sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Uma imagem vale mil palavras: Ant-Man (2015)

Tenho seguido o Marvel Cinematic Universe com interesse, e mesmo assim não sabia bem o que esperar deste filme. Conheço o Ant-Man dos comics, mas não é personagem que siga por aí além, seja em que iteração for. E perguntava-me como esta história encaixaria no universo partilhado dos filmes.

Quanto à última questão, fiquei bastante satisfeita. Há uma boa explicação para o pouco cruzamento destes personagens e destes aspectos com o resto do mundo MCU até agora. Faz bastante sentido, tendo em conta a história do Hank Pym com os Stark, a desconfiança e a separação que mantém. (Se bem que uma mençãozinha às suas indústrias ou ao seu trabalho num dos outros filmes anteriores podia ter sido um bom easter egg.)

Na questão do cruzamento com o MCU presente e futuro, gostei bastante de ver a aparição de um Avenger, foi uma cena divertida e a mostrar o potencial do fato do Scott numa luta directa, e é bastante claro que esta história se passa após o Age of Ultron, o que é ligeiramente interessante de constatar, tendo em conta o que esse filme trouxe para este universo.

Apreciei bastante o modo como decidiram apresentar a história e os personagens. Um Hank já mais velho, que teve as suas aventuras no passado (e já que vimos caras do passado - yay! -, não era tão interessante se o Hank e a Janet tivessem direito a uma série estilo Agent Carter, contando as aventuras deles?).

A Janet van Dyne desaparecida, perdida para a tecnologia que o Hank inventou. Uma filha desiludida com ele, ele próprio desiludido com a vida, encontra-se na posição de mentor do 2º homem a portar o título de Ant-Man. O 1º homem a quem serviu de mentor afastou-se dele, ficando-lhe com o controlo da empresa.

Não são coisas inovadoras, mas conjugadas fazem uma boa história. A única coisa que me soou menos bem é o conflito da Hope com o pai. Ou a história era sobre ela, e o conflito era completamente explorado, e bem. Ou a história é sobre o Scott e o seu processo de crescimento. (O que é.) Não senti que este processo de descoberta da Hope fizesse sentido apresentado pela metade, sem ter espaço para ser explorado.

Faria um pouco de mais de sentido ela já saber o que acontecera com a mãe, aproximar-se do pai por causa disso, e entender, ainda que não aceitasse, as razões dele para trazer o Scott para a equipa. (Aliás, isso geraria um conflito igualmente interessante com o Scott.)

Personagens e actores a destacar: a Evangeline Lilly como Hope, com um feitio e atitude deliciosos, que desafiam qualquer a enfrentá-la. A pequena Cassie Lang, que me deu uma vontade brutalmente enorme de ver no futuro uns Young Avengers. (Marvel, make it happen.) O Corey Stoll, tão credível na sua vontade de se mostrar merecedor, que é arrepiante quando se mostra com intenções nada meritórias.

Confesso que me perguntei como é que o Paul Rudd ia encaixar neste universo, porque um filme de super-heróis não parecia exactamente o estilo dele, mas encaixa perfeitamente no underdog que precisa de resolver a vida dele, e tem o sentido de humor e o feitio para o Scott Lang. Oh, e tenho de falar do Luis, com as suas histórias extremamente longas - eu conheço pessoas como o Luis! Compreendo a frustração do Scott. (Mas o Luis era divertido, apesar de tudo. Especialmente porque não tenho de o aturar.)

Quanto a efeitos, apreciei bastante o modo como exploraram o aumentar e diminuir de tamanho, e gostei de ver as lutas corpo-a-corpo, usaram mesmo as potencialidades da tecnologia de mudança de tamanho. O uso das formigas é impressionante, porque nos deixa ficar a ver outro aspecto destes animais, e são fascinantes. Até apreciei ver em 3D (excepto a parte em que passei 2 horas com dois pares de óculos em cima do nariz), que explorou relativamente bem todas as questões relacionadas com tamanho (heh).

Achei que ali de vez em quando faltava um bocadinho de resolução, de foco na imagem. Não sei se o formato original e a passagem para IMAX afectaria isso, ou talvez o uso de macro na filmagem de coisas mesmo pequenas mesmo perto, mas sim, pareceu-me estranho. Além disso, alguém passa à Marvel o contacto do responsável pelo envelhecimento da Kalique (Tuppence Middleton) no Jupiter Ascending? Esse estava fantástico visualmente, enquanto que o envelhecimento nos filmes da Marvel tem parecido demasiado artificial.

O filme tem duas cenas pós-créditos, uma bastante no seguimento da história da Hope, que me agrada muito, porque quero vê-la evoluir a partir daqui, participar em mais filmes. A segunda cena faz a ligação para o Captain America 3: Civil War, os diálogos permitem vislumbrar coisas que vamos ver no filme, o que me deixa bem animada; ainda mais fiquei ao ler por aí que a cena foi realizada pelos realizadores do Civil War, e que vamos vê-la (e revê-la) no dito filme, sob outros pontos de vista. Parece excitante, e estou tremendamente curiosa.

2 comentários:

  1. Opá este filme é tão divertido. O que eu não me ri com o Luis e os outros amigos do Scott. O Falcon também me fez rir bastante, fiquei contente por ser ele a ter um cameo, já merecia depois de ter tido tão pouco tempo de antena no Age of Ultron. Quero tanto uma cena do Scott com ele no Civil War, tipo eles com uma joke privada ainda por causa daquele combate. xD
    E estou completamente de acordo com o 3D, eu também não aprecio muito mas este filme vale a pena, aquelas cenas em que ele muda de tamanho de repente e as cenas com as formigas ficam muito bem em 3D.

    RIP Antony! :3

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    1. Os amigos são tão engraçados! Só fazem asneiras, o facepalm massivo que fiz quando carregam por acidente na buzina lá no fim... :P Oh, fiquei tão zangada por eles não terem posto mais o Sam no Ultron, por isso foi uma boa aparição. Adorei ele dizer "não contem ao Capitão!". xD

      As mudanças de tamanho estavam muito fixes, gostei de quando ele se metia pelo formigueiro e depois entrava em pânico e aumentava e atravessava o terreno; e gostei do heist e de como as formigas ajudaram; e as lutas estavam fixes, deu mesmo para perceber o que ele podia fazer com este "super-poder". :D

      Awww o Antony! Céus, só percebi a piada/lógica do nome dele depois. Que totó. :P

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