sexta-feira, 31 de maio de 2013

Este mês em leituras: Maio 2013

E... mês da Feira do Livro! Livros e livros a perder de vista, um jardim bonito, um espaço que nos põe a fazer exercício (subir e descer o Parque Eduardo VII vezes sem conta é obra), e um clima mais amigo dos visitantes... que mais posso pedir? De resto, um mês bastante activo no blogue, com muitas opiniões e alguns extras.

Opiniões no blogue


Os livros que marcaram o mês

  • Estrada Vermelha, Estrada de Sangue, Moira Young - uma heroína com um feitiozinho, um mundo pós-apocalíptico, uma história com uns toques de fantasia épica... que há para não gostar?
  • O Grande Gatsby, F. Scott Fitzgerald - este não é tanto pela positiva... é mais pelo factor "meh". Acho que estava à espera de ser uma coisa completamente irresistível, tendo em conta que é um livro bastante apreciado, mas não foi capaz de me encantar.
  • Kick-Ass, Mark Millar, John Romita Jr. - gostei bastante da história e da arte, e do conceito.
  • Dead Silence, Kimberly Derting - está a tornar-se hábito destacar um livro que marcou pela negativa o mês, não é? Desta vez foi este o culpado... algum autor que eu volte a apanhar a escrever um livro final duma série desta maneira e vai apanhar com a fúria de mil sóis.
  • Under the Never Sky, Veronica Rossi - coitado, quase que era contaminado com o horror da leitura anterior (Dead Silence). Mas revelou-se uma história muito boa, quase que me lembra uma certa autora que eu acho que não vou nomear para não levar as pessoas ao engano.

Outras coisas no blogue


Aquisições

Bem, há as aquisições da Feira do Livro de Lisboa, que estão discriminadas aqui e aqui, e que não vou voltar a repetir, pois já tiveram o seu espaço. Passemos às aquisições regulares.

Histórias de Amor Eterno, antologia
O Segredo, Charlotte Brontë
Contos Misteriosos e Fantásticos, Mary Shelley
O Feitiço, Charlotte Brontë
Sussurros de Verão, Edith Wharton
Comprados na famosa Feira do Livro da Gare do Oriente, a preços entre 3 e 4 euros, que belas pechinchas.

Silêncio, Susan Cain
O Tempo Entre Nós, Tamara Ireland Stone
Inverno de Sombras, L.C. Lavado
Comprados com descontos em cartão e etc., tive de pagar apenas uns 6 euros para além do que tinha em cartão.

Destinos Interrompidos, Lissa Price
Segunda Campa à Direita, Darynda Jones
O primeiro para a sessão de autógrafos que houve na Fnac Colombo, e o segundo para continuar a série.


Across a Star-Swept Sea, Diana Peterfreund
O meu primeiro ARC! Com data de lançamento na lombada e tudo, que coisa tão gira, faltam 5 meses (bem, 4 meses e meio) para sair oficialmente. Hei de tentar ler antes deste o primeiro livro, apesar de não terem relação cronológica, parece-me. Ganho num dos challenges do Bout of Books 7.0, o read-a-thon em que participei este mês. Um muito obrigada ao blog Medusa's Library.

Under the Never Sky, Veronica Rossi
Dead Silence, Kimberly Derting
The Kissing Booth, Beth Reekles
In the Shadow of Blackbirds, Cat Winters
Os livros em inglês do mês, o primeiro para uma leitura conjunta, o segundo para terminar a série, o terceiro e o quarto porque estava curiosa.


Comix nº 22, 23, 24, 25, 26
O Gato do Simon, Simon Tofield
O Gato do Simon Pula a Cerca, Simon Tofield
As BDs do mês. A Comix 26 não aparece porque ainda não estava cá em casa quando tirei a foto, e não estava com vontade de voltar a tirá-la.

A ler brevemente

Com alguma certeza, porque fazem parte de leituras conjuntas, lerei em Junho: Reached, de Ally Condie, Shades of Earth, de Beth Revis e Brave New World, de Aldous Huxley. Fora isso, prefiro não me comprometer muito. Possivelmente lerei as BDs que comprei na Feira do Livro, mas a do Sandman pede que releia os volumes 1 e 2 antes de ler este.

Outras possíveis leituras para o mês: The Pirate's Wish, de Cassandra Rose Clarke, e Siege and Storm, de Leigh Bardugo, ambos sequelas que espero ler ansiosamente. E talvez In the Shadow of Blackbirds, de Cat Winters, que me tinha deixado curiosa.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Feira do Livro de Lisboa 2013 (e Aquisições) Parte II

E, como tinha mencionado no meu texto anterior, lá fui à Hora H na Segunda-feira. Cheguei cerca de uma hora mais cedo, para poder ter a oportunidade de espreitar as barracas de algumas editoras que aderiam à Hora H antes de esta efectivamente começar. Subi o Parque Eduardo VII pelo lado direito e chegada à Leya recebi o primeiro "desgosto" da noite: não encontrei o livro Jonathan Strange e o Sr. Norrell nas prateleiras. Imagino que ao fim da noite já venderam todos os exemplares de alguns livros e não seja possível repo-los, mas saí dali bastante desapontada.

Vagueámos até ao outro lado da Feira, espreitando mais algumas bancas, e chegámos à zona da Porto Editora/Bertrand, onde apanhei o meu outro "desgosto": este ano mudaram o significado das cores dos autocolantes quanto ao desconto que atribuem aos livros na Hora H - o ano passado o amarelo era para 50% de desconto, e o laranja para 70%. Este ano é ao contrário (amarelo para 70%, laranja para 50%). Escusado será dizer que acabei por não trazer nada. Levava uma lista com livros que gostava de comprar, mas esta troca trocou-me as voltas, passe a redundância. Vou reconsiderar as prioridades na minha lista.

