Opinião: Depois do final feliz-mas-em-suspenso que a autora nos deu no livro anterior, a Emma e o Graham começam uma relação à distância (ele em Nova Iorque e ela em Sacramento, na California), com a esperança de poderem ficar mais próximos quando a Emma começar a frequentar a universidade em Nova Iorque. Entretanto, a Brooke recruta o Reid para, em conjunto, separarem o Graham e a Emma e ficarem respectivamente com os objectos do seu afecto.
Parece um enredo de telenovela, não é? E é, basicamente, só que a Tammara Webber consegue fazê-lo resultar na história. Quero dizer, passei grande parte de livro louca de fúria e com vontade de que algo de mau acontecesse à Brooke ou ao Reid (ou aos dois, de preferência), por se atreverem a meter no meio do meu casalinho favorito, mas nunca pensei em desistir, porque estava demasiado embrenhada na história para isso acontecer.
Gostei imenso de ler os POVs da Emma e do Graham, por descreverem um casal recém-formado, em êxtase e superapaixonado, sempre a pensar no outro e a contar as horas por se verem outra vez (nem que seja a conversar no Skype). Os POVs do Graham foram especialmente interessantes, porque mostraram finalmente o que ele pensava da Emma e como é que se apaixonou por ela - e tenho a dizer, este rapaz é intenso.
Os outros POVs do livro centraram-se nos co-conspiradores, o Reid e a Brooke. Tivemos oportunidade de perceber melhor porque é que estes dois são tão desvairados, e como é que a história deles terminou. Se bem que não tenho muita vontade de ter pena deles, porque ambos entram em comportamentos auto-destrutivos e quando estão juntos ainda é pior. E nenhuma história de vida triste justifica as maldades que fizeram durante o livro.
Detestei os esquemas deles para separar a Emma e o Graham, porque eram coisas tão parvas e desesperadas, e tão elaboradas que só podiam correr mal. O esquema final então, não sei como é que a Brooke achou que ia funcionar. O Graham não é estúpido e já estava a perceber o que se estava a passar; e a Emma não é menina para cair nos braços do Reid tão facilmente, apesar de estar tão frágil; portanto, mesmo que o Reid não tivesse tido o seu arrependimento no final, duvido que as coisas tivessem terminado de maneira diferente.
O próximo livro parece que se foca no Reid e numa nova personagem. Tenho e não tenho, ao mesmo tempo, vontade de o ler. Gosto desta autora, mas o Reid fez tanta asneira que eu não sei como é que pode ser redimido, ou se o merece. E pelo excerto que vinha no fim deste livro, a personagem feminina do terceiro livro parece ser tão "Miss Goody Two Shoes", como os americanos dizem... tão "vamos tornar o mundo melhor", e ao mesmo tempo tão crítica dos outros, sem os tentar compreender ou lhes dar uma oportunidade. Sei que o livro deve dar um passo na direcção de tornar ambos melhores pessoas, mas nunca vi duas personagens que começam um livro sendo tão irritantes.
Páginas: 352
Editora: Penguin
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