Final post! Agora que a Feira acabou, posso mostrar as minhas compras finais e divagar um bocadinho sobre a Feira em si. Primeiro, as aquisições:
Na Sexta-feira, apesar de ter estado ocupada todo o dia, lá arranjei um bocadinho depois do jantar para ir à Feira e trazer o livro do dia da Antígona,
A Quinta dos Animais, outro de George Orwell que gostaria de ler. Trouxe também o livro da Isobelle Carmody, um dos que me tinha queixado que não tinha encontrado nos pavilhões da Bertrand/Porto Editora no
último post. Preferia tê-lo comprado na Hora H, mas não foi possível.
Achei interessante ver que a Feira enche muito mais à Sexta à noite, com pais e filhos a enchê-la. Suponho que é por isso que não fazem Hora H, por ser véspera do fim de semana e encher sem ser precisa a promoção. (Mas segundo esse raciocínio, em véspera de feriado não devia haver Hora H, e houve no dia 30 de Abril.) Outra coisa que reparei é que há pessoal que não se informa. Estava eu junto a uma banca e ouvi alguém perguntar pela Hora H, que foi informada que já não haveria, e a pessoa respondeu "a sério? mas vim de propósito à Feira por causa da Hora H..." Minha amiga, informa-te. Houve Hora H de Segunda a Quinta-feira, durante quase 3 semanas (vá, 2 semanas mais um dia na outra), e tu vais à Feira no primeiro dos dias em que já não há a promoção?
No Sábado voltei à Feira para trazer alguns livros da colecção Argonauta, da Livros do Brasil. Achei que conseguia ver melhor os livros sem a multidão de Sexta. Passei pela Leya e aproveitei para trazer alguns álbuns de banda desenhada, juntamente com um livro que imagino que me vá fazer jeito no futuro.
Ontem, Domingo, voltei lá para conseguir um autógrafo da Catherine Fisher no Incarceron. A senhora quase fez uma festa quando me aproximei, foi muito simpática e ainda disse que Catarina era um bom nome, ehehehe. Por acaso é uma coisa que me faz confusão, ver praças cheias de pessoas e os autores nas zonas de autógrafos sozinhos, sem muita gente a abordá-los. Não sei se por timidez, se por desinteresse, ou se por falta de informação. Pessoalmente gostava que houvesse maior divulgação por parte das editoras sobre as sessões que vão ter durante a Feira. Custa muito fazer um cartaz e exporem na banca, ou algo do género?
Reparei que editoras que o ano passado divulgaram este tipo de coisa com relativa antecedência, este ano ou divulgaram em cima da hora ou não fizeram o tipo de divulgação que costumam fazer (não vi folhetos da Leya, por exemplo, se bem que admito que simplesmente posso não ter conseguido pôr-lhes a vista em cima). Será da crise? Mas assim não se torna mais importante chamar pessoas à Feira, que venham pedir um autógrafo, e possam vir a comprar mais um livro do autor que está na sessão, ou até outros livros? Também gostava que fosse possível pesquisar entre as sessões (ou os livros do dia) divulgadas no site da Feira de outra maneira que não pelo dia. A maneira como expõem a informação não é muito user-friendly.
A outra queixa, e esta parece ser generalizada (se bem que não se faz nada para mudar): já era hora de se repensar a altura em que se faz a Feira do
Livro. Este ano é a 5ª vez que frequento a Feira, e a minha experiência é de ser realizada nesta altura (com excepção do 1º ano, no qual se bem me lembro houve um atraso por haver uma discussão parva sobre o modelo das barracas - foi o 1º ano em que a Leya usou a modalidade que até este ano se manteve). Mas já tenho
visto comentários em que as pessoas se lembram de ir à Feira numa altura mais
tardia, logo não compreendo porque é que mudaram para mais cedo. Parece que
não há ninguém que queira a Feira nesta altura (leitores, editores e
livreiros), então porque é que isto se mantém?
Não me venham falar dos eventos que há em Junho, como o Europeu ou as Festas Populares, porque creio que fariam por chamar mais pessoas para a Feira do que afastá-las. Lembro-me que no meu 1º ano da Feira vi pessoas a assistir a jogos do Europeu no Parque Eduardo VII, graças ao tal atraso. O clima, honestamente, desfavorece a realização nesta altura, porque não há ano em que a Feira não tenha de fechar mais cedo num dia graças à chuva. Lembro-me de ouvir falar o ano passado que a Feira ia mudar o modelo em 2013, por isso fico expectante. Também li notícias sobre os editores se queixarem dos horários. Durante a semana realmente não vejo relevância na Feira abrir tão cedo, já que pessoalmente não tenho disponibilidade para ir à Feira, mas talvez as pessoas que moram/trabalham na zona possam ir lá na hora do almoço? No entanto, sou fã da abertura às 11h ao fim de semana. Gosto de ir a essa hora para evitar as multidões da tarde, e creio que vou iniciar uma nova tradição de ir almoçar à Feira.
Em jeito de balanço, creio que aproveitei bem as promoções que tinha à mão para cumprir alguns objectivos que tinha (comprar alguma banda desenhada, comprar livros da Anne Rice e da colecção Argonauta), e trazer outros livros que me interessassem. Há sempre coisas que gostava de ter trazido para casa, mas fica para o ano.