fazer um post e convidar o pessoal a tentar adivinhar de que livro se trata;
  • Podem ser fornecidas pistas se estiver a ser muito difícil de acertar no título, mas usá-las ou não fica inteiramente ao critério do autor do puzzle;
  • Notem que as imagens não têm de representar as palavras do título no sentido literal.

Puzzle #1
Pista: título de ficção científica publicado em português.

Puzzle #2
Pista: novidade infanto-juvenil publicada em português.

Divirtam-se!

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Era uma vez...: Days of Blood and Starlight, Laini Taylor


Opinião: Vou fazer esta opinião em jeito de nova rubrica, uma em que recapturo um livro que já li há algum tempo e que, por uma razão ou outra, não cheguei a comentar aqui no blogue, o que não é muito comum, mas acontece. No caso presente, Days of Blood and Starlight de Laini Taylor. Li-o há qualquer coisa como ano e meio, na altura em que fiz uma pausa aqui no blogue - houve um ou outro livro dessa época que ficou por opinar, e curiosamente até foram dos bons. Mas ainda tenho as notas que fiz acerca do livro na altura, e voltei a folheá-lo para rever os pontos e as partes importantes, e sendo assim sinto-me apta a fazer uma opinião em condições, que o livro merece.

Acho que a primeira coisa que tenho a dizer é que a autora nunca vai pelo caminho mais óbvio. Já não me recordo o que pensei que ela ia fazer quando terminei o primeiro livro, Daughter of Smoke and Bone, mas de certeza que não era isto. A sua imaginação e o modo como tece a narrativa é qualquer coisa de fabuloso, e usando uma prosa lírica e lindíssima, consegue fazer com que nada na história pareça supérfluo; e melhor ainda, consegue transmitir coisas e temas profundos e emocionais e que dão que pensar e que me deixam maravilhada com o modo como ela consegue construir uma tapeçaria tão bem feita e tão harmoniosa.

Focando-me na protagonista, Karou, é quase doloroso pensar no percurso dela durante a história, porque está carregado de culpa, grande parte dela infundada, mas que a leva a, digamos, vender a alma ao Diabo e fazer coisas que podem não ir propriamente de encontro ao seu código moral - e a Karou fá-las na mesma, em jeito de penitência por se ter atrevido a sonhar com um mundo diferente, quem sabe melhor que o que conhece. O seu envolvimento com os chimaera é um pormenor muito interessante da narrativa, mas ao mesmo tempo é manchado pela manipulação de um determinado personagem. Contudo, a Karou percebe que tem de lutar para que ela e os seus possam escolher um caminho diferente daquele em que estão presentemente, e também esse esforço leva a decisões difíceis e dilemas espinhosos.

Quanto ao Akiva, está por sua vez a tentar também libertar os seus, apenas num sentido diferente, mais literal. Os "anjos" (uso esta palavra entre aspas porque são anjos em aparência, mas não anjos como os conhecemos, na concepção biblíca) são um povo guerreiro, e estão em guerra há séculos com os chimaera, todavia começam a ver-se as fendas numa muralha bem construída. Há quem questione a necessidade da brutalidade da guerra, e Akiva e os seus companheiros têm nas mãos a oportunidade para mudar as coisas, aqui também com uma certa intervenção e manipulação de personagens manhosos. E também aqui o caminho está ladrilhado com perda. Mas fico contente pelo novo caminho que os Misbegotten tentam escolher.

Creio que o que mais aprecio na história é as perguntas que a autora levanta. Como manter-se bom e justo em tempos difíceis. Como resistir à violência e à sede de vingança se é tudo o que se conhece no momento. Como evitar resvalar para a selvajaria, quando toda a esperança parece perdida. Como ganhar coragem para questionar tudo, e procurar uma alternativa. E sobretudo, como aceitar de novo a esperança quando ela parecera impossível de alcançar, quando já nem se conhece o significado da palavra.

Uma pequena grande (acho que não posso dizer pequena, que a Zuzana zanga-se) menção para a Zuzana e o Mik, que são os melhores amigos que uma heroína podia ter. São um casal absolutamente adorável, com uma química giríssima, e uns diálogos fantásticos, e até hilariantes, no caso da Zuzana. E apesar do perigo, não deixam de procurar e apoiar a Karou. São uma pequena (ups) grande lufada de ar fresco entre os chimaera, uma muito necessária. E ainda uma menção para o Ziri, um chimaera que se torna muito importante no caminho da Karou, um jovem tremendamente corajoso e com estômago para suportar fazer uma coisa terrível.