Bem, nem tudo é negativo, acho. Acabei por ir à banca da Europa-América para trazer alguns livros que me interessavam, a Hora H é a única altura em que posso comprar livros desta editora, tendo em conta os preços excessivos a que põem os livros. Trouxe A Flecha Negra, de Robert Louis Stevenson, e Agnes Grey, de Anne Brontë, ambos livros lidos há muito tempo, nos meus tempos de "infanto-juvenil", e livros que recordo com carinho. Os outros dois livros são Crónica de uma Serva, de Margaret Atwood e Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, para o desafio das distopias e pós-apocalípticos.


Ainda passámos pela Planeta, onde reparei que O Prisioneiro do Céu, de Carlos Ruiz Zafón, era Livro do Dia, com 40% de desconto. Aproveitei. Chegada a casa, abri o livro e fiquei algo chocada quando me apercebi que o livro tem uma letra e um espaçamento gigantes e está ao PVP que está (21,90€). A editora em questão tem livros a este preço com mais páginas, mais linhas e menos espaçamento, enfim, mais texto. É aproveitarem-se da fama do autor para porem o livro tão caro. Enfim... para contrabalançar aconteceu uma coisa gira com o livro. Estava assinado. Mas o autor tem um autógrafo tão estranho que cheguei a pensar que alguém tinha riscado o livro por engano e que o tinha de ir trocar. Valeu-me a internet para confirmar que aquilo era mesmo o autógrafo do autor. (Parece uma dúvida parva, mas acreditem, iam ficar com a mesma dúvida ao ver o "rabisco".) E agradeço à editora por estar a vender exemplares assinados na Feira, foi uma boa surpresa.

Mas que fique registado, eu sou teimosa. E chatinha. E voltei na noite seguinte, apenas para espreitar melhor algumas bancas, mas vi na Leya o Jonathan Strange e o Sr. Norrell e pude finalmente trazê-lo na Hora H. Fica a sensação que as "grandes editoras", tendo um espaço maior, são as que o aproveitam menos bem, tendo muitas lacunas de livros do seu catálogo no espaço da Feira. É uma ideia que trago das Feiras anteriores e até agora as ditas "grandes editoras" não fizeram nada para me fazer mudar de ideias.

Trouxe desta noite umas indicações para a minha irmã acerca da disponibilidade de uns livros que ela queria, e por ela lá voltei na Quarta-feira à hora do almoço, para lhe trazer os livros antes que desaparecessem. Não tencionava trazer nada comigo, mas andei a vaguear entre os alfarrabistas, e vi Nunca me deixes, de Kazuo Ishiguro, num deles. Impossível de resistir.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Picture Puzzle #51


O Picture Puzzle é um jogo de imagens, que funciona como um meme e é postado todas as semanas à quarta-feira. Aproveito para vos convidar a juntar à diversão, tanto a tentar adivinhar como a fazer um post com puzzles da vossa autoria. Deixem as vossas hipóteses nos comentários, e se quiserem experimentar mais alguns puzzles, consultem a rubrica nos seguintes blogues: [a actualizar].

Como funciona?
  • Escolher um livro;
  • Arranjar imagens que representem as palavras do título (geralmente uma imagem por palavra, ignorando partículas como ‘o/a’, ‘os/as’, ‘de’, ‘por’, ‘em’, etc.);
  • Fazer um post e convidar o pessoal a tentar adivinhar de que livro se trata;
  • Podem ser fornecidas pistas se estiver a ser muito difícil de acertar no título, mas usá-las ou não fica inteiramente ao critério do autor do puzzle;
  • Notem que as imagens não têm de representar as palavras do título no sentido literal.

Puzzle #1
Pista: título fantástico publicado em português.

Puzzle #2
Pista: título histórico publicado em português.

Divirtam-se!

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Feira do Livro de Lisboa 2013 (e Aquisições) Parte I

Ena, tantas!

Mais um ano que passou, e dou por mim outra vez a caminhar pelo Parque Eduardo VII, e a suspirar pela imensidão de livros à vista. Desta vez, numa época mais tardia, mas que pessoalmente me agrada mais - não há chuva à vista! A minha experiência com a Feira do Livro (é a minha 6ª Feira do Livro) tem sido quase sempre naquela altura de fim de Abril, início de Maio, que é horrenda - ora faz frio, ora calor, e de vez em quando chove, para estragar a Feira aos visitantes. Pelo que pessoal que já vem à Feira desde criança me diz, dantes costumava ser nesta altura, portanto espero que mantenham as datas para o ano.

Parece-me que em número haverá mais ou menos a mesma quantidade de barracas, mas nota-se a ausência de algumas editoras mais pequenas, ou a sua passagem para a tenda dos pequenos editores (a minha irmã notou logo o caso da Girassol, que está nessa tenda, e o ano passado tinha barraca própria). Este ano há uma tentativa de incluir espaços publicitários, suponho que como forma de ajudar a custear a Feira, e a tentativa de criar um espaço infantil, que reunisse editoras orientadas para este público - o que não deve ter corrido muito bem, já que vi mais dois ou três nichos destas editoras distribuídos por outros pontos da Feira.

