segunda-feira, 23 de março de 2015

Curtas: X-Men, Journey into Mystery, Thor

X-Men vol. 1: Primer, Brian Wood, Olivier Coipel, David López
Este livro é tão curtinho! Mal dá para apreciar a história e os personagens antes de acabar. Normalmente os arcos de história deste tipo de BD ocupam mais números, 5 ou 6, e este só tem 4, sendo que os primeiros 3 contam uma história contínua e o quarto é mais uma espécie de epílogo. A razão para tal é muito simples, os números seguintes da revista entraram no evento Battle of the Atom, mas mesmo assim é uma pena que não tenha havido mais espaço para contar esta história.

Acho que o meu primeiro contacto com os X-Men deve ter sido aquela série de animação dos anos 90, em cuja equipa estava a Jubilee; e por isso, apesar de ela geralmente não aparecer muito na BD que eu tenha lido, acaba por ser um elemento muito presente da equipa para mim. E por isso é muito bom vê-la na equipa aqui retratada neste livro.

A ideia de uma equipa feminina é bem gira, especialmente porque gosto muito das personagens que a compõem. Nesta primeira história, voltam a encontrar um antigo inimigo, que desta vez não é o antagonista, mas o desenrolar deste enredo não é muito forte ou intrigante, porque não tem tempo para se desenvolver ou ser mais ambicioso.

A melhor parte da história é a formação da equipa, o juntar dos elementos num grupo que trabalha bem em conjunto. Há tensões e discussões e choque de personalidades, enquanto tentam levar a cabo a missão, algo que é bastante realista.

É muito interessante por exemplo ver uma situação em que a Storm mostra como é implacável na protecção da equipa, ao ponto de poder sacrificar alguém que pensam já não poder salvar (o que gera tensão com outros elementos), mas depois na cena a seguir arriscar-se para salvar outro elemento da equipa. É uma dinâmica com potencial para se contarem boas histórias.

Esta revista, ao que sei mais generalista, conta um arco de história centrado na Sif. A história começa com mais um ataque em Asgard, que deixa Sif frustrada pela destruição e pelas vítimas que deixa. Decidida a tornar-se uma melhor e maior protectora, vai a extremos na procura dessa demanda.

Parte do interesse aqui passa por conhecer melhor a personagem da Sif, o que é satisfatório, mas também ver o percurso dela por esta tentativa de ganhar armas para cumprir melhor a sua missão. O que a leva a perder-se um pouco, mas também é uma boa curva de aprendizagem e fascinante de acompanhar.

Contudo, o melhor deste livro é a arte. Tem um estilo clássico e intemporal, que combina bastante bem o desenhador (Valerio Schiti) com a artista responsável pelas cores. E é esta (Jordie Bellaire) que merece todos os louvores, porque grande parte das páginas dão muita vontade de olhar e suspirar de tão bonitas, pelo trabalho de cor. É uma pena que no geral os coloristas não sejam muito reconhecidos nos créditos das capas das revistas e livros onde trabalharam. É trabalhos como este que merecem todo oreconhecimento.

Thor: The Dark World Prelude, Christos Gage, Christopher Yost, Craig Kyle, Jason Aaron, Lan Medina, Scot Eaton, Ron Lim, Ron Garney
Este volume reune algumas histórias em preparação para o segundo filme do Thor. Tem um número da revista de BD mais recente do Thor, em que o personagem Malekith é reintroduzido na história - a razão da presença da mesma, já que o personagem também aparece no filme. Tem também um par de números que reconta a história do primeiro filme.

Ambos são relativamente interessantes; o primeiro porque conseguiu cativar-me, e num instante fiquei investida na história e com vontade de continuar. O segundo porque permite rever a história do primeiro filme, o que é importante para o que se segue.

No entanto, a minha parte favorita do volume são os dois números que funcionam verdadeiramente como prelúdio para o segundo filme, porque preenchem os detalhes e complementam o decorrer dos acontecimentos entre os dois filmes do Thor. Isso quer dizer que explicam o que é que alguns dos personagens andaram a tramar durante este espaço de tempo, incluindo durante o filme dos Vingadores.

E pronto, foi bastante satisfatório perceber onde andava o Thor enquanto não estava no grande ecrã, e perceber o que o Loki andava a tramar, ver quem sabia o quê, e até onde é que estava a Jane e o que fazia, incluindo a pequena menção que ela tem no filme dos Vingadores. De certo modo, as pontes todas foram bem atadas, e gostei muito disso.

Quanto à arte, é relativamente satisfatória, nada de extraordinário, mas o número de Thor: God of Thunder, aquele com o Malekith, é bem giro. Segue o estilo gráfico dos números anteriores, o que é recompensador. Gosto disso.

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