domingo, 29 de junho de 2014

Uma imagem vale mil palavras: The Fault in Our Stars (2014)

Esta é capaz de vir a ser uma opinião curta, curtíssima, já que acabei de ler o livro e não vou ter que comentar propriamente a história, apenas o como foi adaptada, e o filme em si.

Surpreendentemente, a narrativa é muito próxima da do livro. Cortam pouquíssimas coisas, e mudam ocasionalmente a ordem de cenas ou falas ou condensam-nas, e em geral fazem sentido. No final mudam um pouco a ordem das coisas, o que em parte me fez confusão por não ser assim que li, e em parte percebo, porque é mais eficaz para quem não tenha lido.

E pronto, é um filme simples, uma história simples, com pequenos momentos da vida, com consciência do quanto ela custa, mas sem deixar de ter esperança. Rever a história permite-me avaliar melhor alguma cenas agora que já conheço a narrativa na sua totalidade. É possível perceber o comportamento horrendo do Peter van Houten em Amsterdão à luz das revelações que vêm depois. E também um pouco do comportamento do Gus em Amsterdão, apesar de eles terem cortado uma cena importante nessa parte. E é possível apreciar aquilo por que passam tantos pais, sempre em pânico e receio de ver o pior acontecer, e a dor que acompanha todo o processo.

Gosto bastante do elenco. A Shailene e o Ansel fazem um bom trabalho a fazer-nos esquecer que fazem de irmãos noutro filme, o que já é muito bom. Creio que a Shailene capta bem a voz da Hazel, aquela combinação auto-depreciativa e desconsolada, mas com um certo sentido de humor; e o Ansel é uma boa surpresa, evocando perfeitamente a teatralidade e atitude ligeiramente excessiva do Gus. (Podemos revirar os olhos juntamente com a Hazel nas primeiras cenas.)

Gosto bastante dos pais da Hazel, e acho imensa piada que a mãe seja uma espécie de fangirl da Hazel e do Gus. (Sou capaz de ter passado uma boa parte do tempo a guinchar para mim própria que o Sam de True Blood não tem idade para ter uma filha da idade da Hazel. O actor em questão parece-me sempre mais novo do que realmente é.) E o Isaac é um personagem fantástico, por isso é um prazer ver o actor fazer jus às suas cenas.

Uma pequena menção para o grafismo, que nas mensagens de SMS está muito adequado ao estilo dos posteres e do genérico, e do próprio livro. E para as cenas em Amsterdão, bem giras. E ainda para a banda sonota, que tem uns bons momentos, e é raro eu reparar na banda sonora.

Acho que é uma história bem gira, foge um pouco do cliché no que toca ao tema, e creio que vai agradar quer a quem conhece o livro, como a quem não conhece, o que é raro. Vale a pena ver, e fiquei mesmo satisfeita, o que também não é muito comum eu dizer de adaptações de livros.

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