quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Os meus desafios de leitura de 2013

E vamos à análise dos desafios de leituras a que me propus para 2013. Quero fazer um balanço dos mesmos, ver se correram bem, se não correram, o porquê de assim ter acontecido, se os quero repetir... preparem-se para um post grandioso. (Em mais do que um sentido, lol.)

Book Bingo

Livros lidos:

O Book Bingo foi iniciado em 2012 pela WhiteLady3 do Este meu cantinho..., e gostei bastante de participar nestes dois anos. É bastante divertido iniciar o ano a tentar atribuir os livros que leio às várias casas, mas vejo que há um efeito de erosão ao longo do ano, em que deixo de prestar tanta atenção ao cartão. Algumas categorias só as atribuí recentemente, apesar de ser a livros que já li mais para o início do ano. Além disso, já falei disso o ano passado, sou uma leitora de manias, e não consigo mentalizar-me para ler um determinado género que esteja no cartão. Sou demasiado indisciplinada com as minhas leituras, saltando de livro em livro conforme me dá a vontade de os ler. O resultado é que não consegui atribuir todas as categorias.

A minha falha está em Livro emprestado - parece mentira, mas este ano tudo o que li era meu - e Áudiolivro - ainda não foi este ano que me arrisquei a voltar a ouvir um livro em formato áudio. Apesar de tudo, consegui portar-me um bocadinho melhor que no ano passado. Fiz 23 casas, em vez de 20, e consegui fazer 8 das 12 linhas possíveis, em vez de 4 como no ano passado. Estive a pensar, e cheguei à conclusão que provavelmente não vou participar este ano que começa. É um desafio giro, mas não puxou por mim como esperava, em termos de leituras, e acaba por não ter tanto rendimento como eu acho que vou ter no início do ano.

YA Contemporâneo

Livros lidos:

All of the books! Ou nem tanto, mas diverti-me imenso a explorar este género. Descobri algumas boas autoras que vou continuar a seguir (Cora Carmack), ou encontrei autoras já minhas conhecidas a começar a escrever no género (Jennifer L. Armentrout, que consegue arrastar-me para ir ler o que quer que ela escreva).

E sobretudo, andei a espreitar um novo género que considerei parte deste, ou irmão gémeo dele - New Adult, em que os protagonistas têm mais de 18 anos e estão geralmente a aproveitar a experiência universitária. Em termos de idades e do ponto em que estão na vida, NA está mais próximo de mim que YA, por isso é divertido ler sob o ponto de vista destes personagens.

O ano passado li 8 livros, este ano 13 (número sortudo, hã?), por isso diria que correu bem. Vou definitivamente continuar com ele para o ano.

YA Fantasia Épica

Livros lidos:

Um regresso às origens, se é que posso pôr as coisas nestes termos. Adoro fantástico e comecei pela fantasia épica, por isso é bom andar a ler algumas coisas no género. Descobri autoras e séries novas que vou continuar a seguir, muito entusiasticamente (Leigh Bardugo! Cassandra Rose Clarke!), e continuei a ler autoras que me cativam (Juliet Marillier! Robin LaFevers! Sarah J. Maas!). Percorri novos mundos e mundos que já conhecia, e encontrei locais fascinantes. Li 11 livros, mais 6 que em 2012 (5 livros), por isso correu muito bem. Vou continuar para o ano.

YA Ficção Histórica

Livros lidos:

Este desafio vem dos tempos em que participava num challenge internacional dedicado ao género. É um género que apesar de não ser muito presente nas minhas leituras, me agrada mesmo. Divirto-me imenso a viver noutra época, a escolhida pelo autor para recriar, e tenho sido bastante surpreendida com o que me tem surgido à frente.

Nos anos anteriores tinha algumas dúvidas em fazê-lo, mas este ano acabei por juntar à lista livros que apesar de terem uma componente fantástica, estão tão enraizados na época histórica que descrevem que a conjuram eficazmente. Incluo por exemplo a Juliet Marillier, porque se inspira sempre numa época e espaço reais da nossa história que acaba por mostrar um pouco daquela cultura; ou a Libba Bray, que conseguiu mesmo fazer-me entrar nos loucos anos 20 com a sua história.

Em relação aos anos anteriores, li 10 livros, mais um que em 2012, mas menos que em 2011 (foram 15 livros), contudo, não fico desapontada. Estou a ir ao que considero um bom ritmo. Gostei bastante daquilo que li, e tenho vontade de continuar com este desafio para o ano.

Steampunk

Livros lidos:

Tão, tão fraquinho. Gosto imenso da estética e do conceito steampunk, mas este ano não me convenci a ler muita coisa no género. Ou praticamente nada, se pensar bem nisso. Tanto os livros da Cassandra Clare como os da Lia Habel e o da Elizabeth May têm elementos a modos que steampunk, ou variações do mesmo, mas o género em si não é o foco principal de qualquer dos livros.

E o pior é que não peguei em nenhum dos livros deste género que já tinha para trás, na pilha por ler. *facepalm* Eu porto-me tão, tão mal com estas coisas. Enfim... não é um desafio que ache premente continuar a fazer, mas sou teimosa e creio que vou continuar a fazê-lo para o ano.

Distopia/Pós-apocalíptico

Livros lidos:

Lancei-me neste desafio no fim de 2012, quase por impulso, e quando dei por mim estava num grupo do Goodreads, a fazer leituras conjuntas de livros destes dois géneros com outros leitores. Aliás, se não fosse por este grupo de gente fixe não teria lido tantos livros para o desafio, tenho a certeza. (Dois terços destes livros foram lidos nas leituras conjuntas.) Devo dizer que encontrei algumas boas surpresas (e uma ou outra desilusão), mas que no geral foi um desafio que correu muito bem, mesmo. Vou continuar este ano.

