Ok, os pontos altos desta sessão de cinema foram o trailer do City of Bones e a cena extra final do filme. (Estou a brincar. Mais ou menos. Pensando bem, nem por isso.) Da cena final falo mais para a frente. Do trailer do City of Bones, bem, eu tenho chateado quem quer que me ouça (normalmente, a minha irmã, coitada) que queria ver um trailer do City of Bones no grande ecrã, e finalmente o grande ecrã decidiu fazer-me a vontade. E tive oportunidade de fangirlar durante dois minutos e meio e não há mais nada a acrescentar a isso. (Excepto que foi um dos pontos altos da sessão. E sim, afinal estou a falar a sério.)
E porque é que os pontos altos não foram o filme em si? Porque o filme em si foi aborrecido. A sério. Como é possível fazer um filme do Wolverine aborrecido? Pois bem, conseguiram-no. Houve cenas, algumas mesmo de acção, em que eu senti a vontade de fechar os olhos e deixar-me dormir. E não é por estar cansada. Durante a semana tinha visto outro filme e esse não me deu sono, muito pelo contrário. (Sou capaz de falar desse mais adiante.)
O problema com este filme é que não sabe o que quer ser quando for grande. Primeiro começa por ser uma análise psicológica do Wolverine, num momento pós-X-Men 3. E creio que esse aspecto foi muito interessante de explorar, perceber o estado de espírito em que o Wolverine estava depois de todas as coisas que teve de fazer. Tem alguns momentos inspirados, e um subtexto inteligente. (Por exemplo, imagino que a razão pela qual o Wolverine aceita, no presente, a espada com que o Yashida ia cometer suicídio, no passado, é porque também ele estava preparado para morrer.)
E depois enveredamos por uma série de intrigas e cenas de acção meio confusas, e em parte desnecessárias para construir um enredo com sentido. Quando chegámos à cena final eu estava a perguntar-me o porquê de estarmos naquele ponto. E se precisei de perguntar, é porque as coisas não estavam claras. O aparecimento duma, er, terceira facção atravessa-se no meio do enredo com a segunda facção e, não sei, a transição pareceu-me muito pouco orgânica. E já agora, a cena a que chamarei "almofada de alfinetes" é engraçada visualmente, mas, a sério, o Wolverine ser derrotado assim?
Enfim... estava curiosa acerca da "fase japonesa" da história do Wolverine, mas não foi este filme que me satisfez, já que em termos de enredo e de evolução da narrativa é bem confuso. Contudo, não foi completamente desapontador, e tem um elenco de actores muito interessante. Adorei a actriz da Yukio (e a personagem também). As aparições da Jean têm o seu interesse. E o cenário é cativante, e gosto do ângulo do estrangeiro numa terra desconhecida para ele, mas podia ter sido melhor explorado.
Quanto à cena final... (E nunca mais me apanham a sair duma sala de cinema dum filme da Marvel sem me certificar se há cena final, podem crer.) Bem, ponto muito alto do filme. Foi super animador ver os dois personagens que aparecem nesse momento. E é um óptimo teaser para o Days of Future Past. Para esse, sim, estou com algumas expectativas.
Como bónus, recomendo antes que vão ver o Pacific Rim (Batalha do Pacífico). Esse sim, vale a pena. Fui ver em 3D e IMAX, e adorei. (E estou a falar do ponto de vista duma pessoa que desconfia ao máximo da utilidade do 3D.) Mas as cenas de batalha entre Jaegers e Kaijus estão impressionantes. Li por aí que a animação por computador foi feita directamente em 3D, em vez de haver uma conversão 2D-3D, como nas cenas live-action, e imagino que isso fez toda a diferença. É para aí o único filme em 3D que não me deu vontade de chorar o meu rico dinheirinho. A chuva! Parecia realmente que estava a chover na sala.
Outras razões para ver o filme, mesmo em 2D: o puro prazer geek de ver robôs e monstros gigantes à porrada não chega? Nunca vi o Godzilla, mas sou fã de Evangelion, e imagino que o filme apele a fãs dos dois. O elenco é bem interessante e gostei mesmo dos personagens e da história, e o filme tem uma qualidade muito característica deste realizador que me lembra de outros filmes dele. Uma história simples, mas deliciosa.
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