quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Picture Puzzle #2

O Picture Puzzle é um jogo de imagens, que funciona como um meme e é postado todas as semanas à quarta-feira. Aproveito para vos convidar a juntar à diversão, tanto a tentar adivinhar como a fazer um post com puzzles da vossa autoria. Deixem as vossas hipóteses nos comentários, e se quiserem experimentar mais alguns puzzles, consultem a rubrica nos seguintes blogues: Cuidado com o Dálmata; Chaise Longue.

Como funciona?
  • Escolher um livro;
  • Arranjar imagens que representem as palavras do título (geralmente uma imagem por palavra, ignorando partículas como ‘o/a’, ‘os/as’, ‘de’, ‘por’, ‘em’, etc.);
  • Fazer um post e convidar o pessoal a tentar adivinhar de que livro se trata;
  • Podem ser fornecidas pistas se estiver a ser muito difícil de acertar no título, mas usá-las ou não fica inteiramente ao critério do autor do puzzle;
  • Notem que as imagens não têm de representar as palavras do título no sentido literal. 

Puzzle #1
Pista: título em português; se inverterem as imagens fica o título em inglês.

Puzzle #2
Pista: o título está na mesma ordem em português e em inglês.

Divirtam-se!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

As Mentiras de Locke Lamora, Scott Lynch


Opinião: No submundo de Camorr, repleto de bares e ladrões, prostitutas e órfãos, existem os Cavalheiros Bastardos, uma quadrilha de ladrões que rouba aos ricos, mas não para dar aos pobres; fazem-no pelo prazer de executar um bom esquema. Adoro filmes e livros com um assalto pelo meio e este livro não foi excepção, sendo absolutamente fantástico nesse aspecto, com todas as reviravoltas a que tive direito.

Mas Locke Lamora, o líder dos Cavalheiros, e criador exímio dos esquemas com que enrolam os ricos, tem um talento para atrair sarilhos que complicam o golpe actual, e rapidamente se vê envolvido numa guerra que não é a sua, que percorre o submundo de Camorr mas tem potencial para afectar toda a cidade.

Adorei o enredo cheio de complicações e reviravoltas, porque me surpreendeu completamente. Eu lia um bocadinho, pensava que a história ia enveredar para um lado, e acabava sempre por ir parar a um local inesperado. O livro dá-nos um elenco de personagens muito interessantes e variadas, e muitos com um sentido moral enviesado e uma boca mais suja que um esgoto. Parece estranho dizer isto, mas que refrescante é ver personagens a dizer asneiras a torto e a direito! (E que não são o típico herói santinho.)

Os livro também tem os seus baixos, ou melhor, coisas que me desapontaram. Achei-o em partes excessivamente descritivo, o que atrasou o ritmo do livro. Houve descrições interessantes no que toca a worldbuilding, particularmente no que toca ao passado deste mundo e às fantásticas descrições alquímicas. Mas as descrições geográficas aborreceram-me, principalmente porque não havia mapa disponível que me ajudasse a orientar.

Ah, e as descrições com comida são exageradas. Eu acho que não preciso de ler tanto sobre as sobremesas que a nobreza de Camorr come. Fiquei também desapontada com a recusa deliberada do autor em desenvolver uma personagem, Sabetha. Achei completamente irreal que ela, tendo a importância que teve e ainda tem, nem apareça num único flashback, e passei o livro todo a tentar perceber o que ia na cabeça do autor para fazer isto (o que por sua vez me dificultava a "imersão" na história).

Os capítulos finais foram muito emocionantes e espectaculares. Tanta, tanta coisa acontece que devorei as páginas finais em menos de nada. O livro acaba com um final fechado, sendo muito satisfatório como um stand-alone, mas de certo modo acabei o livro com uma sensação de "soube-me a pouco". Gostava de ler mais aventuras do Locke e do Jean, contudo acho que prefiro esperar.

É que apenas o segundo livro da série está já publicado, e a espera pelos outros volumes adivinha-se Martiniano (como em, típica do George R.R. Martin). Fiquei ainda com uma sensação estranha e difusa de que devia experimentar ler o livro em inglês, e que assim a leitura seria ainda mais satisfatória. Não é, de todo, uma crítica à tradução, apenas senti a falta de ler o livro em inglês.

Um livro que recomendo veementemente, tão excitante e divertido, e tão refrescante no vasto mar da fantasia.

