segunda-feira, 14 de maio de 2012

Feira do Livro de Lisboa 2012 (e Aquisições) Partes V, VI e VII, e ainda Reflexões

Final post! Agora que a Feira acabou, posso mostrar as minhas compras finais e divagar um bocadinho sobre a Feira em si. Primeiro, as aquisições:


Na Sexta-feira, apesar de ter estado ocupada todo o dia, lá arranjei um bocadinho depois do jantar para ir à Feira e trazer o livro do dia da Antígona, A Quinta dos Animais, outro de George Orwell que gostaria de ler. Trouxe também o livro da Isobelle Carmody, um dos que me tinha queixado que não tinha encontrado nos pavilhões da Bertrand/Porto Editora no último post. Preferia tê-lo comprado na Hora H, mas não foi possível.

Achei interessante ver que a Feira enche muito mais à Sexta à noite, com pais e filhos a enchê-la. Suponho que é por isso que não fazem Hora H, por ser véspera do fim de semana e encher sem ser precisa a promoção. (Mas segundo esse raciocínio, em véspera de feriado não devia haver Hora H, e houve no dia 30 de Abril.) Outra coisa que reparei é que há pessoal que não se informa. Estava eu junto a uma banca e ouvi alguém perguntar pela Hora H, que foi informada que já não haveria, e a pessoa respondeu "a sério? mas vim de propósito à Feira por causa da Hora H..." Minha amiga, informa-te. Houve Hora H de Segunda a Quinta-feira, durante quase 3 semanas (vá, 2 semanas mais um dia na outra), e tu vais à Feira no primeiro dos dias em que já não há a promoção?


No Sábado voltei à Feira para trazer alguns livros da colecção Argonauta, da Livros do Brasil. Achei que conseguia ver melhor os livros sem a multidão de Sexta. Passei pela Leya e aproveitei para trazer alguns álbuns de banda desenhada, juntamente com um livro que imagino que me vá fazer jeito no futuro.


Ontem, Domingo, voltei lá para conseguir um autógrafo da Catherine Fisher no Incarceron. A senhora quase fez uma festa quando me aproximei, foi muito simpática e ainda disse que Catarina era um bom nome, ehehehe. Por acaso é uma coisa que me faz confusão, ver praças cheias de pessoas e os autores nas zonas de autógrafos sozinhos, sem muita gente a abordá-los. Não sei se por timidez, se por desinteresse, ou se por falta de informação. Pessoalmente gostava que houvesse maior divulgação por parte das editoras sobre as sessões que vão ter durante a Feira. Custa muito fazer um cartaz e exporem na banca, ou algo do género?

Reparei que editoras que o ano passado divulgaram este tipo de coisa com relativa antecedência, este ano ou divulgaram em cima da hora ou não fizeram o tipo de divulgação que costumam fazer (não vi folhetos da Leya, por exemplo, se bem que admito que simplesmente posso não ter conseguido pôr-lhes a vista em cima). Será da crise? Mas assim não se torna mais importante chamar pessoas à Feira, que venham pedir um autógrafo, e possam vir a comprar mais um livro do autor que está na sessão, ou até outros livros? Também gostava que fosse possível pesquisar entre as sessões (ou os livros do dia) divulgadas no site da Feira de outra maneira que não pelo dia. A maneira como expõem a informação não é muito user-friendly.

A outra queixa, e esta parece ser generalizada (se bem que não se faz nada para mudar): já era hora de se repensar a altura em que se faz a Feira do Livro. Este ano é a 5ª vez que frequento a Feira, e a minha experiência é de ser realizada nesta altura (com excepção do 1º ano, no qual se bem me lembro houve um atraso por haver uma discussão parva sobre o modelo das barracas - foi o 1º ano em que a Leya usou a modalidade que até este ano se manteve). Mas já tenho visto comentários em que as pessoas se lembram de ir à Feira numa altura mais tardia, logo não compreendo porque é que mudaram para mais cedo. Parece que não há ninguém que queira a Feira nesta altura (leitores, editores e livreiros), então porque é que isto se mantém?

Não me venham falar dos eventos que há em Junho, como o Europeu ou as Festas Populares, porque creio que fariam por chamar mais pessoas para a Feira do que afastá-las. Lembro-me que no meu 1º ano da Feira vi pessoas a assistir a jogos do Europeu no Parque Eduardo VII, graças ao tal atraso. O clima, honestamente, desfavorece a realização nesta altura, porque não há ano em que a Feira não tenha de fechar mais cedo num dia graças à chuva. Lembro-me de ouvir falar o ano passado que a Feira ia mudar o modelo em 2013, por isso fico expectante. Também li notícias sobre os editores se queixarem dos horários. Durante a semana realmente não vejo relevância na Feira abrir tão cedo, já que pessoalmente não tenho disponibilidade para ir à Feira, mas talvez as pessoas que moram/trabalham na zona possam ir lá na hora do almoço? No entanto, sou fã da abertura às 11h ao fim de semana. Gosto de ir a essa hora para evitar as multidões da tarde, e creio que vou iniciar uma nova tradição de ir almoçar à Feira.

