sábado, 18 de maio de 2013

Segunda Campa à Esquerda, Darynda Jones


Opinião: Estou a gostar desta série. Combina o elemento paranormal da fantasia urbana com o elemento de mistério do policial, e inclui uma pitada de comédia. A história em si é completa e satisfatória, e lê-se num instante. Gosto da maneira como a autora cria o enredo e de como escreve a personagem principal, Charley.

O mistério principal desta vez foca-se no desaparecimento de Mimi, uma amiga da Cookie, a amiga e secretária da Charley, e rapidamente a Charley se vê no meio de mais jogadores que pode contar. Pelo meio, a Charley resolve a história dum fantasma vagabundo. E tem ainda entre mãos a missão de encontrar Reyes, que está decidido a morrer para protegê-la. Acho que gosto deste estilo de história, com a autora a combinar as várias linhas de enredo sem eu saber quais é que pertencem a qual.

Adoro o elenco de personagens secundários. A Cookie é adorável e um bom contrabalanço à doida da Charley, e incansável no seu trabalho. O Garrett (desta vez apareceu tão pouco, com muita pena minha) tem umas trocas verbais muito divertidas com a Charley, e gosto que esteja a ficar convencido do que ela é capaz de fazer. O tio da Charley, ou alguns fantasmas com quem a Charley se cruza, são outros personagens que me agradam.

Há uma pequena evolução no que toca à família da Charley, mas não sei se estou convencida. O que o pai da Charley fez foi bastante chocante (e bolas, a Darynda é mesmo boa a dar-nos um murro emocional a 20 páginas do fim), mesmo que com boa intenção e sabendo do que ela é capaz. E ainda estou zangada com ele por causa do que descobri no livro anterior. Mas se isto marcar uma viragem na relação da Charley com a família já é bom sinal, suponho. A única coisa que me aborrece é ter os homens na vida da Charley armados em protectores, não lhe contando coisas, quando sabem perfeitamente que ela é capaz de se defender e sobreviver a tudo e mais alguma coisa.

O que me leva ao Reyes. Acho-o intrigante, especialmente à medida que conheço o personagem e o seu potencial, mas estou de pé atrás com ele também, porque é tão intenso. Sei que vai trazer dar rios de sarilhos à Charley só por andar por perto. E toda aquela insistência em morrer para proteger a Charley e ela insistir em encontrá-lo porque ele não pode largar o corpo humano só porque sim... é claro que só podia acabar mal. E vai dar ainda mais barraca no próximo livro. Oh well, não há de ser nada. Mas matava para ver o futuro que o Reyes tinha visualizado para ele e para a Charley.

Título original: Second Grave on the Left (2011)

Páginas: 280

Editora: Círculo de Leitores

Tradução: Graça Margarido

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