Título original: The Lies of Locke Lamora (2005)

Páginas: 544

Editora: Saída de Emergência

Tradução: Ana Mendes Lopes

sábado, 25 de fevereiro de 2012

The Hunger Games Tribute Guide, Emily Seife


Opinião: Este pequeno guia leva o leitor através dos vários passos de selecção dos tributos para os Jogos da Fome. Lê-se como um folheto com comentários acerca da Ceifa (Reaping), do comboio que transporta os tributos, das instalações em que os tributos se preparam e são preparados para a arena, ou das entrevistas com o Caesar Flickman. Contém alguns pormenores bem interessantes que não sabia sobre todo o processo de selecção e preparação dos tributos e até bocadinhos sobre o passado de Panem. Mas o forte do livro são as fotografias do filme que o acompanham, dando uma melhor ideia do que nos espera.

Através das fotos fiquei muito curiosa para ver o "passeio" dos tributos e as entrevistas. Especialmente no primeiro caso, por causa das roupas ridículas que os tributos têm de vestir. (Devo dizer que as roupas dos Distritos 1 e 10 são hilariantes.) O centro de treinos é muito mais impressionante que aquilo que eu tinha imaginado. O único contra que encontrei nas fotos é quando ocupam duas páginas, porque devido à encadernação não dava para ver a parte central. (Numa foto a Katniss estava quase desaparecida.)

O livro tem um conjunto de fichas de tributos (vai ser muito útil no filme para ir riscando quem saiu da competição :evil:), com fotos e a identificação dos mesmos e alguns pormenores, quando disponíveis. Achei frustrante estas fichas dos tributos terem apenas a informação disponível no livro, isto é o nome ou idade ou arma usada quando tal foi revelado. Podiam ter-se dado ao trabalho de inventar nomes e idades para os tributos que não os tinham, até porque se lembraram de colocar em todos a altura (imagino que seja a altura do actor que interpreta cada tributo).

Um pequeno livro bom para os fãs e para ir aguçando a curiosidade antes da estreia do filme.

Páginas: 128

Editora: Scholastic

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Uma imagem vale mil palavras: Desperate Romantics (2009)

Baseada livremente no livro de Franny Moyle Desperate Romantics, a série segue a Irmandade Pré-Rafaelita nas suas explorações artísticas... e não só. A série vê-se quase como uma espécie de novela, porque muitas das explorações destes artistas envolviam avaliar em todos os sentidos a beleza das suas modelos.

Adorei o sentido de humor com que os escritores mostraram parte da vida dos iniciadores deste movimento artístico. Pode não ser completamente fiel, e condensa num par de anos o que aconteceu numa década, mas a série pinta uns personagens muito interessantes. O Rosetti, por exemplo, é o perseguidor de rabos de saia incorrigível. O Hunt, aquele que se debate entre a pintura e a tentação. O Millais, o menino bonito com a vida fácil. O Fred, o rapaz demasiado simpático que nunca tem sorte. Lizzie, a modelo que se torna artista da Irmandade e viciada em láudano.

A fotografia/cinematografia da série é fantástica. As cores da série lembram-me um quadro Pré-Rafaelita e são lindíssimas. Adorei os trechos sonoros, achei-os bem colocados e davam um tom divertido à série. E vibrava quando passavam o genérico. (Ajuda visual em baixo. Que acham?)


Fiquei muito curiosa em conhecer melhor a vida e a arte destes artistas, e tenciono espreitar o livro homónimo quando puder.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Picture Puzzle #1

Ora bem, também eu decidi juntar-me à diversão! O Picture Puzzle é um jogo de imagens, e começou com um post da jen7waters no Cuidado com o Dálmata que evoluiu para uma espécie de meme.

Como funciona?
  • Escolher um livro;
  • Arranjar imagens que representem as palavras do título (geralmente uma imagem por palavra, ignorando partículas como ‘o/a’, ‘os/as’, ‘de’, ‘por’, ‘em’, etc.);
  • Fazer um post e convidar o pessoal a tentar adivinhar de que livro se trata;
  • Podem ser fornecidas pistas se estiver a ser muito difícil de acertar no título, mas usá-las ou não fica inteiramente ao critério do autor do puzzle;
  • Notem que as imagens não têm de representar as palavras do título no sentido literal. 

Aproveito já para vos desafiar a juntar à diversão, tanto a tentar adivinhar como a fazer um post com puzzles da vossa autoria.