Em suma, a Laini Taylor é uma escritora fabulosa, e creio que tudo o que sai da pena computador dela é positivamente genial. Tem tudo a seu favor: uma escrita bela, um worldbuilding interessante, e uma capacidade deslumbrante para apresentar uma boa história.

Páginas: 528


Editora: Hodder & Stoughton


Lido em: Novembro de 2012

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Neon Genesis Evangelion 3-in-1 Edition, Vol. 1: #1-3, Yoshiyuki Sadamoto


Opinião: Já tenho um historial longo com o material original, pois via o anime há uns 12 ou mais anos atrás (eeeee agora estou a sentir-me velha), praticamente quando não tinha idade para perceber nada disto - bem, para perceber grande parte do subtexto, pelo menos. Mas isso não significou que não continuasse a procurar perceber, mais tarde, e fazer sentido do que já sabia e me lembrava. O worldbuilding é rico, e difícil de esquecer, e acho que posso creditar Evangelion como o culpado por eu gostar de worldbuildings e mundos complicadinhos, quando os houver.

Para adaptação, e tendo em conta o que me lembro, está relativamente próximo do original, com o tipo de mudanças que atribuo à diferença de meio. A história flui melhor no manga, parece-me. Tenho a sensação que o anime tinha altos e baixos de ritmo narrativo, com momentos de acção e momentos mais "mortos" (que o meu eu mais jovem achava mais aborrecidos, imagino), e a transição entre ambos parece-me melhor no manga. Ou sou eu que sou menos impaciente com estas coisas agora, tenhamos em conta que as comparações estão a ser feitas à distância de mais de uma década, e isso vale o que vale.

O desenho, esse, também é bem próximo do anime, mas pelo que percebi, Yoshiyuki Sadamoto fez o design de personagens para o anime, por isso não é de admirar. Acho que os três volumes contidos neste omnibus permitem observar a variedade do que o artista é capaz de fazer. Gosto bastante do trabalho de sombreado e tracejado que faz.

Em termos de história, posso desta vez avaliar melhor certas nuances, e perceber melhor os personagens. Vejo o Shinji muito dividido entre a necessidade de agradar, de que gostem dele, e a auto-sabotagem para evitar que saia magoado quando isso não acontece. É na verdade um personagem bastante complexo e a narrativa tem feito um bom esforço a demonstrá-lo. Choca-me um pouco ver as pessoas na NERV (Misato incluída, antes de ganhar juízo) a referir-se ao rapaz como um "corpo", uma coisa que eles usam para pilotar o EVA - mas estas são as pessoas que acham boa ideia tirar a Rei do hospital toda enfaixada e pô-la num EVA para o pilotar.

A Rei é a personagem que conheço do anime, uma escultura de barro em progresso, envolta num ar de mistério e no centro de uma teia de relações com outros personagens. Isso, conjugado com a sua origem peculiar, faz dela uma personagem chave para compreender a história. A Misato, por sua vez, parece por vezes uma criança grande, apenas com idade suficiente para poder beber o frigorífico cheio de cervejas que tem em casa. Mas também é a militar capaz de pensar e organizar o complexo ataque ao 5º anjo (ou o ataque sincronizado Shinji-Asuka ao 7º anjo, que estou morta por ver/ler). É outra personagem fascinante pela sua maneira de lidar com as coisas.

Diverti-me tanto com o Toji, o personagem que originalmente antagoniza o Shinji na escola, primeiro porque as falas dele são escritas de modo a fazer transparecer um sotaque, ou uma maneira diferente de pronunciar as palavras. (Bem, pelo menos na minha cabeça ele soa engraçado.) Isso, e o temperamento dele a lidar com tudo, mas particularmente com o Shinji. Também gosto da maneira como o Shinji lida com ele. No meio disto tudo, só me fez falta a Asuka (adoro o feitio desta miúda), que fazendo a contabilidade deve aparecer logo no início do próximo omnibus, com a aparição do próximo anjo.

Expectativas para o próximo volume/omnibus: Asuka, a batalha com o 7º anjo (a coisa da sincronização forçada com a Asuka e o Shinki no anime era hilariante), e a partir daí tenho medo de ter expectativas. Parece que o manga corta uma série de anjos a seguir ao 8º, e há alguns cujas respectivas histórias eu gostei imenso no anime... por isso, digamos que estou curiosa para ver as alterações que aparecem para transmitir o que os episódios com esses anjos transmitiam. Estes três volumes estão muito próximos do anime, mas parece que os eventos vão começar a divergir, veremos como.

