E eu e a minha mana lá fomos ver de que se tratava essa coisa IMAX de que toda a gente fala.
Antes da sessão passaram os seguintes trailers:
- Elysium (do qual não sei grande coisa... gostei da abordagem do realizador no Distrito 9, que me parece que vai ser aqui reproduzida, mas será que a repetição da fórmula vai funcionar?);
- Gravity (do qual não sei mesmo NADA... estranhei o elenco de George Clooney+Sandra Bullock, que não parecem ter o perfil para um filme destes, mas veremos; além disso, a Sapo Cinema diz-me que isto vai estrear em Outubro... eu ando há meses a sofrer por ver um trailer de City of Bones no cinema, e estes energúmenos perdem tempo com coisas que vão estrear daqui a séculos???);
- Pacific Rim (e nota-se aqui um tema, também não sei grande coisa sobre este, ando a milhas do mundo dos trailers... o trailer é capaz de ter reavivado as duas miúdas que viam Evangelion antes de terem idade para perceber aquilo, porque tanto eu e a minha irmã achámos que um dos robôs era cópia chapada do EVA 00).
Sobre o IMAX... não sei o que fazem ao som para o adequar a este tipo de salas, mas achei-o bem intenso nas cenas de acção. O ecrã gigante é impressionante, e suponho que percebo o burburinho. Só que eu tinha apreciado mais a minha sessão de cinema se AS PESSOAS IRRESPONSÁVEIS E MAL EDUCADAS CHEGASSEM A HORAS AO CINEMA!!! É muito giro ter um ecrã gigante de alto a baixo, mas não é tão giro quando a visualização é impedida por pessoas a passar nos corredores da sala para encontrar o seu lugar - e acreditem, qualquer pessoa a passar, seja onde for, vai tapar parte do ecrã-que-vai-de-cima-a-baixo. Ugh, chegou ao cúmulo de deixarem entrar dois idiotas 25 minutos depois da sessão começar, e uns 10-15 minutos depois do filme começar... perderam o "prólogo" do filme, não sei que sentido tem entrarem àquela hora.
Os posters do filme são tal e qual o teaser trailer, tãaaaaao boring... |
Sobre o 3D... parece-me melhor que a ideia anterior que tinha dele, mas a tecnologia ainda tem problemas para mim. Neste filme em questão, acontecia por vezes termos um cenário estático, e um personagem em relevo à frente. Conseguia-se ver que o personagem estava "à frente" do cenário. Mas o próprio personagem parecia estranhamente... espalmado, como se fosse uma imagem de cartão. Faltava tridimensionalidade no próprio objecto, não é só preciso tridimensionalidade entre objectos, se é que me estou a explicar bem. Portanto, ainda acho o 3D uma grande perda de tempo.
Sobre a adaptação... não conheço bem o Super-Homem, por uma série de razões - fui mais exposta a coisas da Marvel na infância, da DC conheci melhor o Batman, sempre achei o Super-Homem muito... domado e bonzinho (eu sou é mais heróis torturadinhos), e honestamente, todas aquelas palermices dele se "mascarar" com os óculos estragaram-me o personagem. O que conheço do personagem é o filme anterior (com o Brandon Routh, mas também já não me lembro nada da história), ou Smallville, cujas primeiras temporadas eu vi, até a RTP ser mázinha e deixar de passar a série - logo quando aquilo estava a ficar interessante, com o aparecimento da Lois.
E sinceramente, ainda bem que não estou familiarizada com o personagem. Não tendo a bagagem que um fã tem, posso apreciar o filme pelo que é, uma tentativa de reboot e modernização do super-herói. Sou fã de livros que foram adaptados e sei o quanto custa ver um livro sacrificado no altar das adaptações, mas, enfim, reconheço que há que fazer sacrifícios. Por vezes valem a pena.
O tema geral que percorre a história cativou-me bastante. Imagino que não seja o tipo de história normalmente associada com o Super-Homem (e daí que não tenha agradado a alguns fãs), mas agradou-me. Smallville lidava algures com a questão de que o que é que fazia alguém com poderes extraordinários se tornar num monstro ou numa boa pessoa, e suponho que este filmes herde um pouco isso.