Puzzle #1
Pista: li o livro o ano passado.

Puzzle #2
Pista: bem, é um livro muito conhecido. Acho que não é preciso pistas.

Deixem as vossas hipóteses nos comentários, e se quiserem experimentar mais alguns puzzles, consultem a rubrica no Cuidado com o Dálmata, e no Spoilers and Nuts. Divirtam-se!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

My Soul to Save, Rachel Vincent

This book is for the Soul Screamers Reading Challenge, hosted by Fiktshun.


Review: I must say, this sequel does not disappoint. I loved every moment of it, and I'm not sure I'll remember to say everything I wanted to say about it.

In this book, Kaylee is learning new things about her bean sidhe powers, learning how to deal with her now-present father, and dating Nash. One thing I really liked about My Soul to Save is the sense of normalcy between the supernatural nonsense Kaylee has to face. Kaylee is trying to adjust to her role as daughter, now that her father returned, and faces her first punishments; and there are a few steamy moments between Kaylee and Nash, and Kaylee faces her own doubts about letting things go further.

Meanwhile, Kaylee finds out that some teenage stars are selling their souls for fortune and fame, and given what happened in My Soul to Take, she feels responsible. I found so funny the notion of a well known media company, "Dekker Media", ever present in films, series and music, selling their teen stars' souls. Thanks for setting the record straight on that, Rachel!

The plot's pace advances nicely, exploding in an ending I wasn't quite expecting. That is another thing I liked about this book (and the other books by Rachel Vincent I've read as well) - in Kaylee's world, everything has a price, and moral grayness, death and sacrifice may be a big, and very present, part of it.

There were some interesting character developments. Nash continues to be the lovely, adorable, gorgeous boyfriend, and though he doesn't pressure Kaylee, I can see how that may be a problem in the future between them, given Kaylee's doubts. Tod gains some depth in character, and I'm curious to see what happens next with him.

Pages: 384

Publisher: Mira Ink

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Soulless, Gail Carriger

This book is for the Steampunk Reading Challenge, hosted by Dark Faerie Tales. The english part of the review is at the bottom of the post.


Opinião: Confesso, começar este livro foi um pouco difícil. A Gail Carriger tem uma maneira estranha de narrar as coisas que acabava por me empurrar a mim, leitora, para fora da história quando me estava a embrenhar na mesma. Houve mesmo uma falsa partida há umas semanas, em que li umas páginas e deixei de lado porque não estava com a disposição certa.

Felizmente, desta vez lá insisti e adaptei-me ao livro, e em menos de nada estava a adorar este mundo que a Gail criou. Gostei muito do cenário, vitoriano, em que os seres sobrenaturais saíram do armário algures no período correspondente ao Renascimento. Há descobertas científicas mais avançadas, o que justifica a etiqueta steampunk do livro, enquanto se mantêm as morais vitorianas estritas.

Gostei muito do leque de personagens, acho que temos muitos personagens divertidos e bem característicos. Os meus preferidos são, claro, a Alexia (que, coitada, na minha cabeça estava sempre a trocar-lhe o nome por Alicia) e o Lord Maccon. As cenas com eles são tão divertidas, especialmente quando tentam ater-se às morais vitorianas e falham redondamente. Irritei-me com a família dela, que bando de snobes, sempre a classificar as pessoas com base no dinheiro e na beleza (ou o que eles acham que é a beleza, porque andavam sempre a atazanar a Alexia por causa do seu ar latino).

O enredo é a parte mais fraca, é fácil adivinhar quem é (são) o(s) vilão(ões), e ao mesmo tempo a história leva um bom bocado a desenvolver-se nessa direcção. Mas fiquei muito curiosa graças ao fim, e à nova posição da Alexia entre os pares do reino.

Review: I confess, starting this book was a bit hard. Gail Carriger has a strange way of narrating things that would pull me away from the story just when I was getting interested in it. I even tried to start the book a few weeks back, but put it aside because I wasn't in the right mood.

Luckily, I insisted this time and adapted myself to the book and its story, and loved the world created by Gail. I enjoyed the Victorian scenery a lot, in which supernatural beings have left the closet right around Renaissance. There are some advanced scientific exploits that justify the steampunk label, while there are still the strict Victorian morals at play.