Um dos ditos espaços publicitários

Fui logo no primeiro dia à Feira, para almoçar no cantinho em que almocei várias vezes o ano passado, e para ver onde estavam os espaços de algumas editoras, "marcar" alguns livros e tirar ideias sobre quais serão as compras desta Feira. Comprei apenas o Livro do Dia da Relógio d'Àgua, A Estrada de Cormac McCarthy, que estava a aproximadamente metade do PVP. A crítica que tenho a fazer é que sendo o primeiro dia algumas editoras ainda não estavam muito bem organizadas (nalgumas faltavam preços nos livros, noutras nem tinham acabado - ou sequer começado - a arrumar os livros).

Voltei no segundo dia, para ver melhor alguns livros e editoras que não tinha tido oportunidade de ver no primeiro dia. Consegui trazer os mangas Dramacon 2 e 3, e A Princesa Pêssego 2 e 3 na promoção "leve 4, pague 3" da Leya, que estavam a um preço absurdo, de tão baixo, e ainda ficou mais baixo com a promoção. Ainda tenho que lá voltar para conseguir completar mais colecções neste formato. Passei pela Devir e trouxe o livro do Hellboy a metade do preço, graças a "imperfeições", e o Sandman - Parte III, que era o que me faltava da série em português.

As aquisições até agora

Ainda andei a espreitar a Livros do Brasil, por causa da colecção Argonauta. Hei de trazer alguns livros de lá, para completar uma ou outra saga (os livros estão a 1 e 2€). Mas estou a ver que estou tramada com uma determinada saga, porque a editora só tem os livros a partir do número 275, e dessa saga faltam-me os primeiros livros - livros esses que estão a menos de 15 números antes do número 275 (tal é a minha sorte). Ainda perguntei num alfarrabista que parecia ter muita coisa da colecção qual era o preço a que tinha os livros, mas afastei-me logo antes que tivesse um AVC ao saber do preço (eram 5€, credo). Vou ficar pendurada com estes livros, está visto. Nunca mais me ponho a tentar comprar e ler uma saga através desta colecção, só porque os livros estão baratos, porque não sei se vale a pena o stress e a paciência necessários para tentar andar a caçar os livros que faltam.

No Sábado já lá estava outra vez, mas desta vez para encontrar algumas bloggers, passar pela Presença e pedir um autógrafo à autora Liliana Lavado, e espreitar o piquenique literário organizado pelo blogue Efeito dos Livros (participei no "blind book" e calhou-me Só o Amor é Real, de Brian Weiss, que me parece ser de auto-ajuda e não é propriamente a minha onda, mas valeu pela iniciativa, que era engraçada). Foi uma tarde muito bem passada e divertida, e gostei de poder conhecer novos bloggers, e juntar caras aos nomes (ou nicknames) que já conhecia. Acho que algumas de nós não tencionavam comprar nada, mas depois alguém lembrou-se de sugerir "ah e tal, vamos à banca da Saída de Emergência ver os livros a 5€?" e de repente demos por nós a sair dali com mais um livro (ou mais) no saco. Trouxe Crónicas da Espada - O Encontro, de Fritz Leiber.

No piquenique: Chaise Longue, D'Magia, Bookeater/Booklover,
Algodão Doce para o Cérebro, e As Histórias de Elphaba.

Hoje tenciono ir (finalmente) à Hora H. Acabaram de revelar as editoras que participam, à hora que escrevo esta frase (são 13h). E esta é a grande crítica que tenho a fazer à organização. É ridículo revelarem estas coisas tão em cima da hora. Lá porque estamos em Portugal não quer dizer que se tenha de fazer tudo à última da hora e em cima do joelho. O site só foi lançado uns 3 dias antes, e os Livros do Dia só apareceram praticamente no dia anterior à Feira começar.

Bem sei que estão dependentes das editoras decidirem e entregarem estas informações à organização, mas então para que serve o site todo catita se não aparecem lá as informações necessárias? Acho que a maior parte das editoras não se apercebeu que é muito útil e inteligente divulgar os livros do dia previamente e através do site, porque podem levar mais leitores a vir nesse dia à sua banca. (E falo por mim, que isso acontece e vai continuar a acontecer.) E já agora, o site da Feira bem que podia deixar pesquisar os Livros do Dia por editora, e não só por dia, porque aquilo assim como está é uma confusão.

As aquisições não literárias

Sem ser livros, ainda consegui trazer para casa nestes dias muitos marcadores, o mapa da Feira, o folheto da Porto Editora/Bertrand dos livros do dia e sessões de autógrafos, os catálogos da Presença e da Marcador (adoro catálogos de livros), um daqueles saquinhos para ir ao forno da Maggi que andavam a distribuir, e um mapa de Acácia, a saga de David Anthony Durham publicada pela Saída de Emergência. Parece-me que o mapa vinha no pack que fizeram com os dois primeiros livros, por isso fiquei contente por poder ter o mapa, já que na altura em que o pack saiu eu já tinha os livros. E um agradecimento especial à Liliana Lavado, uma autora tão simpática e que quando fomos pedir-lhe um autógrafo esteve a distribuir sacos como o da fotografia, e canetas tão giras.

domingo, 26 de maio de 2013

Dead Silence, Kimberly Derting

This book was read for the 2013 Don't Let It End Reading Challenge hosted by Fiktshun.


My thoughts: As far as I know, this is the last book in this series. Yet, there was no real resolution, no closure. Many ends are left loose, and the author even suggests a few more that are also left unsolved. If I didn't know that there are not any more books announced in the series, and that Kimberly Derting has a new and different series coming next year, I would have thought this was just another book in the series, not the last one. So... yeah, I'm not happy about that.

