quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Harry Potter e a Pedra Filosofal, J.K. Rowling


Opinião: Isto vai ser só um comentário curto, porque a este ponto do campeonato, que mais posso dizer que já não tenha sido dito um milhão de vezes? E se nunca leram isto, shame on you. E parabéns, ao mesmo tempo, suponho. É um bocado difícil conseguir esse feito nos dias de hoje.

Bem, há uns tempos dei por mim super nostálgica, a morrer de saudades deste mundo, e como a minha irmã adquiriu a colecção completa na Feira do Livro, e a mesma ainda está aqui, nesta casa, aproveitei. Começar a ler no dia 1 de Setembro (o início do ano lectivo em Hogwarts) foi mesmo de propósito, em jeito simbólico, já que a bendita carta para Hogwarts nunca chegou (eu bem digo que os correios são uma desgraça).

Impressões principais: bem, que delicioso é ler sabendo o fim, porque muitas das noções e ideias pré-concebidas dos personagens estão longe de estarem correctas, talvez com uma ligeira fracção de verdade ali a substanciá-las pelo meio; o que é tão bom de acompanhar. O que se passou realmente em Godric's Hollow, e o que as pessoas pensam que se passou. O que realmente é Voldemort e como ficou assim, e que poderes e capacidades tem.

Outra coisa muito boa é o manancial de pormenores que a autora introduz neste mundo. Alguns até podem nem servir para mais nada a não ser criar o cenário; mas depois outros, vai-se a ver, são tremendamente importantes, ou preconizam uma revelação mais tarde. (Comecei a guinchar de excitação, por exemplo, quando o Ollivander diz da varinha do pai do Harry "boa para transfiguração"... e mais à frente sabemos que ele se tornou num Animagus.)

O extraordinário nisto tudo é que a autora plantou imensas pistas que vai usar muito mais à frente: das duas uma, ou ela é brilhante a prever do que vai precisar revelar e coloca-as já, ou é brilhante a usar detalhes que não tinha previsto usar para encaixar no que vai revelar mais à frente. Either way, ela é brilhante, já percebemos isso.

Último ponto a destacar: o tipo de narrativa. Ainda muito longe das histórias mais sérias e pesadas do fim da saga, este é um livro com estrutura típica de mistério, delicioso de explorar e desvendar, e ainda com uma pitada de escola-internato, com miúdos à descoberta e à aventura, a meterem-se em sarilhos e a crescerem com isso.

(Ainda outro ponto: a química entre o trio-maravilha. Tão fofos! Quase que me esquecia quão adoráveis eram juntos, e alguns pontos da sua personalidade que são tão giros.)

Título original: Harry Potter and the Philospher's Stone (1997)

Páginas: 260

Editora: Presença

Tradução: Isabel Fraga

2 comentários:

  1. Eu estou à espera que o meu filho chegue aos 8 para poder ler com ele :)

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    1. Parece-me uma ideia fantástica! Acho que se tiver filhos também vou andar animadíssima para os introduzir a algo que gostei tanto. :D

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