I really loved the cast of characters, there are many fun, quirky and individual characters to choose from. Though I'm a fan of Alexia (poor girl, in my head I was always calling her Alicia) and Lord Maccon. Their scenes together are so funny, especially when they try to comply with the strict Victorian rules and fail completely. I was so mad at her family, what a bunch of snobs, always classifying people according to money, status or beauty (or what they think beauty is, because they were always needling Alexia for her Italian looks).

The plot is the weakest link in this - it's easy to guess the villain(s), and at the same time the story takes a while to move in that direction. But the ending left me quite curious, especially about Alexia's new position among the kingdom's best.

Páginas/Pages: 384

Editora/Publisher: Orbit

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Estou tramada... não?

As expectativas são horríveis. Deixam-nos super animados com uma coisa e se por algum acaso essa coisa não corresponde a elas, caímos num poço de desapontamento. É por isso que tento mesmo não as ter, particularmente no que toca a filmes. Quer dizer, os trailers são geralmente feitos para condensar as partes mais excitantes dum filme, por isso acho que dão por vezes uma visão algo distorcida do filme que nos espera.

E que dizer dos filmes baseados em livros? Talvez seja difícil conjugar a nossa visão da história com a do realizador. Talvez não. Na verdade, não tenho muita experiência disso. Das três vezes que um livro ou série de livros de que gostava muito chegou ao cinema, numa era demasiado nova para me preocupar com esses detalhes (estava demasiado excitada por ver o livro adaptado a filme), na outra só li a saga depois de ter visto o primeiro filme, por isso já tinha em mente o visual do filme, e no terceiro caso quando se chegou ao filme eu já não gostava assim tanto dos livros, por isso a minha atitude era na base do "façam o que quiserem, está tudo bem por mim".

Tenho tentado manter essa atitude com a vindoura adaptação de Os Jogos da Fome. É basicamente enterrar a cabeça na areia, mas preferi evitar todo o buzz e críticas dos treinadores de bancada (ahem, os fãs). Acompanho as notícias que saem, mas não ando em cima do acontecimento. Nesta era da internet, a primeira vez que vi o primeiro trailer foi no cinema, muito depois de ter estreado na web.


E pronto, está o caldo entornado. Vi o segundo trailer (vídeo abaixo) e reparei num pormenor aparentemente insignificante, mas que me permitiu esperar que os produtores tenham tido de facto atenção aos pormenores, mesmo os insignificantes. O trailer termina com um assobio ou melodia de quatro tons (o primeiro, em cima, também tem), que pelas descrições da Katniss nos livros tem de ser a melodia da Rue. E eu pensei "se se dão ao trabalho de produzir a melodia e incorporá-la no trailer, talvez isto seja decente".


Grrr, estou a ser tola, ligar a uma coisa tão estranha como esta, mas pareceu-me significativa no momento em que reparei. Até cedi à tentação e mandei vir aqueles companions para o filme - o Illustrated Movie Companion e o Tribute Guide. Folheio os livros, e vejo as imagens e penso "ohhhhh, pretty"... estão batantes interessantes, e têm um monte de imagens novas do filme.

Ok, estou adequadamente expectante. Façam o favor de não me matarem as expectativas com uma patada gigante, senhores produtores do filme.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Uma imagem vale mil palavras: Os Homens que Odeiam as Mulheres (2011)

Confesso que não fiquei muito convencida quando ouvi dizer que ia ser feita uma versão americana deste livro sueco. Pensei "lá está Hollywood a tentar arranjar uma coisa que não está partida..." Parece que não precisava de me preocupar, porque adorei esta versão de David Fincher.


Começando pelo genérico, que é fantástico visualmente, e acompanhado por uma versão da "Immigrant Song" que me ficou na cabeça. Bem, e acho que nunca mais vou ver uma certa música da Enya da mesma maneira. A banda sonora em geral ajuda a conjurar a atmosfera fria e inclemente em que se passa a história. Os cenários também são espectaculares, senti como se estivesse mesmo no meio da Suécia ali a morrer de frio. (Suponho que o frio que se sente nestes dias ajudou.)

O enredo tem umas pequenas adaptações que funcionam muito bem. Dão uma perspectiva diferente de alguns personagens. Para já, achei-os menos idiotas, isto é, o filme complementa bem a sua personalidade e motivações. Acho que percebo melhor porque é que o Henrik estava cego ao que realmente aconteceu com a Harriet. Ele simplesmente não fala com a família, e suspeito que está em negação sobre o assunto porque se sente culpado. O Mikael simplesmente meteu os pés pelas mãos no caso do Wennerström, e no filme vai parar à casa do Martin duma maneira menos estúpida.