Also, that prologue? I hated it. I dislike when authors deliberately spoil the reader as to what's to come in order to keep the reader interested. Because with me, that goes in the opposite direction. The damn prologue made me think someone was going to die, and I spent the whole book trying to ignore that character so that the end wouldn't be a shock, and then that scene from the prologue happens, and I'm emotionally dumb about it. And the character was kinda of a favorite, and awesome things happen in this book to that character, but I couldn't care less. So, thanks for that as well, Kimberly.

In this installment, Violet is trying to deal with what happened in the end of The Last Echo, with getting back to her life, to the normal small things. She is reluctant to be a member of the team of kids with powers, but she has no choice. And then Gemma and Rafe are transfered to White River High, which complicates matters a bit. And then Violet stumbles upon a few dead bodies, and the hunt for yet another serial killer begins.

Ah, Violet... I really like her, she has an interesting gift, and she is fearless and protective of the people she loves, but sometimes, she could a little smarter. I know that Violet really doesn't want to be in the team, but one would have expected her to learn her lesson of not stumbling into unknown places following an echo. Yet, she does precisely that with the first bodies she finds. And then she keeps a couple of things hidden from Sara, the team leader, and she even gets annoyed when Jay and Rafe tag along on a potentially dangerous sleuthing trip. She can't do everything on her own, because she will put herself and others in danger. Only in the end of this book Violet learns that particular lesson, and only after everything goes wrong.

I was looking forward to spending more time with the team, so it was disappointing to barely see Krystal, Sam, or Gemma, and to not get to know them more. And it was disappointing to not see Violet actually evolve something as a character and become a team member. (And trust them somewhat and ask for their help.)

Meanwhile, Violet finds out some old diaries of her grandmother, and learns more about her and her grandmother's ability, and what happened in the past that may be linked to her team. But that plot thread is left very open, and we don't even get to learn more about who's behind financing the team. Both things are deliberately left unsolved, which doesn't make sense in the last book of a series.

I adore to watch Violet and Jay together. They are terribly cute together, they are mature, and they take care of each other. But I'm starting to think that Kimberly Derting sucks at creating conflict for them. In this book, and this has happened before, Jay and Violet have a fight, a fight about something really stupid that has me pulling my hair. However, they soon make up, because the reason they fought was really that stupid. If only they talked about things before acting like drama queens... The whole thing is a bit out of character, because as I've stated before, Jay and Violet are quite mature, so when they argue about these silly things, it feels forced.

And then there's the other reason Kimberly sucks at creating conflict for Violet and Jay: the pseudo-love triangle. It's very clear from the beginning that Violet and Jay are meant for each other, and Rafe doesn't change that in any way, despite the mixed signals Kimberly writes in the story. (And BTW, I liked the mixed signals in the last book. It made Violet think about Jay and her, and it made her think about what she wanted. Many people have temptation dangled in front of their noses when they're in a relationship with a significant other. It's how they deal with it that shows us the stuff they are made of. This time around, the mixed signals were a repetition, and brought nothing new to the story.)

Besides, Rafe is too good of a character to waste in being the Jacob of a love triangle. Seriously? This guy is broody, misterious, intense, and walks the fine line between good and bad. He is prime "main character in a paranormal series" material. And here he is, totally wasted being the third wheel of a love triangle. I'll never understand that. *facepalm*

I disliked the suggestion of him and Chelsea. First, because I thought he might be using her to try to make Violet jealous. And then because THIS IS THE LAST BOOK IN THE SERIES and it comes off too little, too late. We never see it being decently developed and and it felt like settling. Ugh, I don't want that for Chelsea.

It sounds like I hated, isn't it? Well, I liked it, truly, but I was too busy noticing these little things that irked me out to properly enjoy the story. I still love what the author does with the serial killers, and the chapters she does in their POV, because they feel realistic. I adore Violet's family, because they actually care. I enjoy Violet's gift and the descriptions of what she can do. There are many details of this world I like, and that I enjoy reading about.

BUT. This was a complete mess of a book. There was no evolution of the characters, and of the characters' lives. I might have tolerated that in a middle book of a series, but not in a last book of a series. Many things felt forced. And many other things never have a proper ending or a decent resolution - they are just left hanging. That epilogue was a complete joke. It felt like it was setting the tone for the next book in the series. If felt like it was promising a next book in the series. It didn't feel like the last moment I'd get to spend with Violet. It did not feel like the end. I feel cheated. Not mad, but definitely cheated. And disappointed. This could have been such a better book.

Pages: 400

Publisher: Headline

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Curtas: O Mundo é Fácil, O Gato do Simon, Kick-Ass

O Mundo é Fácil, Gonçalo Cadilhe
Um bom livro recheado de dicas para quem quer começar a viajar, e que cobre todos os aspectos da viagem. O grafismo é muito bom, dando ao livro aquele ar de caderno de viagem, e recheado de imagens de bilhetes, postais, recibos, passaportes, e outras coisas recolhidas pelo autor ao longo das suas viagens. Dá mesmo vontade de partir por esse mundo fora. As únicas coisas que me fizeram confusão são as múltiplas referências a "ah, vais partir de mochila por esse mundo fora ..." e à quantidade de tempo que as pessoas vão de viagem. Não sei, acho que assume apenas um modo de viajar e restringe a sua audiência alvo, quando as dicas se poderiam aplicar a casos muito variados.

