segunda-feira, 18 de abril de 2011

Across the Universe, Beth Revis

I'm submitting this book to the 2011 Debut Author Challenge, hosted by The Story Siren.


Review: Amy is about to be frozen to travel with her parents to 300 years in the future and to a planet similar to Earth, in a recon and exploration mission. Elder is 250 years away, and will be the next leader of the people on the Godspeed ship, where Amy and her parents travel frozen. Their lives cross when Amy wakes up too early from her frozen coffin...

First, I loved the worldbuilding on Across the Universe - the whole idea surrounding the ship, how it was built and with what end. And how things evolved throughout the years on the ship with everyone that lived there. I can't explain it well, but it felt real, as everything really happened.

The small details (like the inventions made by the ship's people to improve their lives) helped. And other details like the words created by Revis - like brilly, chutz and frex (try to guess what they mean) - are very cute. Besides, the little things that show us how Amy and Elder are different, and how the societies they grew up on are different, really make the difference.

The use of two POVs with the two main characters, Amy and Elder, is well done, showing us things that were happening in different places of the ship. I was confused, although, when Amy and Elder were together and talking with someone else, and the chapter changed; I couldn't tell each chapter from each other.

The plot starts really well, then it slows down in the middle of the story and in the last 100 pages it speeds up again, with the bulk of revelations being out in the open then. I wish that almost everything wasn't revealed so much in the end, and the villain was a bit obvious and weak. On the other side, I wasn't expecting what Elder revealed to Amy in the end, it was such a wow moment.

Taking everything into account, some things could be better, but I liked this one a lot. I wasn't expecting the author would be writing more books, because all the important stuff is dealt with, but some things are left as loose ends, and I kinda like that I get another book to spend some time with the characters and the ship, to get to explore it a bit more. The next book will be called A Million Suns and Beth Revis expects to write another one, completing the trilogy.

And I have to drool over the cover - I like the image that is like that optical illusion of vases vs. people's profiles, I like the dust jacket that has two sides (check here the pics in Beth Revis' blog), and I like that the hardback has the ship's symbol engraved (check the pic in above link).

Opinião: Amy está prestes a entrar numa câmara criogénica para viajar com os pais para 300 anos no futuro para um planeta muito similar à Terra, numa missão de reconhecimento e exploração. Elder está a 250 anos de distância e será o próximo líder das pessoas da nave Godspeed onde Amy e os pais viajam congelados. As suas vidas cruzam-se quando Amy acorda cedo demais do seu caixão gelado...
Primeiro, devo dizer que adorei o worldbuilding deste livro - toda a ideia da nave, de como foi criada e para que propósito. E como as coisas evoluíram ao longo dos anos na nave com as pessoas que lá viviam. Não sei explicar muito bem, mas senti como se aquelas coisas fossem reais, como se tudo tivesse mesmo acontecido.

Os pequenos pormenores (como as invenções feitas pelas pessoas da nave para melhorar a sua vida) ajudaram a isso. E outros pormenores como as palavras inventadas - brilly, chutz e frex (tentem lá adivinhar o que elas querem dizer) - são giríssimos. Para além disso, os pequenos detalhes que demonstram como a Amy e o Elder são diferentes, e como as sociedades em que cresceram são diferentes, fazem toda a diferença.

A escrita dos capítulos sob o ponto de vista dos dois personagens principais, Amy e Elder, foi bem usada no geral, mostrando-nos coisas que estavam a acontecer em sítios diferentes da nave. Fiquei um pouco confusa, no entanto, quando a Amy e o Elder estavam juntos e a interagir com outro personagem e a autora mudava de capítulo; achei que não se conseguia distinguir bem os capítulos de um e do outro.

O enredo começa muito bem, depois tem um desacelerar da narrativa a meio e nas últimas 100 páginas arranca outra vez, com a maior parte das revelações a serem feitas nessa altura. Gostava que não se descobrisse quase tudo assim tão no fim, e o vilão era um pouco óbvio e fraco. Por outro lado, não estava nada à espera daquilo que o Elder revela à Amy no fim, que foi mesmo um momento… uau.

No fim de contas, houveram algumas coisas que podiam ser melhoradas, mas gostei bastante deste livro. Não contava que a autora fosse escrever mais livros, pois as coisas importantes ficam resolvidas no fim, mas a verdade é que existem algumas pontas soltas, e até gosto de pensar que há outro livro para passar mais um tempo com os personagens e com a nave, para poder explorá-la mais um pouco. O próximo livro chamar-se-á A Million Suns e a autora conta escrever ainda outro, completando assim a trilogia da praxe.

E tenho que me babar outra vez com a capa - gosto da imagem que é como aquela ilusão óptica dos vasos vs. perfis de pessoas, gosto da capa de papel que dá para virar (ver aqui as fotos no blog da Beth Revis), e gosto do hardback ter o símbolo da nave em baixo-relevo (ver as fotos no link acima).

Pages/Páginas: 416

Publisher/Editora: Razorbill (Penguin)

4 comentários:

  1. Ainda me lembro da polémica que esta capa gerou (não sei se estás a par, mas trocaram a silhueta do homem, porque na anterior notava-se que ele era de ascendência afro-americana, e quando os fãs deram conta que a editora tinha mudado para um 'branco', fizeram um enorme alarido. Também, convenhamos, qual foi a ideia? Tem algum mal ser afro-americano?)

    Quanto ao livro, confesso que a sinopse não me tinha deixado muito interessada, mas a tua opinião certamente deixa transparecer coisas que gosto nos livros (surpresas!). Se calhar ainda lhe vou dar uma hipótese ( e o hardback parece realmente lindo).

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  2. Não sabia dessa história da capa. :S Mexem nas capas e são sempre apanhados, não deviam ter já aprendido? Foi o Liar da Justine Larbalestier, o Magic Under Glass da Jaclyn Dolamore... *roll eyes*

    Se as duas caras correspondem aos dois personagens principais, a rapariga até parece a Amy, que é ruiva, mas o rapaz não é nem caucasiano nem afro-americano. O Elder é descrito como tendo pele cor-de-azeitona, com olhos amendoados, por isso eu achei que ele teria um ar entre latino-americano e asiático. :S Portanto nem na mudança de imagem acertaram. xD É pena que ainda seja visto pelas editoras americanas que um livro que não tenha um modelo branco na capa não vá vender tão bem. :(

    Acho que vale a pena dar a este uma oportunidade. Gostei muito de ver como era a vida na nave e como eram as pessoas, e este livro mostra bem esse aspecto. ;)

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  3. Eu sinceramente não consigo distinguir a raça do moço pela capa xD as fangirls fazem cada tempestade num copo de água, jeez...

    A história parece-me bem, já andava de olho nele antes, mas acho que fiquei convencida agora.(Não consigo adivinhar o significado daquelas palavras "novas", mas acho brilly super fofo xD)

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  4. Sim, quando a expectativa ou a paixão é muita, os fãs passam-se. xD

    Ora bem, as palavras novas, frex é fuck, brilly é qualquer coisa como great/amazing, e chutz é guts (have the guts to do something), ou qualquer coisa como asshole. Pelo menos são usadas em contextos que me sugeriram isto. ;)

    Joga-lhe um olhinho, ou dois, que até é giro. É meio distopia, meio nave-perdida-no-espaço. Tens aqui o 1º capítulo ^.^ -> http://acrosstheuniversebook.com/emails/assets/pdf/ATU_ch1.pdf

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