Páginas: 528

Editora: Viz Media

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Picture Puzzle #90


O Picture Puzzle é um jogo de imagens, que funciona como um meme e é postado todas as semanas à quarta-feira. Aproveito para vos convidar a juntar à diversão, tanto a tentar adivinhar como a fazer um post com puzzles da vossa autoria. Deixem as vossas hipóteses nos comentários, e se quiserem experimentar mais alguns puzzles, consultem a rubrica nos seguintes blogues: Chaise Longue.

Como funciona?
  • Escolher um livro;
  • Arranjar imagens que representem as palavras do título (geralmente uma imagem por palavra, ignorando partículas como ‘o/a’, ‘os/as’, ‘de’, ‘por’, ‘em’, etc.);
  • Fazer um post e convidar o pessoal a tentar adivinhar de que livro se trata;
  • Podem ser fornecidas pistas se estiver a ser muito difícil de acertar no título, mas usá-las ou não fica inteiramente ao critério do autor do puzzle;
  • Notem que as imagens não têm de representar as palavras do título no sentido literal.

Puzzle #1
Pista: romance histórico publicado em português; novidade de uma autora muito publicada em Portugal.

Puzzle #2
Pista: policial publicado em português.

Divirtam-se!

terça-feira, 20 de maio de 2014

Looking for Alaska, John Green


Opinião: Vejo-me na estranha posição de ter de comentar um livro que deve tanto a um certo e determinado acontecimento - que eu não posso revelar qual é, por ser a modos que um spoiler, ainda que quem queira pode facilmente ler nas entrelinhas do título e da sinopse e perceber o que é -, um acontecimento que dirige praticamente a narrativa, e que eu não posso mencionar directamente por essa razão. É muito estranho, mas vamos lá ver se consigo fazê-lo.

Sendo este o meu primeiro livro do autor, compreendo agora o seu apelo. John Green escreve de uma maneira muito honesta sobre a experiência adolescente, de maneira que senti como real, ainda que não tenha passado pelo mesmo que os personagens. E mais, escreve duma maneira bastante inteligente, sem ser pretensiosa, contemplativa, sem ser aborrecida, e cativante, sem ser enjoativa.

Miles Halter procura algo mais que a sua curta existência lhe trouxe, e na tentativa de agitar um pouco as coisas, decide ir para um colégio interno, onde fará um grupo de amigos que vão tornar a sua vida um pouco mais interesante. Vejo que há uma série de comparações que se fazem com este livro, mas a melhor que me ocorre é O Clube dos Poetas Mortos, pela atmosfera de ambas as histórias.

Fascinou-me a conhecer estes jovens e um pouquinho mais das suas personalidades, das suas idiossincrasias. Fazem todo o tipo de erros e asneiras próprias da idade, num esforço para crescer e compreender um pouco melhor o seu mundo. Achei piada à série de partidas (a primeira não, que foi mesmo perigosa) que fazem ou de que se tornam vítimas (bem, também não sou fã daquela que deu cabo dos livros da Alaska, que crime!), e a minha favorita é a última, pela mesma razão pela qual o Eagle a apreciou.

É desconcertante para mim pensar no protagonista. Normalmente costumo ligar-me ao protagonista/narrador das histórias que leio, o que facilita a minha imersão na história, mas desta vez o Miles é tão distante da minha perspectiva que isso não aconteceu. Não que tenha impedido que goste da história, até me deu uma distância adequada para a apreciar. Mas é diferente do que estou habituada.

O Miles é totalmente choninhas, completamente afastado do protagonista ideal. É passivo, deixando que as coisas lhe aconteçam, em vez de lutar por elas. E sem ele, a história não resultava. A sua atitude quase reverencial e intocável em relação à Alaska é o que faz funcionar a segunda parte do ponto de vista narrativo. A personalidade da Alaska fica indefinida, um enigma para os rapazes, e é isso que faz funcionar o mistério que ela lhes deixa. Este grupo de rapazes não percebe nada de raparigas, e essa incompreensão perpetua o mistério e mantém o fascínio. Lembra-me um pouco de As Virgens Suicidas por esse aspecto.

E a história também é sobre luto, e continuar a viver depois de uma tragédia, e de como miúdos tão novos não merecem ter que o saber ou que o descobrir. Lembro-me de uma certa cena em que uma certa coisa é anunciada a qualquer coisa como 200 adolescentes e o resultado disso é impressionante, pela histeria, e pela falta de ferramentas para lidar com uma tal revelação. É um pouco assustador, até. Mas também triste.