E depois parece que estão todos desfocados, bolas. |
As dúvidas tornam-se frequentes em alguém que cresceu a saber-se diferente, e toda esta insegurança e dúvida acerca do seu lugar no mundo tornam o Clark Kent em alguém profundamente humano. É um perfil estranhamente adequado para quem foi educado pelo Jonathan Kent que vemos no filme, um homem que adora o filho, mas tem medo por ele, pois também tem dúvidas - desconfia da humanidade e está convencido que esta vai falhar ao Clark caso ele se revele.
Por isso, gostei das cenas iniciais, com o Clark a viajar por aí, a tentar encontrar-se e a perceber o seu lugar no mundo, e a recordar o passado que fez dele o que é. Mas acho que abusaram nas referências messiânicas, quero dizer, a audiência não é assim tão burra, bolas. (E com 33 anos ele torna-se jornalista dum dia para o outro? Hm...)
Fiquei curiosa acerca do desígnio dos Kryptonianos para a Terra. É uma ideia interessante, que suponho que pode vir a ser reavivada num filme futuro. Um planeta em crise gera o desespero para fazer tal coisa, e achei curiosa a oposição entre Jor-El e o General Zod no que viam para o futuro.
Sobre os actores, bem, adorei o par de protagonistas. Fiquei impressionada com o Henry Cavill, havia uma qualquer qualidade contida na maneira como fez o Clark Kent que me fascinou. Pensar que o vi tão pequenino e fofinho no filme do Conde de Monte Cristo... A Amy Adams, bem, é adorável e não se fala mais nisso. Mas se tenho de falar, gostei muito da sua Lois, esperta, decidida, com sentido moral e corajosa. E com preponderância para o desenrolar da acção. Parece estranho ter de destacar isso, mas tendo em conta que na maior parte dos filmes e outros tipos de histórias as mulheres existem em função dos homens, é refrescante quando uma personagem feminina não o faz. Juntos fazem um casal bem giro, e numa fase curiosa, a de ficarem caidinhos um pelo outro. Vou querer ver novos desenvolvimentos num próximo filme.
Há demasiados outros actores a destacar... a Diane Lane (a Martha, com uma relação adorável com o filho), o Kevin Costner e o Russel Crowe (dois pais muito diferentes para o Clark), o Lawrence Fishburne como Perry White... o Michael Shannon, muito arrepiante como General Zod.
Em suma, o designer dos posters devia ter sido despedido e substituído por alguém que saiba mexer no Photoshop. |
Sobre a estrutura do filme, pareceu-me que a terceira parte alonga-se um bocadinho. Questiono sempre filmes e livros que tenham uma história com dois clímaxes, porque quebra o ritmo do enredo, e acaba por cansar o leitor/espectador - e este filme faz isso. Questiono passarem tanto tempo a enrolar e a mostrar tanta cena de porrada e destruição de coisas, quando podiam ter cortado um bocadinho e fazer uma terceira parte mais coesa. Mas achei interessante o destino do General Zod, porque faz sentido, é um momento determinante que preconiza uma máxima pela qual o Super-Homem é conhecido.
Engraçado, fui ver o WWZ e durante os trailers também vi o do Pacific Rim e também achei tudo muito semelhante a Evangelion.
ResponderEliminarAinda não vi o Homem de Aço, mas estou curiosa.
Parece mesmo Evangelion, não é? O trailer sugeriu-me uma ligação profunda entre a máquina e o piloto, o que é tão parecido com o dito anime/manga. Mas pelo menos desta vez não temos adolescentes de 15 anos a pilotar máquinas de guerra gigantes. xD
EliminarEspero que gostes! Eu não estava muito animada para o filme, mas acabei por gostar, no geral. :)
AAh, ando aqui numa luta para terminar a minha opinião desde sábado, não está fácil, tantos feels contraditórios.