Páginas: 204

Editora: Oficina do Livro

O Gato do Simon, Simon Tofield
Amei estes livros, são perfeitos para amantes de gatos, ou para quem quer que tenha tido alguma vez um gato. Porque vão reconhecer o vosso bichinho aqui. O gato do Simon camufla-se para apanhar passarinhos ou coelhos. Faz da estátua do gnomo do jardim o melhor amigo. Exige que o dono o alimente. Passeia pela casa deitando abaixo uma série de coisas. E no segundo volume, há uma certa cronologia, pois o gato do Simon "pula a cerca", viaja pelas redondezas e vai parar a uma quinta, onde se cruza com muitos animais que não conhecia, e os gags sucedem-se. O traço é grosseiro e imperfeito, mas adequa-se perfeitamente ao estilo cartoon do livro. O autor consegue comunicar fabulosamente sem palavras, ao desenhar estes momentos na vida de um gato.

Título original: Simon's Cat (2009) / Simon's Cat: Beyond the Fence (2010)

Páginas: 240 / 240

Editora: Objectiva

Kick-Ass, Mark Millar, John Romita Jr.
Uau, este livro é... qualquer coisa. Até me sinto relutante em explicar porque é que gostei, porque só lendo mesmo para perceber que tipo de livro temos nas mãos. Mas basicamente responde a uma pergunta que terá passado certamente pela cabeça de muitos fãs de comics, com vários graus de seriedade: "Como seria se arranjasse um fato e saísse por aí a combater o crime?" A resposta não é bonita. O personagem principal, Dave Lizewski, leva porrada a torto e a direito, parte ossos, sangra por todos os lados, e tudo o que se preocupa é em ter seguidores no MySpace. (Quando é que isto foi escrito, mesmo?)

A premissa é muito interessante, e a execução, apesar de me deixar exasperada com o personagem principal, é maioritariamente bem sucedida, e levada ao extremo quando descobrimos o segredo do personagem Big Daddy. E pontos bónus por ter a miúda de 10 anos mais assustadora que eu já vi em toda a minha vida. Sou fã do desenho e da cor, têm um toque moderno, com muito sangue à mistura, como parece ser a assinatura do argumentista, e a paleta de cores agradou-me imenso. Mas... a sério, só lendo para perceber. Parece que o filme é um pouco diferente, mas fiquei interessada em vê-lo.

Páginas: 216

Editora: Titan Books

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Revista Bang! 14

Desta vez com um interregno de quase 10 meses (deveria ter saído um número da revista no fim de 2012, mas existiram, segundo a editora da revista, constrangimentos que impediram o seu lançamento), a Bang! volta às bancas, e é muito bem vinda. Já estava com saudades, é uma revista que gosto de acompanhar. Prima pela variedade e pela qualidade, e termino sempre um número deliciada com o conteúdo.

Desta vez, a capa é um pouco mais ominosa e escura que a anterior, mas gostei. Tinha visto a ilustração original e não tinha ficado convencida, mas a incorporação com o conteúdo final ficou muito boa, particularmente no caso da chama, sobreposta à ilustração do canto superior esquerdo. O grafismo da revista, já tenho dito outras vezes, agrada-me, e neste caso não é excepção. (A única crítica negativa que tenho a fazer é no design do conto O Cemitério do Diabo - os rasgões ou quebras em fundo branco estão pixelizados, e o enquadramento do texto com algumas fotografias está muito "apertado".)

A revista começa com o editorial, que reflecte sobre os tempos negros que passamos e continua com um artigo a apresentar os responsáveis pela criação da capa. De seguida, o editor da Saída de Emergência apresenta alguns dos títulos previstos para o período de Abril a Julho - os lançamentos são mais escassos que há uns tempos, e o editor reconhece isso. Gostava de ter visto uma menção ao último título da saga de Kushiel, da Jacqueline Carey, mas por outro lado já pude ver a capa de Ponte de Sonhos, da Anne Bishop, o 3º livro da saga Efémera. Fiquei curiosa com a menção a uma plataforma online chamada Bang!, que estará prestes a ser lançada.

Fantasia e Realidade: A Fatrasia, por David Soares
Uma artigo como os que David Soares já nos tem habituado noutras revistas, a dar a conhecer um curiosidade obscura relacionada com o fantástico. Interessante, apesar de não ser a maior fã da forma como o autor escreve.

Metais Pesados: Por Toda a Parte, por Fernando Ribeiro
Estou ciente da relação entre o género musical heavy metal e o género literário fantástico, mas como não é um tipo de música que oiça, este tipo de artigos não me diz grande coisa, ainda mais quando está muito marginalmente relacionado com o fantástico. Mas achei curiosas as observações do autor sobre como o heavy metal está cada vez mais espalhado pelo mundo.

Enciclopédia da Estória Universal, por Afonso Cruz
É engraçado, os artigos anteriores do autor subordinados a este tema não me tinham chamado a atenção, mas gostei imenso dos dois textos incluídos desta vez nesta secção. Finalmente fizeram-me ter curiosidade em espreitar o livro com o mesmo título.

Espelho meu, espelho meu..., por Inês Botelho
Artigo fabuloso sobre o conto da Branca de Neve, as variações existentes da história, o simbolismo presente nelas, e as várias adaptações que têm havido do conto e como incorporam esse simbolismo. Adoro ler textos que interpretam e abordam o simbolismo dos contos tradicionais, por isso não me importava de ler mais textos desta natureza em futuras Bang!s.

As Mulheres de Negro, por António Monteiro
No seguimento do artigo do autor na Bang! anterior, apresenta-nos mais um autor de histórias sobrenaturais - Susan Hill, autora de A Mulher de Negro. O artigo fala da história do livro, das várias adaptações da mesma - uma peça de teatro, um filme para TV em 1989, e um filme recente, de 2012 - e compara-as com o livro original. Gostei.