Creio que posso dizer que fiquei bem impressionada com esta primeira tentativa a ler John Green. Normalmente coisas que trazem muito hype atrás fazem-me alergia e fujo delas (acho que já aqui disse assim um milhão de vezes que detesto expectativas, especialmente falsas), mas fico contente por finalmente me ter decidido a experimentar ler o autor. Não há de ser o último que leio dele.

Páginas: 240

Editora: Dutton (Penguin)

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Empower, Jessica Shirvington


Opinião: Este é o último livro desta série, e estava super animada com a perspectiva de o ler. Tenho adorado cada volume desta série, a escrita da autora emociona-me, torço pelos personagens, e as histórias simplesmente absorvem-me. Portando, era com alguma trepidação que esperava o livro.

Empower começa dois anos após o último livro, e encontramos Violet, a protagonista, em Londres, depois de ter fugido de tudo o que conhecia e viajado mundo fora. Violet tenta cumprir uma promessa que fez, lutando o mais que pode contra os Exiles, e tenta enterrar bem fundo tudo o que aconteceu dois anos antes, pois a alternativa é deixar a dor avassaladora tomar as rédeas. Só que alguns assuntos ficaram por resolver, e quando um amigo se encontra em perigo, a Violet não pode deixar de tentar ajudar, mesmo que signifique encarar aquilo de que tentou fugir.

Declaro que este parágrafo vai ser o Parágrafo de Apreciação da Violet Eden. Ora bem, a Violet é assim o melhor exemplo que eu me consigo lembrar de evolução de uma personagem ao longo de uma série, e melhor, de uma evolução fabulosa. Ela era uma miúda tão confusa e assustada e a fazer asneiras no primeiro livro... e pronto, continua a fazer asneiras, mas agora de maneira mais informada, mais responsável e, convenhamos, mais badass. Os dois anos de sofrimento e de auto-negação tornaram-na mais cautelosa e ponderada, mas continua a ser a jovem destemida e que luta pelos seus. Compreendo agora melhor porque sentiu necessidade de partir, e o tempo que passou ensinou-lhe muita coisa e trouxe-lhe aliados valiosos. Aquilo que acaba por conquistar no fim é mais merecido, por tudo o que teve de enfrentar antes.

Quanto ao Lincoln... o tempo que passou também teve um efeito marcado nele, e o reencontro com a Violet é digno de nota pela sua, hmmm, explosividade. Já estava como o grupo de amigos deles, observando avidamente cada reencontro a torcer por eles. Há um certo grupo de mal-entendidos e falta de compreensão entre os dois que os separava, e eram coisas que precisavam de ser entendidas antes de poderem pensar em reconciliação. O Lincoln também amadurece nestes anos, tornando-se num líder respeitado, e compreende finalmente que não pode lançar-se à frente da Violet sempre que a vê em perigo. A posição dela exige que esteja constantemente em perigo, e isso não é vida. Por sua vez, a Violet precisava de aprender a aceitar a possibilidade de coisas más que vêm com entregar-se a uma coisa muito boa. Como disse, é aquilo com que se debatem este tempo todo (e aquilo que me fazem sofrer a mim) que torna o final mais doce e mais merecido. Adorei aquele momento em que o Lincoln entende finalmente a extensão do sacrifício da Violet e declara, determinado, que vai lutar por ela e que não a vai deixar fugir. É um passo no caminho certo. E quando ela ouve o silêncio e percebe aquilo que lhe faz falta. Toda a gente já o sabia, mas ei, há quem leve tempo a lá chegar.

Sou fã do elenco de personagens secundários que a autora criou para a série. Fora aqueles claramente vilões, não me é possível detestar ninguém. São pessoas cheias de nuances. A Steph é a melhor "melhor amiga" que já vi em livros; normalmente o cliché é o melhor amigo ficar no escuro sem saber da vida do protagonista sobrenatural, e os secretismo afasta-os; aqui, a Violet não hesitou em contar à Steph quando viu que os dois mundos iam colidir, o que permitiu à Steph criar um lugar para si neste mundo, tornando-se um elemento inestimável para os Grigori. Estou tão orgulhosa dela.

