sábado, 24 de junho de 2017

Meg Cabot: Allie Finkle, volumes 4 a 6


Páginas: 240 / 208 / 240

Editora: Scholastic

E a "amorosidade" destes livrinhos continua. A sério, adoro a maneira como a Meg entra na cabeça duma menina de 9-10 anos. Faz mesmo sentido, em termos narrativos. As preocupações, os dramas, as pré-concepções, os erros, as piadas, a simplicidade da vida quando se tem essa idade, a responsabilidade de ser a mana mais velha, como se age com os seus pares. Muito giro.

O quarto volume, Stage Fright, é sobre uma peça que a turma vai encenar: foi a professora que escreveu e é sobre reciclagem, mas contada ao modo de um conto de fadas. Tem uma princesa como protagonista, e a Allie, como todas as meninas na turma, quer ser a princesa. Mas entre as suas amigas, a Sophie é considerada a candidata ideal, e a Allie não se acusa quanto ao seu desejo.

Depois de lerem para os papéis, Allie é escolhida para o papel da Rainha Má, o que a desaponta; mas o melhor de tudo é que ela descobre que é uma boa actriz, e que dando um tom cómico ao papel, consegue cativar as pessoas que vêem a peça. A história também é interessante porque mostra a Allie e as amigas a gerir egos e a ser um pouco, er, dramáticas.

Glitter Girls and the Great Fake Out é o quinto volume e foca-se num convite que a Allie recebe: para ir à festa de anos da Brittany, uma menina menos simpática da sua antiga escola. Seria um não óbvio para a Allie, excepto quando descobre que a festa vai ter todo o tipo de extravagâncias que a Allie queria experimentar.

A piada do enredo foca-se em dois pontos: a Allie tencionava, no dia da festa, acompanhar as amigas a um evento de majorettes em que a irmã mais velha de uma delas entrava (a Allie queria muito ir); mas acabar por inventar uma mentirinha e dizer-lhes que está a ser obrigada a ir. (E a mentira não fica completamente esclarecida, o que achei interessante. A Allie é honesta só até certo ponto, o que achei refrescante, ela aprender sobre mentir e tentar resolver as coisas sem magoar sentimentos.)

O segundo ponto... é que a coisa resulta mal. As meninas na festa (à excepção duma) são bastante más para ela e a Allie não se diverte, mesmo desejando tanto fazer aquelas coisas. E também isso é interessante, ela aprender a gerir a situação e como retirar-se dela.

O sexto volume (Blast from the Past) é sobre uma visita de estudo que a turma da Allie vai ter. A desvantagem é que vão partilhar a visita com o quarto ano da antiga escola da Allie. Onde estão as meninas más, a Brittany e a Mary Kay (também conhecida como a ex-amiga chorona).

Foi tão divertido, ler sobre o encontro entre turmas, e o choque entre alunos. As meninas más da antiga turma chocam com a Cheyenne e as meninas más da nova turma, o que foi hilariante de acompanhar. Além disso, a Allie tem azar com o grupo em que fica para o dia, e acaba com os dramáticos todos de ambas as turmas.

O que acaba por ser engraçado, por vê-la gerir os egos e os dramas entre personalidades tão diferentes. (Tenho pena do Joey, que é tão fofo mas acaba numa posição vulnerável. E destaque para o Scott e a sua mudança de atitude.)

Em adição, a Allie tem de lidar com um potencial sentimento de perda, pois a professora fica noiva e a Allie acha que ela vai mudar de casa e deixar de ser sua professora. E também temos o Mewsie, o gatinho da Allie, que "foge" e se esconde nas entranhas da casa (porque encontra um canto confortável), e a Allie tem de lidar com a ansiedade e a preocupação com o gato. (Por fim: este livro não me soou a um livro final. Parece ter bastantes pontas soltas que poderiam ser exploradas em livros futuros. Que estranho.)

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