X-Men: Battle of the Atom, Jason Aaron, Brian Michael Bendis, Brian Wood, Chris Bachalo, Giuseppe Camuncoli, Frank Cho, Stuart Immonen, David López, Esad Ribić
Para um evento que foi espalhado por 5
revistas diferentes dos X-Men durante 2 meses, a história é bastante
coesa, sem se engasgar, e corre muito bem. Fiquei com a sensação que
toda a coisa foi minimamente planeada.
Battle of the Atom
lida com a questão de os X-Men Originais ainda se manterem no presente;
e para resolver isso, alguns X-Men do futuro viajam até ao presente
para corrigir a situação. Para uma história com tanta acção e
reviravolta, o status quo não muda tanto como esperava, mas muda o
suficiente para me manter curiosa. A Kitty mudar de poiso depois de
tanta crítica ao Scott vai ser uma coisa interessante.
Parte
da piada da história é os personagens encontrarem-se com versões mais
antigas ou mais recentes de si mesmos e confrontarem-se com as mudanças
que foram operadas: certos personagens chegam a ter 4 (!) versões de si
mesmos no mesmo local. Achei terrivelmente divertido conhecer os vários
Bobbys/Homens de Gelo, e as piadinhas que iam largando ao longo da
história; e também ver o Quentin Quire, enfant terrible extraordinaire,
aperceber-se que o seu eu futuro é capaz de ser o seu maior pesadelo.
Oh, e as reacções da Maria Hill a cada vez que descobria mais uma
asneira/coisa perigosa que os X-Men tinham feito foram hilariantes.
Acho
que os escritores podem ter sido um pouco subtis a mais em certos
aspectos (a razão da Jean mais nova aceitar voltar ao seu tempo é
daqueles momentos blink and you'll miss it), e deixaram umas
pontas soltas que gostaria de ver exploradas, mas no geral fiquei
satisfeita, excepto num ponto: não posso uma vez na minha vida ver a
Emma dar um enxerto de porrada psíquica à Jean? Nem quando tem três
clones dela e uma Jean mais nova a ajudá-la? E quando depois a Jean mais
nova consegue fazer o trabalho sozinha, por isso a Jean mais velha não
era assim tão poderosa como isso? Bah, este endeusamento da Jean Grey é boring.
Wolverine and the X-Men: Alpha & Omega, Brian Wood, Mark Brooks, Roland Boschi
Ok,
o Quentin Quire é daqueles personagens que anda a arranjar sarilhos
desde que apareceu pela primeira vez, muitas vezes saindo incólume e sem
um pingo de arrependimento. Mas é por isso que é um personagem tão
divertido de seguir. Serve como uma representação da adolescência, todo
ele arrogância, revolta e anti-sistema. E é por isso que é tão engraçado
ver futuros Quentins em futuros alternativos, todos eles bastante mais
responsáveis e razoáveis. É interessante pensar no percurso que o leva a
mudar de atitude.
Bem, aqui o objectivo não é de todo
esse. Aborrecido e com vontade de executar uma vingançazinha contra o
Wolverine, o Quentin cria um mundo virtual alternativo quase perfeito, e
nele fecha a psique do Logan e da mutante Armadura/Armor, ou Hisako. Só
que o Quentin distrai-se por um bocadinho, e as coisas correm mal, e
quando dá por ele o mundo virtual tornou-se independente e ganhou um
tipo de inteligência artificial.
Gostei bastante do
design do mundo artificial. Os artistas envolvidos eram diferentes dos
do mundo real, e criaram um mundo bem cativante visualmente. Além disso,
achei muito interessante a sua concepção: lembrou-me um dos mundos
sonhados no filme Inception na maneira como funcionava.
No
fim de contas, acho que o Quentin devia ter sido mais castigado do que
foi, se bem que ele também sofreu um bocadinho no mundo virtual. Mas o
rapaz faz asneira atrás de asneira, apesar de todo aquele poder, e nunca
mais aprende.
New X-Men v. 7: Here Comes Tomorrow, Grant Morrison, Marc Silvestri
Era
uma vez, aquela altura em que a Devir editava muita banda desenhada e
vendia nos quiosques, e eu comprava o que encontrava na papelaria da
minha terra. Nessa altura, li quase toda a passagem de Grant Morrison
por este título dos X-Men, menos este livro, que nunca foi editado,
creio eu. E foi por isso que agarrei esta oportunidade para lhe dar uma
olhadela.
Acho que tinha aproveitado muito mais se
pudesse ter lido este livro na altura em que li os outros. Há coisas que
de certeza me escaparam, mas também houve muita coisa que reconheci
dessa série, pequenos pormenores que fazem parte da sua "mitologia"
particular. E foi mesmo satisfatório encontrar esses detalhes.
A
história em si podia estar apresentada dum modo menos confuso, acho que
leva um bocadito a estabelecer este futuro quase distópico, e é difícil
acompanhar a história enquanto não nos é explicado como é que este
mundo veio a acontecer. Por outro lado, aquilo que é revelado é
intrigante, fiquei bastante interessada quando reconheci algumas caras
da série, e acrescenta mais um pouco à mitologia da Fènix.
O
fim é algo anti-climático, ou melhor, não passa tempo suficiente no
presente para estabelecer as mudanças que se virão a efectuar, e depois
quando acontecem parecem um pouco abruptas. Mas aqui é bem provável que
seja mais porque não tenho bem presentes os acontecimentos anteriores de
New X-Men. A arte agradou-me, particularmente no design da Fénix.
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