E, como tinha mencionado no meu texto anterior, lá fui à Hora H na Segunda-feira. Cheguei cerca de uma hora mais cedo, para poder ter a oportunidade de espreitar as barracas de algumas editoras que aderiam à Hora H antes de esta efectivamente começar. Subi o Parque Eduardo VII pelo lado direito e chegada à Leya recebi o primeiro "desgosto" da noite: não encontrei o livro Jonathan Strange e o Sr. Norrell nas prateleiras. Imagino que ao fim da noite já venderam todos os exemplares de alguns livros e não seja possível repo-los, mas saí dali bastante desapontada.
Vagueámos até ao outro lado da Feira, espreitando mais algumas bancas, e chegámos à zona da Porto Editora/Bertrand, onde apanhei o meu outro "desgosto": este ano mudaram o significado das cores dos autocolantes quanto ao desconto que atribuem aos livros na Hora H - o ano passado o amarelo era para 50% de desconto, e o laranja para 70%. Este ano é ao contrário (amarelo para 70%, laranja para 50%). Escusado será dizer que acabei por não trazer nada. Levava uma lista com livros que gostava de comprar, mas esta troca trocou-me as voltas, passe a redundância. Vou reconsiderar as prioridades na minha lista.
Bem, nem tudo é negativo, acho. Acabei por ir à banca da Europa-América para trazer alguns livros que me interessavam, a Hora H é a única altura em que posso comprar livros desta editora, tendo em conta os preços excessivos a que põem os livros. Trouxe A Flecha Negra, de Robert Louis Stevenson, e Agnes Grey, de Anne Brontë, ambos livros lidos há muito tempo, nos meus tempos de "infanto-juvenil", e livros que recordo com carinho. Os outros dois livros são Crónica de uma Serva, de Margaret Atwood e Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, para o desafio das distopias e pós-apocalípticos.
Ainda passámos pela Planeta, onde reparei que O Prisioneiro do Céu, de Carlos Ruiz Zafón, era Livro do Dia, com 40% de desconto. Aproveitei. Chegada a casa, abri o livro e fiquei algo chocada quando me apercebi que o livro tem uma letra e um espaçamento gigantes e está ao PVP que está (21,90€). A editora em questão tem livros a este preço com mais páginas, mais linhas e menos espaçamento, enfim, mais texto. É aproveitarem-se da fama do autor para porem o livro tão caro. Enfim... para contrabalançar aconteceu uma coisa gira com o livro. Estava assinado. Mas o autor tem um autógrafo tão estranho que cheguei a pensar que alguém tinha riscado o livro por engano e que o tinha de ir trocar. Valeu-me a internet para confirmar que aquilo era mesmo o autógrafo do autor. (Parece uma dúvida parva, mas acreditem, iam ficar com a mesma dúvida ao ver o "rabisco".) E agradeço à editora por estar a vender exemplares assinados na Feira, foi uma boa surpresa.
Mas que fique registado, eu sou teimosa. E chatinha. E voltei na noite seguinte, apenas para espreitar melhor algumas bancas, mas vi na Leya o Jonathan Strange e o Sr. Norrell e pude finalmente trazê-lo na Hora H. Fica a sensação que as "grandes editoras", tendo um espaço maior, são as que o aproveitam menos bem, tendo muitas lacunas de livros do seu catálogo no espaço da Feira. É uma ideia que trago das Feiras anteriores e até agora as ditas "grandes editoras" não fizeram nada para me fazer mudar de ideias.
Trouxe desta noite umas indicações para a minha irmã acerca da disponibilidade de uns livros que ela queria, e por ela lá voltei na Quarta-feira à hora do almoço, para lhe trazer os livros antes que desaparecessem. Não tencionava trazer nada comigo, mas andei a vaguear entre os alfarrabistas, e vi Nunca me deixes, de Kazuo Ishiguro, num deles. Impossível de resistir.
Belas compras (:
ResponderEliminarfelizmente encontrei logo todos os livros que quis e em meia.hora despachei tudo.
Fartei-me de procurar a Europa-América e não encontrei --' queria muito o Fahrenheit 451 mas fartei-me de procurar e nada devo ser mesmo desorientada!
Obrigada! :D
EliminarA EA está do lado esquerdo do Parque (se estiveres de costas para o Marquês); está algures entre a zona da Bertrand/Porto Editora e a zona da Presença, na fila da direita... é fácil de perder, com tanta coisa gira na Feira. *.*
Opah ainda por cima ir a lisboa fica-me um bocado fora de mão mas acho que para a semana tenho mesmo de lá ir para comprar o da Margaret Atwood (que só reparei agora que já se encontra traduzido) e o Fahrenheit 451!
EliminarOh. :( Assim é chato, se é difícil vir a Lisboa, mas se conseguires, já sabes. Se tiveres dificuldade com a banca, chateia os voluntários da Feira, naquelas barracas em que distribuem os mapas, provavelmente vão poder orientar-te. ;)
EliminarQuando dizes o da Margaret Atwood, é este que tenho aqui, certo? Devo avisar que a edição já tem alguns aninhos, do fim dos anos 80... vamos ver como está a tradução. :)
Olá,
ResponderEliminarBem boas compras sim senhor, curioso ofereci o do Ray Bradbury ai Ruiramos, mas tens ai muita coisa boa e vais conhecer o mago Jonatan, muito bem ;)
Bem este ano está a ser uma fartura :D
Bjs e boas leituras
Ando há tanto tempo à procura do livro do Jonathan Strange em português, que achava que já não o ia encontrar, foi uma boa surpresa. :D E tenho boas expectativas para o livro do Ray Bradbury, veremos. :)
EliminarBoas leituras!