Em jeito de balanço, creio que aproveitei bem as promoções que tinha à mão para cumprir alguns objectivos que tinha (comprar alguma banda desenhada, comprar livros da Anne Rice e da colecção Argonauta), e trazer outros livros que me interessassem. Há sempre coisas que gostava de ter trazido para casa, mas fica para o ano.

11 comentários:

  1. Já debatemos isso, a Feira mudou porque começaram a usar as mesmas bancas da do Porto e como em teoria o tempo no centro é mais estável que no Norte...

    Já agora, Animal Farm, grande escolha. Os da Argonauta também devem ser bons, mas não consigo ver muito bem quais escolheste...

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    1. Lol, é mesmo em teoria, o tempo por aqui anda menos fiável do que seria de esperar. Há uma semana chovia a potes, agora faz um calor de Verão, e acho que estão a dar baixa de temperaturas e chuva para o fim de semana. xD Quanto ao uso das bancas, já tenho visto esse argumento, e até compreendo, mas parece uma justificação... "fraca", já que imagino que possa ser contornada de várias maneiras. :/

      Obrigada! :) Da Argonauta (podes ver se carregares na imagem para ampliar), trouxe alguns do Roger Zelazny, os primeiros da saga Amber, e teria trazido os restantes, não fossem estar com um preço mais alto. Trouxe também alguns do Philip José Farmer, da saga Riverworld, mas infelizmente faltam-me os primeiros, que eles não tinham. :|

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  2. Mesmo ampliado o reflexo não facilita... Que sorte, quando fui lá não tinham nenhum número abaixo do 100.

    A justificação não será a melhor, mas é a que eles dão.

    Pessoalmente, prefiro enfrentar aquele mar de gente com chuva (até porque quando começa a chover há lá menos gente) do que com calor, quando o cheiro se torna insuportável. Mas, lá está, isto sou eu a "puxar a brasa..."

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    1. Havia números abaixo do 273? xD Não comprei nenhum abaixo do 100, o 273 foi precisamente o primeiro que trouxe, como eles diziam que tinham entre o 273 e o 540 (ou 550) e tal... Fiquei com a série Riverworld a meio. (Infelizmente, a segunda metade. :/)

      Lol, da única vez que apanhei a Feira mais tarde, não me lembro dos inconvenientes do calor, mas suponho que também devem existir. ;)

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  3. Eu, este ano não fui, aliás nos últimos anos tenho ido raras vezes e lembro-me bem de há bastantes anos ir quase sempre e muitas vezes em Junho. Pelo menos a mim dava-me muito mais jeito, também não sei porque mudaram a altura da Feira...
    bjs

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    1. Lá está, tanta gente a manifestar-se a favor duma Feira mais tardia, e não tentam alternativas. :S

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  4. Olaaaa,

    O corvo anda sempre desaparecido deste cantinho LOL.

    Bem vejo que aproveitaste bem este ano na feira do livro, realmente à que saber escolher bem, pois consegue-se boas compras.

    Caso queiras ler os livros que te faltam quer do Philip Farmer quer do Roger Zelazny diz que eu tenho ;)

    Boas leituras ;)

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    1. Estás à vontade para espreitar e comentar quando quiseres, às vezes não há muita disponibilidade e não te levo a mal por isso. ;)

      Sim, desta vez deu para aproveitar muitas promoções e trazer mais por menos, digamos. :D

      Obrigada pela disponibilidade, vou ver se consigo adquirir os que me faltam, se não vou aceitar a tua oferta. Afinal foi a tua defesa entusiástica destes livrinhos que me lançou na compra deles. ;)

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  5. Olá!Sou brasileira, do Rio de janeiro e li os seus posts sobre a feira do livro.Bem legal ela ser num lugar aberto, vi umas fotos dos quiosques por aí, demais.Aqui temos a Bienal do livro, e é num local fechado.E as pessoas fazem a festa com os escritores, o pessoal vem de outras cidades para conhecê-los.Estamos à espera de Incarceron, e nada.
    E tem chovido "brindes" nas editoras, adoramos marcadores de livros, bottons, ecobags, costumamos ganhar nos eventos.Eu vi a sua caneta Hush hush, legal.E você não é fotogênica, né?Os blogueiros aqui amam fotos, aparecem tanto quanto os livros = ) Bem, tchau.

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    1. Oi Raphaela, bem-vinda!

      Sim, aqui a Feira costuma ser num parque com jardins, muito bonito, e torna-se agradável passear no meio dos livros (excepto quando chove, lol). O Incarceron é um lançamento bem recente aqui, talvez seja publicado no Brasil em breve. ;)

      Os brindes ainda não são muito populares por aqui, para além dos típicos marcadores de livros, e da caneta do hush, hush, as editoras não têm apostado muito nesse tipo de coisa. :/ Realmente não costumo tirar muitas fotos minhas, nem nunca me tinha ocorrido tirar fotos com os livros. Digamos que sou tímida... ;)

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  6. É que aqui estamos acostumados a conhecer os rostos dos blogueiros, seja no blog, facebook, twitter, etc.
    Há uma editora que está para lançar Incarceron, mas nunca sai.E sei que aí já lançaram o segundo livro Ghostgirl, O regresso, e aqui nada.Algumas editoras são mais comprometidas, lançam logo, outras não, é preciso paciência.

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