As Cidades na Ficção Científica - Episódio #1: Uma Breve História Geral, por João Rosmaninho
Déjà vu, porque na Bang! 9 havia um artigo sobre FC e arquitectura, que na altura não conseguiu suscitar-me grande interesse. Gostei mais deste artigo, achei-o mais completo e faz um bom trabalho introdutório (é o primeiro duma série de artigos, ao que percebi).

O Senhor do Vento, de Gabriel Réquiem
Uau, que conto arrepiante. A atmosfera é bem assustadora, e conseguiu cativar-me e prender-me a atenção. Espero que a referência final relacionada com o personagem Zezinho não passe ao lado do leitor... o conto funcionaria sem o enquadramento da história do Zezinho, no entanto tem alguma piada ver a "transfiguração" das criaturas do conto.

Evocando Sérgio Toppi, por João Lameiras
Artigo sobre um artista italiano recentemente falecido, gostei de conhecer e fiquei intrigada com a sua arte.

O Cemitério do Diabo, de Pedro Ferreira
Pessoalmente preferia que os contos estivessem um pouco mais espaçados. Acabei por fazer uma comparação entre este e o anterior. Tem atmosfera, e gosto do cenário, mas não conseguiu arrepiar-me. Podia ser mais curto... há coisas que acontecem que não avançam propriamente a narrativa. E a escrita é, bem, algo barroca a mais para o meu gosto.

A Invasão dos Ladrões de Corpos, por João Monteiro
Aplica-se aqui um pouco o comentário que fiz a Metais Pesados: Por Toda a Parte - não é tema que me interesse ou que me diga muito, apesar de ser engraçado ler sobre estas bandas conceptuais e as ideias na base da sua génese.

A Fantasia e a Ficção Científica na Era da Interactividade, por João Campos
Gostei deste artigo sobre o modo como cada vez mais os criadores de videojogos se esmeram em desenvolver uma história bem contada, particularmente jogos subordinados a estes géneros. Reconheço que é uma boa tendência, apesar de não ser das pessoas que mais joga videojogos.

O Vampiro, de Jan Neruda
Apesar do título, parecia ser um conto que vai numa direcção, apenas para nos trocar as voltas no fim. Gostei da reviravolta final, pois dá outro valor ao conto, que até aí parecia não ter rumo.

As Crónicas de Dragonlance, por Safaa Dib
Um bom artigo a apresentar o mundo de Dragonlance e também a contar a experiência pessoal da autora com os livros. É uma saga da qual ando a ouvir falar há uns dez anos, e que por isso suscita-me alguma curiosidade.

Artigo 56º (Lei 107/2001), de Ágata Ramos Simões
Um conto divertido, especialmente no uso do Artigo citado, e com uma frase final muito gira sobre o que significa escrever (para a autora, assumo).

Távola Redonda - Três argumentistas partilham as suas experiências, por Safaa Dib
Gostei, especialmente por apresentar um lado do qual pouco se fala em Portugal, no mundo do F/FC e fora dele - a criação de argumentos para serem representados.

Arquivo Morto, de Gilmar Fraga e Paulo Stenzel
Nas outras Bang!s tenho gostado desta rubrica, e aqui não foi excepção. Gosto de como consegue contar uma história arrepiante em poucas páginas, do desenho cru, e do fim (quase) inesperado. E por alguma razão achei piada à onomatopeia BANG! na última página.

A revista termina com algumas críticas e recomendações, e a apresentação dos "Prémios Adamastor do Fantástico", organizados pela equipa Trëma. Sinto falta do segmento na última página que apresentava as novidades editoriais próximas de fantástico e ficção científica, mas percebo porque é que não se continuou a fazê-lo. Infelizmente em Portugal é muito raro as editoras divulgarem antecipadamente os lançamentos previstos para os meses seguintes, por isso o dito segmento não conseguiria trazer muitas novidades.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Picture Puzzle #50


O Picture Puzzle é um jogo de imagens, que funciona como um meme e é postado todas as semanas à quarta-feira. Aproveito para vos convidar a juntar à diversão, tanto a tentar adivinhar como a fazer um post com puzzles da vossa autoria. Deixem as vossas hipóteses nos comentários, e se quiserem experimentar mais alguns puzzles, consultem a rubrica nos seguintes blogues: [a actualizar].

Como funciona?
  • Escolher um livro;
  • Arranjar imagens que representem as palavras do título (geralmente uma imagem por palavra, ignorando partículas como ‘o/a’, ‘os/as’, ‘de’, ‘por’, ‘em’, etc.);
  • Fazer um post e convidar o pessoal a tentar adivinhar de que livro se trata;
  • Podem ser fornecidas pistas se estiver a ser muito difícil de acertar no título, mas usá-las ou não fica inteiramente ao critério do autor do puzzle;
  • Notem que as imagens não têm de representar as palavras do título no sentido literal.

Puzzle #1
Pista: título fantástico publicado em português.

Puzzle #2
Pista: título histórico e contemporâneo publicado em português.

Divirtam-se!

terça-feira, 21 de maio de 2013

O Tempo Entre Nós, Tamara Ireland Stone


Opinião: Um livro doce e romântico, Tamara Ireland Stone cria aqui uma história bem gira sobre um casal fora de tempo. Anna tem 16 e vive em 1995, em Evanston, Illinois, e Bennett tem 17 anos, vivendo em São Francisco, California. Um acaso faz com que se conheçam, pois Bennett consegue viajar no tempo e no espaço. Mas pode haver um final feliz para um casal que não vive no mesmo momento?

Gostei do ritmo da narrativa, mais calmo, pois permitiu-me apreciar a relação que se desenvolvia aos poucos entre a Anna e o Bennett. O aspecto das viagens no tempo, a capacidade do Bennett, é importante para a história, determinando certos acontecimentos, mas não a domina, fazendo da história um misto entre romance contemporâneo (vou considerar contemporâneo, apesar de se passar em 1995, porque tem ecos das histórias contemporâneas YA que já li este ano) e ficção científica.