A coisa mais diferente na história é o fim, aquilo que aconteceu à Harriet. Confesso que quando lá cheguei foi inesperado (apesar de já ter ouvido dizer que tinham mudado o fim) e fiquei um bocadinho a tentar perceber o que é que tinham mudado - mas num filme que já ia longo, faz sentido resolverem este pedacinho da história mais depressa, e fiquei satisfeita.

A Lisbeth está fantástica. É uma personagem tão complexa, oscilando na história entre os papéis de presa e predadora, sentindo-se tão real em ambos os papéis. Estou muito curiosa para ver (ler) o que aconteceu no seu passado.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Um Toque de Sangue, Charlaine Harris


Opinião: É um conjunto de contos muito interessante, que complementam a história principal dos livros da série. Acho que dá para ver que a Charlaine é uma escritora de mistério acima de tudo, porque cria aqui pequenos mistérios muito satisfatórios em que a Sookie se envolve. Deve ter sido das poucas vezes em que os contos de uma antologia não tiveram aquela característica de "soube-me a pouco".

A minha queixa principal é que esta é uma edição curtinha, com apenas 5 contos. Com tantos contos que a Charlaine já escreveu no mundo da Sookie Stackhouse, isso sim soube-me a pouco e foi desapontante.

Pó de Fada passa-se entre o quarto e quinto livros, Sangue Oculto e Sangue Furtivo, e segue a Sookie na resolução de um mistério com as fadas Claudine e Claude. Descobrimos o que aconteceu à terceira irmã deles, Claudette, e vemos a Sookie a fazer de detective.

Noite de Drácula fala-nos duma noite muito importante para os vampiros, a do aniversário do Drácula. Também acontece entre o quarto e quinto livros. Foi muito divertido ver o Eric tão excitado com a possibilidade de o Drácula vir em pessoa visitar o seu bar durante a festa.

Resposta de Uma Palavra Só deve ser o meu favorito do conjunto. Passa-se entre o quinto e o sexto (Traição de Sangue) livros, e nele o advogado da rainha do Louisiana traz más notícias à Sookie sobre a prima Hadley. Gostei porque vemos um lado malicioso da Sookie que não se vê muito frequentemente, ao forçar uma situação a seu favor, combinado com o seu discernimento ao aperceber-se do que realmente aconteceu à Hadley.

Sorte acontece a seguir ao sétimo livro, Sangue Felino, e põe a Sookie novamente no papel de detective, desta vez com a ajuda da Amelia Broadway. Achei interessante o conceito de sorte e azar explorado, até porque está relacionado neste conto com os poderes de bruxas, que é uma espécie sobrenatural que gostava de ver mais focada nos livros principais.

Presente Embrulhado desenrola-se depois do oitavo livro, Laços de Sangue, seguindo um Natal solitário da Sookie. Tive pena de a ver passar uma festa tipicamente familiar sozinha, ainda mais demonstrando ela ser uma boa samaritana durante o conto. O avô Niall traz-lhe um presente inesperado, mas não sei se sou fã do engano que permitiu a entrega desse presente.

Título original: A Touch of Dead (2009)

Páginas: 224

Editora: Saída de Emergência

Tradução: Renato Carreira

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Isto explicaria muita coisa...

... ou na verdade, apenas uma coisa em que estava a matutar hoje à tarde. Na semana passada, li um artigo sobre como a entrega do correio estava a ser atrasada. Nomeadamente, foi desta parte do artigo que me lembrei hoje, sobre o novo modelo de distribuição:

Mas afinal o que é a distribuição segmentada? Um carteiro tem determinada área e essa área, segundo este modelo, passou a ser dividida ao meio. Ou seja, num dia, o carteiro leva todo o correio (normal e prioritário) só à primeira parte da área e na outra metade entrega apenas o correio prioritário. 

No dia seguinte, na primeira metade entrega apenas a correspondência prioritária; e na segunda, todo o tipo de correio. E assim sucessivamente. Ou seja, o que podia ser entregue num só dia, acaba por chegar ao destinatário dois ou três dias depois, na melhor das hipóteses.

