terça-feira, 22 de novembro de 2011

Besta, Scott Westerfeld


Opinião: Já o disse na opinião do Leviatã, e volto a dizê-lo - adoro o worldbuilding que o Scott Westerfeld fez nestes livros. Reescrever a 1ª Guerra Mundial como uma guerra entre Darwinistas (que criam armamento de guerra através de biotecnologia) e Clankers (que recorrem às boas velhas máquinas) cria um cenário tão interessante, e bónus, descreve bastante bem o início deste conflito. É assim como um WWI for Dummies.

Quanto ao enredo, a história começa um par de dias após o livro anterior, com o Leviatã a dirigir-se para a Turquia, como estava planeado no livro anterior. A aeronave leva a Dra. Nora Barlow numa importante missão de diplomacia com o objectivo de garantir que a Turquia se junte aos Darwinistas, mas as coisas complicam-se com a intervenção alemã (Clankers) neste país. Entretanto, os nossos dois protagonistas (Alek e Deryn) não podiam deixar de se envolver numa revolução popular para depor o sultão turco, interferindo também no curso da guerra.

Por falar no Alek e na Deryn, é simplesmente tortura fazer-me esperar para ver o desenrolar da situação com estes dois. A certa altura já me parece que toda a gente sabe que o Dylan é na verdade a Deryn menos o totó do Alek! Se bem que a comédia de enganos à volta da descoberta da verdadeira identidade da rapariga é bem divertida. Começando logo pela 2ª página e acabando nas cenas com a Lilit, que geram ali quase um triângulo amoroso inesperado (no sentido em que o triângulo não se gera nas direcções em que seria de esperar).

Expectativas para o próximo livro: que venha depressa, que se descubra que o Dylan é a Deryn (bem, o império britânico e a sua Força Aérea não precisam de saber), que esteja cheio de acção e aventura e de bichos e máquinas espectaculares, e que acabe minimamente bem. Isto é, com um final satisfatório, mas não necessariamente feliz para todos os intervenientes. Afinal isto é uma guerra.

Título original: Behemoth (2010)

Páginas: 352

Editora: Vogais

Tradução: Raquel Dutra Lopes

5 comentários:

  1. Acabei de ler Leviathan, queria passar correndo pra esse, mas tenho um monte de livros aqui pra ler ainda.

    também adoro como o mundo é criado, principalmente a diferença no modo de falar da Deryn e do Alek haha

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  2. Oi Dana! Posso dizer que este livro é um digno sucessor do Leviathan. Gostei muito. ;)

    As diferenças entre esses dois são demais, é o que me faz apreciar a relação deles. Estou a torcer para que tudo corra bem com eles. :D

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  3. Hmmm tens mesmo. ;) É um YA a tender ligeiramente para o MG, por isso pode parecer um pouco mais juvenil ao início, mas é tão giro, e a coisa à volta da Deryn se mascarar de rapaz e ser convincente é deliciosa. :D

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  4. Concordo perfeitamente com a tua opinião!

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