Desafios pessoais

  • Áudiolivros e não-ficção: não li nada. Não é que estes géneros sejam uma prioridade para mim. Não costumo ler não-ficção (a não ser que os companions de livros, filmes ou séries contem), e bolas, quanto aos áudiolivros, parece que fiquei mesmo traumatizada com uma má experiência há uns dois anos atrás. Mantenho-os como mini-desafios pessoais, mas não morro se não os fizer.
  • Quanto a histórias curtas, li 10 - 2 antologias e 8 contos ou novelas. É um pouco menos que em 2012, em que tinha apostado mais neste tipo de história. Talvez consiga fazer o mesmo este ano.
  • BD: Li 73 livros. Foi uma grande aposta deste ano. Estou a dar por mim a sentir-me mais à vontade a ler a Nona Arte e a apreciar melhor o que me chega às mãos. É um desafio para continuar.
  • Li 9 Clássicos. Melhor que em 2012 (4 livros), pior que em 2011 (10 livros), melhor que em 2010 (5 livros). Isto é sempre a oscilar, o que sugere que este ano haveria de ler menos que 9 livros... espero que não aconteça, mas não é uma coisa que possa controlar, e prefiro ir lendo clássicos que me suscitem interesse, do que ler clássicos só para dizer que os li, porque isso está destinado a correr mal.
  • Autores de outras nacionalidades: e com isto quero dizer autores não-anglo-saxónicos. Não incluo os portugueses, porque esses têm uma categoria/desafio à parte para eles. (A não ser a Rosa Luna, que meti nas duas categorias, porque lá porque eu acho que ela é portuguesa, não quer dizer que ignore o material promocional do livro, que me diz que é chilena.) Bem, nesta categoria contam-se 24 livros, de 8 autores diferentes. A maior parte dos autores é de banda desenhada, e só a Naoko Takeuchi conta com 12 livros (os 12 volumes de Sailor Moon). Fora a BD, e a Rosa Luna, que é um caso bicudo especial, temos o Stieg Larsson.
  • De autores portugueses li 5 livros. Infelizmente, não há muita coisa no panorama português que me cative ou chame a atenção, e a culpa é minha, por não me interessar mais. Ainda por cima, a minha tendência começa a ser para ler e comprar mais em inglês. A edição em português tem-me desiludido um pouco e dou por mim muito mais relutante em comprar livros em português. Isto parece que não tem nada a ver com o facto de não ler muitos autores portugueses, mas até tem, porque se cada vez tenho menos vontade de procurar comprar em português, isso faz com que a probabilidade de comprar e ler autores portugueses, que estão dentro dessa oferta, seja cada vez mais pequenina.
  • Li 1 livro em espanhol/castelhano. Não que fosse um desafio a que me tivesse proposto, mas acho que vale a pena registar quando me arrisco a ler fora do português e do inglês.
  • Li 97 livros em inglês. E isto é o destaque do ano, minha gente, no meio disto tudo. Pela primeira vez, li mais em inglês do que em português. Acho que tem a ver com a tal desilusão com a edição em português que mencionei ali em cima... e com o facto de que aquilo que eu gosto mais de ler por estes dias não ser assim tão popular por cá como isso.

E parece-me que é isto. Apesar de ser muito má a meter-me em desafios oficiais, quando me proponho a registar os livros que cumprem uma determinada característica, até faço um bom trabalho. O que quer dizer que tenciono continuar com grande parte dos desafios que aqui estão, talvez alargando um pouco o género (tenho alguns livros de ficção histórica que gostava de ler que não são YA, e se fizer um mini-desafio de ficção histórica, em geral, talvez me ponha a lê-los em breve).

Já participei em desafios internacionais, e conjuntos, mas em geral acabei por me desinteressar um pouco. Tenho conseguido portar-me melhor quando os desafios são pessoais, lançados a mim própria, sem pressões. Sou muito desgovernada para funcionar de outra maneira, lol. (A única excepção é o desafio das distopias, em que ler em leitura conjunta me tem motivado muito.)

Portanto, acho que é para continuar este tipo de desafios, no molde em que os fiz em 2013. Pelo menos fazem-me pensar no que leio e porque o leio. E deixam-me com vontade de me superar.

4 comentários:

  1. E viva ao Desafio das Distopias!=D

    E tanto YA lindo e maravilhoso *.* Temos de conversar sobre o Histórico...

    E que tal um Queen's minha desgraçada?xD

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    1. Temos de conversar sobre o Histórico? Em que sentido? :P

      O Queen's não sei se me meta nisso, 4 livros sobre rainhas parece tanto... mal tenho esse número de históricos cá em casa, quanto mais sobre rainhas. xD

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  2. Tambem quero ler pelo menos uns 2 em Castelhano. Alias, li tanto em Ingles este ano que tambem quero dar mais oportunidade aos livros traduzidos.

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    1. O meu em castelhano era uma BD, tenho mesmo que começar por algo mais simples, para me habituar à língua... mas gostava de ir experimentando ler mais umas coisas, para aumentar o meu à-vontade com a língua. :)

      Eheheh, eu ainda não estou nesse ponto, mas por este andar qualquer dia ainda vou dar por mim a ler tanto em inglês que até vou ter saudades do português. xD

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