A Anna é uma boa personagem. Sabe o que quer da vida, tem sonhos, que espera realizar no futuro. É uma miúda bem comportada, tem uma boa relação com os pais, e praticamente nunca se assusta ou se passa com a capacidade do Bennett, pensando no que ele lhe revela e percebendo a sua capacidade, já que a viu ao vivo. Houve um momento em que preferia que a Anna não tivesse pedido ao Bennett para usar a sua capacidade, ou que pelo menos se tivesse apercebido melhor da enormidade do que estava a pedir, porque mais tarde na história fica zangada com um par de coisas que ele faz e espera que ele perceba automaticamente que estava errado.

O Bennett mantém-se um pouco mais envolto em mistério como personagem, porque a história é vista do ponto de vista da Anna, mas podemos vislumbrar algumas coisas, e achei-o muito cativante. A relação com os pais parece ser difícil. Adora a irmã e a avó, e gostei muito da relação que tinha com elas. Gosto de o ver com a Anna, porque se complementam, e porque a sua história é feita de altos e baixos, momentos doces e zangas, como qualquer adolescente.

Achei interessante o aspecto das viagens no tempo e as suas restrições. Como disse, não domina a narrativa, mas a autora revelou o suficiente para eu ficar satisfeita. E creio que "as regras" fizeram sentido. O facto de o Bennett não poder viajar para trás do seu tempo de vida, o modo como volta atrás no mesmo local e "elimina" o seu eu anterior, o modo como se lembra das duas timelines, a antiga e a modificada. (E como estes factos se aplicam a outros personagens.) Gosto de histórias com viagens no tempo, mas às vezes a logística é tão complicada, especialmente quando metemos várias timelines ao barulho, e modificações dos acontecimentos e coisas do género. Por isso foi muito bom ver as coisas fazer sentido. Estava quase à espera que grandes alterações dos acontecimentos produzissem grandes cataclismos, mas acho que prefiro assim - a Anna apercebe-se à mesma das consequências das mudanças, e faz sentido, aquela consequência em particular. Fiquei com a sensação que a maior parte das mudanças gera um esforço da timeline para manter as coisas o mais iguais e estáveis possível (se é que isto faz sentido), mas também a maior parte das mudanças era muito pequena.

A reviravolta final, bem, não era nada que não estivesse à espera, mas foi curioso vê-la desenrolar-se e ver a Anna seguir um dos seus sonhos e não ficar presa à memória do Bennett. Acabou por resolver as coisas melhor do que ela esperava. Depois disto, e sabendo que temos um segundo livro, espero ver as complicações da decisão da Anna e do Bennett, e espero vê-los revelar coisas a quem deviam revelar, visitar e conhecer quem deviam conhecer, e aperceberem-se do que implica ficarem juntos.

Uma nota à tradução, que cometeu um dos meus pet peeves da tradução - traduzir "grilled cheese" por "queijo gratinado". (Ao menos o tradutor foi original e não traduziu por "queijo grelhado".) Mas custa muito fazerem uma pesquisazinha e repararem que estamos a falar de "tostas de queijo"? Cada vez mais noto que as traduções em Portugal são feitas dum modo mecânico, sem prestar atenção ao conteúdo e à lógica interna da história, e isso não pode ser, porque depois saem asneiras destas. Começo a achar que era capaz de fazer melhor trabalho que muitos supostos profissionais da tradução.

E outra nota para a edição, que está tão esquisita. Há partes em que parece que há um tamanho de letra, e partes em que parece que há outro. E partes onde há um espaçamento X e depois mais à frente há um espaçamento mais apertado. Até me dei ao trabalho de contar linhas em páginas diferentes da história, e não há consistência nenhuma no número de linhas por página. Não é uma coisa que incomode muito, mas é bizarra o suficiente para ter notado. E com tantas trocas e baldrocas, se o manuscrito estivesse homogéneo, talvez não fosse preciso haver texto na última página, que podia ter ficado em branco.

Título original: Time Between Us (2012)

Páginas: 320

Editora: Asa

Tradução: Ana Beatriz Manso

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Bout of Books 7.0 Read-a-Thon - Wrap-up Post

Bout of Books

And I can't almost believe I'm wrapping up another read-a-thon. I started doing them through a blogger friend and now I love to do them! The signing up, the figuring out what books I'd like to read, getting to read those books, updating my progress, entering the challenges, getting to know some new blogs and what they did for the challenges... it's so much fun to get a week dedicated to reading.

I like to set reachable goals, and so, I believe I've accomplished my goals for this read-a-thon:
  • I read everyday, and I *think* I did so for at least a couple of hours
  • I entered almost all of the challenges
  • I updated everyday, even on the day I didn't enter that day's challenges
  • I socialized - I visited some blogs and commented on them, and I entered the first Twitter chat - what an overwhelming endeavour, lol, but I'd like to check out another Twitter chat in the next read-a-thon
  • I read 3 fiction books from my first pile, and 3 comic books from my second pile

And statistically:

I did good this read-a-thon, and I had fun, so count me in for the next one. Thank you to the hosts and everyone who hosted a challenge.