Conseguimos compreender melhor o antagonismo da Josephine. Ela é muito determinada, e preocupada com o futuro dos Grigori, e isso faz com que procure o melhor para eles, o que na sua perspectiva chocou por vezes com a Violet. Mas acho que elas acabam por se respeitar e compreender. Senti falta do Spence e do Griffin, que são dois personagens fabulosos, mas o enredo precisava que se mantivessem afastados, e compreendo. Adorei conhecer os Rogues, que foram aliados e amigos muito bons para a Violet nos anos em que esteve afastada. Particularmente o Gray, que, coitado, se mete a jeito para levar uns olhares furiosos do Lincoln. Também apreciei conhecer outros personagens novos, como a Chloe, e rever personagens antigos.

Sobre o Phoenix, acabei a sentir pena e compaixão por ele. Às vezes vilão, às vezes aliado incerto, a sua história é demasiado complicada para explicar. Fez muita coisa errada, mas muitas vezes por boas razões, ainda que mal encaminhadas. Nunca teve realmente uma hipótese com a Violet, nem mesmo no primeiro livro em que ambos consideram uma ligação física, mas mantém a sua lealdade a ela, que é o que o leva a tornar-se num aliado. Acho que aquilo que ele sacrifica no fim vai ser bom para ele. Ter os pés em dois mundos nunca o ajudou.

Depois do livro anterior, ficou um vilão por enfrentar, cuja identidade conhecemos neste volume, assim como os seus objectivos. Faz uma adição muito interessante à mitologia do mundo, e melhor, não é o vilão mais óbvio. Gostei imenso de conhecer mais a extensão das capacidades da Violet e do que a liga ao mundo angélico, e é espantoso que ela tenha conseguido lidar tão bem com o mesmo. Quanto ao enredo, faz um bom balanço entre o expositivo, o exploratório e a acção, e é isso que importa. Adorei as partes iniciais, com o reencontro Violet-Lincoln, e como a sua evolução estava enredado no conflito principal, e adorei os capítulos finais, com o clímax, cheios de acção, e que me deixaram a roer as unhas de preocupação. Estava mesmo um apocalipse para acontecer, e o resultado final era incerto.

Acho que o que tenho a dizer no fim é que fiquei fã da série. Fiquei encantada com a escrita da autora, que é deliciosamente emocional, e adorei o modo como constrói as suas histórias e os seus personagens, e a mensagem que transmite. Acho que não há nada que possa apontar que me tenha desagradado realmente nos cinco livros, e é isso que faz com que vá contar a série como uma das minhas favoritas, e com que tencione continuar a seguir a autora avidamente.

Páginas: 496

Editora: Sourcebooks Fire

Bout of Books 10 Read-a-Thon - Wrap-up Post

Bout of Books

And this is the end of the Bout of Books 10 Read-a-Thon. I feel like I did really well this past week, and I'm happy with my reading this week. It was a fun read-a-thon, and I'm excited for the next one.

Let's take a look at my goals:
  • To read every day, and to read for at least an hour (maybe two hours) - I more than accomplished this; I probably read twice as longer as planned (2 hours) for most days.
  • To enter some challenges, if not all of them - I did well, too; I only missed a challenge of the 9 that were available
  • To update my progress every day, or most likely, every day I enter a challenge - I updated every day because I entered at least a challenge every day
  • To try to socialize - I was not so good at this one; I tried to participate a Twitter chat, but the thing itself is a bit overwhelming, so I only took a peek at it
  • To read 3 fiction books from my pile, and maybe one of the graphic novel or manga books in the pile - done and done; read 3 fiction books and a manga one

And let's do stats, because I love doing it:
  • I read 3 fiction books (Promised by Caragh M. O'Brien; Empower by Jessica Shirvington; Looking for Alaska by John Green) and a manga book (Neon Genesis Evangelion 3-in-1 Edition, Vol. 1 (#1-3) by Yoshiyuki Sadamoto);
  • I read 1568 pages, way better than the last few read-a-thons, and one of the best page counts overall in the read-a-thons I've entered - and it's almost twice as better as my average weekly page count this year (until the end of April - 796 pages);
  • This is an average of exactly 224 pages per day, which is also way better than most read-a-thons and twice my daily page count this year (116 pages);
  • The longest book was the Evangelion omnibus, for obvious reasons (an omnibus), and the shortest was Looking for Alaska by John Green;
  • I've been reading 3 books per week, in average, this year, and for this read-a-thon I've read 4 books, which is not significantly more - this means I read longer books for this read-a-thon, in average each book had 392 pages, which is double the average last BoB read-a-thon, but not so significantly higher than my average page count per book this year (258 pages).