ResponderEliminarNão gostei nada da Amy Adams, tão estranha que ela estava neste filme...mmm :s
Acho que aquela cena dele virar jornalista de um dia para o outro é mesmo só de fachada para ele poder ir a sítios e ajudar pessoas, e como ele é suposto ser inteligente provavelmente nem precisa de formação/curso superior para escrever artigos se for preciso, lol. (Sim, há ali uns plotholes. xD)
Contraditórios? Ohhhh I'm curious. ;)
EliminarEntão, estranha porquê? :S
Que é fachada bem sei, é o que ele dá a entender, mas gostava era de perceber os pormenores da entrada dele para a redacção. É só a Lois que sabe a identidade dele? Ele entra como estagiário? (E daí a minha confusão, por ele ser tão velho para estagiário.) Ou forja credenciais jornalísticas, como parece que forjou identidades durante aqueles anos de nómada? :S
Os buracos! Nem me fales nos buracos. Ia tendo uma coisa quando eles quiseram abrir um buraco negro acima de Metropolis. :reviraosolhos:
O Perry também sabe de certeza, por isso nem foi preciso forjar credenciais. Aliás, pela maneira como aconteceram algumas cenas muita gente tem obrigatoriamente de saber que ele é o Kent...tipo grande parte dos militares e policias que estavam lá no meio do confronto com o Zod. Como é possível gastarem tanto dinheiro num filme, terem tantos recursos e ainda assim haver estes buracos tão idiotas, como se o gajo que escreveu isto se tivesse fartado a certa altura :s
EliminarAssim a cara dela, e a cor da pele, parece que estava a precisar de hemodiálise.
Mas assim tanta gente sabe mesmo que ele é o Clark Kent? Porque a cena na casa dos Kent, com o Zod a exigir ver a nave e tal, só estavam lá os Kryptonianos, a Martha, e o Super-Homem. Nenhum militar estava lá, e os estragos mais tarde podiam ser atribuídos a danos colaterais. Quanto ao uso da nave para rebentar a outra, suponho que o Clark podia tê-la tirado sozinho do sítio em que estava, para não revelar a sua identidade. É que se os militares descobriram quem era o Super Homem ao longo do filme, não precisavam daquele satélite-espião no fim para nada.
EliminarE o Perry, a única vez que viu o Super-Homem mais de perto foi depois de rebentarem com a nave, e ele e a Lois se beijarem, era o suficiente para saber que Clark=Super Homem? :S Grrr em vez de perderem tanto tempo com explosões, deviam era ter sido mais explícitos sobre estas coisas, afinal quem sabe (ou não) a identidade dele é um ponto importante da história. :/
Lololol o quê? A moça é naturalmente branca como leite, que cor querias que tivesse? xD
Não te lembras daquela cena em que o Clark salva a Lois e eles estão a olhar um para outro mas o Clark ouve o Zod a ameaçar a mãe e vai, abandona a Lois lá no meio de smallville e um carro da policia depois dá-lhe boleia até a casa dos Kent? ela chega lá e vai a correr a chamar pelo Clark quando ele está vestido de superman, estavam lá os polícias xD e mesmo no fim quando ela se vai agarrar a ele depois dele ter matado o Zod, se não estou enganada ela chama pelo Clark e estão várias pessoas à volta xD eu só me ria nestas cenas. Claro que uma pessoa pode acreditar que eles não sabem, ah e tal, as pessoas estavam traumatizadas e não ouviram, ou não lhe viram bem a cara, estavam longe e não sei quê, mas não deixam de ser desculpas forçadas. Opá o Perry tem de saber, então como lhe ia dar um trabalho se ele não é jornalista??
EliminarEu suponho que aquela parte no fim com o satélite espião era para saber onde ele andava porque ele afinal já não mora em Smallville, foi para Metropolis, e os óculos enganam o satélite mulher, achas que não?! LMAO
Lololol, os buracos! Quanto mais escavamos, maiores eles são. xD
EliminarO Perry não precisa de saber mesmo... se ele é capaz de forjar uma identidade, não é capaz de forjar credenciais de jornalista ou assim?
Mas acho que o SH menciona mesmo, na parte do satélite, o facto de eles andarem a tentar descobrir quem ele é, parece-me... o que em si é um buraco, se tanta gente podia ter percebido quem ele era, mas enfim. Essa parte do satélite deu-me azia por causa do que fizeram com a moça militar...