Below are my posts for the read-a-thon, both the starting post as well as the daily update posts, which contain my progress and my answers to the challenges.

domingo, 19 de maio de 2013

Uma imagem vale mil palavras: O Grande Gatsby (2013)

Primeiro que tudo, e mais importante: vi o trailer de Catching Fire! Weeeeee! Muito bom vê-lo num ecrã gigante. Ainda que a melhor parte seja a Effie com a sua fala "chins up, smiles on"... gostava que não se esquivassem a mostrar-nos algo da arena ou dos tributos. Os outros trailers mostrados foram do filme Now You See Me, e do Man of Steel - que finalmente é mesmo o trailer, e não o parvo do teaser, que eu já devo ter visto umas 10 vezes no cinema, e que me fez enjoar do filme ainda antes de lhe ter posto a vista em cima.


Adiante. Sendo o realizador que é, não pude deixar de fazer comparações entre esta história e o Moulin Rouge - ainda antes de ter lido o livro me apercebi que há um paralelismo entre os ambientes e os temas de ambos. E nessa linha de pensamento, admito que os primeiros minutos do filme foram altamente reminiscentes do Moulin Rouge, com o enquadramento de ambas as histórias com um escritor destruído com o que viveu, e que nos conta a sua história. Neste filme há até aquilo que me pareceu uma referência meta, porque o "diagnóstico" na ficha do Nick parece mais algo correspondente ao estado do próprio autor ("alcoolismo crónico, ..."), o F. Scott Fitzgerald. A comparação não é de todo descabida, tendo em conta que acredito que o Nick é uma representação do autor na história, mas há uma diferença: o Nick conseguiu libertar-se e sair daquele mundo.

Como adaptação de um livro, gostei. Pega bastante no texto original para os diálogos, parece-me, e em certos monólogos ou narrações do Nick - o que é de louvar, porque a prosa é a melhor parte do livro. Apenas não apreciei que tivessem mudado o conselho que o pai do Nick lhe dá, relatado no início da história, que no filme é apenas "tenta ver sempre o melhor das pessoas" em vez de "quando quiseres criticar alguém, lembra-te que nem todos tiveram as vantagens que tiveste" - que é um conselho mais adequado, e guia mais a atitude do Nick na história. Acho que conseguiram transmitir certas nuances que são apenas sugeridas ao de leve no livro, mas que vão de encontro ao que deduzi ao ler a história.


Os cenários são, já era de esperar, visualmente deslumbrantes, mostrando verdadeiramente uns "loucos anos 20". Adorei as cenas das festas, mas também as cores das roupas, dos vestidos, ou da comida. Gosto da teatralidade posta em certas cenas, especialmente no início, quando o Tom, a Daisy ou a Jordan nos são apresentados, porque transmite uma verdade inerente a estes personagens - os ricos vivem das aparências e do que mostram ser, mas não são. A música é uma escolha controversa, mas agradou-me, e faz sentido. Não é possível retratar fielmente o verdadeiro jazz dos anos 20, mas sabemos que era um tipo de música underground, mais apreciada entre as camadas jovens da sociedade, e uma música de origem afro-americana, por isso qual é o equivalente moderno? Isso mesmo, rap e hip hop. A banda sonora não está sobrecarregada com este estilo, combinando-o com outros tipos de música e artistas.

Gostei bastante do Leonardo DiCaprio como Gatsby, transmite a dose certa de mistério ao início, combinando-o com a crescente esperança de recuperar a Daisy que conheceu. E não o imaginava cómico, mas a cena em que se reencontra com a Daisy é tão divertida. Gostei da actriz que fazia de Jordan, tinha a fisicalidade e a atitude da desportista destemida que esperava. E gostei do Joel Edgerton como Tom, transmitiu na perfeição as nuances do personagem, a atitude odiosa, mas também um homem que luta pelo que quer, fez-me encontrar algo de admirar no Tom, quando é basicamente um bully.


É claro que esta nova percepção do Tom não veio sem eu perceber mais uma coisa que me aborrece imenso no livro. Os homens da história sabem o que querem, e lutam por isso. Tanto o Tom, como o Gatsby, fazem por ganhar a sua dama no final, e fazem argumentos cativantes. Mas a Daisy, a principal personagem feminina, em comparação, é tão fraca. Não sabe o que quer, não luta por nada, apenas se deixa levar ao sabor do vento. É praticamente o estereótipo da Manic Pixie Dream Girl. Compreendo que o Fitzgerald estivesse a sonhar com uma dama irreal e inatingível, mas isso é apenas uma má desculpa para a péssima caracterização de uma personagem feminina.

É por isso que detesto a Daisy. Mas acho que a Carey Mulligan fez um bom trabalho com a personagem, apesar disso. O Tobey Maguire... deixa-me dividida. Por um lado fica apagado no meio daquelas personalidades todas, mas essa é uma característica do Nick, um narrador presente nos acontecimentos mas muito à parte deles também. Mas as melhores cenas dele são as em que está sozinho, ou com o médico, em reminiscências sobre o passado. A Isla Fisher como Myrtle surpreendeu-me. A actriz tem aquele ar fofinho, mas aqui transforma-se.


A cena final entre os personagens principais (Nick, Jordan, Tom, Daisy e Gatsby) é fabulosa, funcionando muito bem sem precisar de artifícios; a tensão está toda lá. (Se bem que a "explosão" do Gatsby se dá por uma razão diferente, e por isso soou-me mal no meio da cena.) A parte final é amarga, muito amarga (como devia ser), mas faltou-me o funeral, para fixar (perdoem-me a piada) o prego final do caixão na história do Gatsby. A aparição do pai, mais a aparição de apenas um dos personagens que povoavam a casa do Gatsby é tragicamente patética. E o fim, bem, é fiel ao livro, com o monólogo do Nick a fechar a história com um tom agridoce e simbólico, e uma das minhas partes favoritas das história.