And that's the wrap-up for this read-a-thon. Thank you to the hosts and everyone who hosted a challenge; thank you for the effort in organizing this.

Below are my posts for the read-a-thon, both the starting post as well as the daily update posts, which contain both my progress and my answers to the challenges.

domingo, 18 de maio de 2014

Bout of Books 10 Read-a-Thon - Sunday, May 18th

Pages read:
352 pages

Pages read so far:
1216 + 352 = 1568 pages

Books read:
66,7% (352/528 pages) of Neon Genesis Evangelion 3-in-1 Edition, Vol. 1 (#1-3) by Yoshiyuki Sadamoto

Books read so far:
Promised by Caragh M. O'Brien (finished reading)
Empower by Jessica Shirvington (finished reading)
Looking for Alaska by John Green (finished reading)
Neon Genesis Evangelion 3-in-1 Edition, Vol. 1 (#1-3) by Yoshiyuki Sadamoto (finished reading)

Read-a-thon status:
Last day! I could have read a bit more, but I need to write
a review, so I declare the end of this read-a-thon, for me.


Challenge: Retitle Your Current Read hosted by Emily @ Oh Magic Hour
For this, your final mini-challenge of the readathon, I thought it would be fun if we all tried to come up with a new title for our current read, or really anything we’ve read during this Bout of Books 10.0.  For me, a great title can really go a long way toward making me want to read a book and I thought it would be fun to play with that concept a little bit. Your new title can be something you ACTUALLY think would make a good title, or just something descriptive or something funny!  It’s totally up to you!
I'm totally renaming for fun all the books I've read for this read-a-thon, minus the Evangelion omnibus, since I would never be able to come up with an appropriate title for that one. I mean, I love Evangelion, and it has its humorous moments, but funny, it is not, exactly.
  • Promised: People that totally drive me nuts (really, Gaia behaves in a ridiculus manner sometimes... and the Protectorat is a poor, sad excuse for a leader)
  • Empower: The one where I fangirl the hell out of Violet and Lincoln (just because they are awesome)
  • Looking for Alaska: Pushing Daisies (because of the flowers' significance in the book, and because it's a TV series' title)

sábado, 17 de maio de 2014

Bout of Books 10 Read-a-Thon - Saturday, May 17th

Pages read:
90 + 176 = 266 pages

Pages read so far:
950 + 266 = 1216 pages

Books read:
37,5% (90/240 pages) of Looking for Alaska by John Green
33,3% (176/528 pages) of Neon Genesis Evangelion 3-in-1 Edition, Vol. 1 (#1-3) by Yoshiyuki Sadamoto

Books read so far:
Promised by Caragh M. O'Brien (finished reading)
Empower by Jessica Shirvington (finished reading)
Looking for Alaska by John Green (finished reading)
Neon Genesis Evangelion 3-in-1 Edition, Vol. 1 (#1-3) by Yoshiyuki Sadamoto (currently reading)

Read-a-thon status:
Looking for Alaska was surely an interesting book.
Now reading the first omnibus of the Evangelion manga...
I used to watch the anime and I really missed the story!


Challenge: Show an Author Some Love hosted by Katie @ Doing Dewey
Bout of Books is such a fantastic way to interact with and support other bloggers, I thought it would be nice to share that love with our favorite authors too. As described on the Bout of Books site, you can tweet about an author you love using the hashtag #showauthorlove. You can also share in the comments one thing you have done to show an author some love today, whether that’s writing a blog post about an suthor you love or following an author on social media.
I figured I should use the opportunity this challenge provides me to update my following of some favorite authors on social media, since I totally suck at that. So I ended up visiting the following authors' Facebook, Twitter and Tumblr pages, if they had one, and proceeded to follow them, if I hadn't already. I did check a few more authors, but haven't listed them since I already followed them in these three social platforms.

Here's a shout-out to:
  • A.C. Gaughn
  • Ally Condie
  • Cassandra Rose Clarke
  • Cynthia Hand
  • Darynda Jones
  • Diana Peterfreund
  • Elizabeth Wein
  • Gayle Forman
  • Guy Gavriel Kay
  • Jacqueline Carey
  • Jana Oliver
  • Jessica Shirvington
  • Kasie West
  • Lia Habel
  • Marie Rutkoski
  • Moira Young
  • Patricia Briggs
  • Rainbow Rowell
  • Robin Hobb
  • Robin LaFevers
  • Sarah J. Maas
  • Scott Lynch
  • Susan Ee
  • Tammara Webber
  • Veronica Rossi
  • Y.S. Lee