Basicamente, recebe-se correio prioritário todos os dias, e correio normal dia sim, dia não. Pois bem, tenho estado à espera duma encomenda grande vinda do Book Depository, e achei curioso ter recebido dois livros na 2ª feira, e um na 4ª feira - o que encaixaria com o tal esquema de receber correio dia sim, dia não. Por esta linha de raciocínio amanhã de manhã devo receber mais qualquer coisa.

O que me preocupa, além da irritação óbvia de o meu correio ser deliberadamente atrasado um dia graças a este novo modelo de distribuição, é o facto de recear também que os livros vão sendo, digamos, "detidos" e entregues aos bocadinhos. Dantes, pela minha experiência, livros enviados pelo BD no mesmo dia chegavam cá a casa mais ou menos no mesmo dia, o que originava por vezes receber três ou quatro livros ao mesmo tempo; desta vez, recebi no máximo dois (e é porque vinham dentro do mesmo envelope). Será que vou receber os livros ao longo de duas ou três longas semanas, um envelope de cada vez?

Enfim... sei que a vida está difícil, as pessoas andam pessimistas e sem vontade de prestar um bom serviço, mas a credibilidade de uma empresa está no tal bom serviço que presta às pessoas e na satisfação das mesmas. Com coisas destas, qualquer dia voltamos ao século XIX no que toca a entregas de correio.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Os Homens que Odeiam as Mulheres, Stieg Larsson


Opinião: Bem, a minha irmã anda há uns tempos a querer ir ver a adaptação cinematográfica deste livro que acabou de estrear, por isso cedi à minha relutância em ler o livro e lá o devorei em menos de nada. Número um: já não me lembro porque é que estava tão relutante. Número dois: já percebo o buzz em torno desta saga. Número três: parafraseando o Obélix, estes suecos estão doidos!

A escrita é despretensiosa e simples, mas cativante o suficiente para embalar o leitor. A história leva um bocadinho a arrancar (é preciso chegarmos a meio do livro para haver a primeira evolução no caso da Harriet), mas a partir daí flui muito bem, tornando a leitura compulsiva.

E é bem interessante ver um ponto de vista pouco comum em livros: a história é escrita por um autor nórdico, que aproveita para nos apresentar o seu país como o vê. A verdade é que por vezes escorrega um pouco para o tom doutrinário, mas também ajuda a criar o cenário.

Os dois enigmas que são desenvolvidos no livro, bem, tenho a dizer...


E lá está, é um momento histórico, é o primeiro gif (EDIT: não estou a conseguir fazer o gif funcionar na página, só carregando na imagem é que está a funcionar... mas perceberam a ideia) do blog - por isso posso garantir que a situação que o motivou é séria. Quanto ao primeiro enigma (não sei se lhe hei de chamar mesmo enigma), o porquê do Mikael Blomkvist não ter contestado a sua sentença em tribunal - foi revelado demasiado tarde. Passei o livro a pensar que o Blomkvist era um idiota, por se ter deixado cair na situação em que caiu, e a explicação não ajudou a dissipar essa impressão.

Quanto ao segundo enigma, sobre o que aconteceu à Harriet - logo no momento em que o Henrik Vanger estava a contar a sua história, a dar as várias hipóteses do que lhe podia ter acontecido e a eliminá-las - logo aí percebi o que tinha acontecido, e achei-o idiota por ter excluído essa hipótese. Não percebi logo o motivo do que lhe aconteceu, porque aí não havia pistas para isso, mas sim o como. Se bem que descobrir o motivo foi bastante estimulante e macabro ao mesmo tempo.

A Lisbeth Salander é o verdadeiro atractivo do livro, por ser uma personagem tão diferente e contraditória. É engraçado, a humanidade é geralmente uma trampa a lidar com estas pessoas na vida real (como o demonstra a história da Lisbeth), mas adora um inadaptado alienado na ficção.

Título original: Män som hatar kvinnor (2005)

Páginas: 544

Editora: Oceanos

Tradução: Mário Dias Correia (a partir do inglês)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

E um ciclo termina

Isto não tem directamente a ver com leituras, mas de certo modo até tem. Acabei hoje (finalmente) a última avaliação formal do meu curso superior no que toca às tradicionais cadeiras; agora só falta o estágio (e respectivas avaliações). Digo que tem a ver com as leituras porque me tenho sentido algo frustrada nas últimas semanas (aliás, quase o semestre todo): as avaliações e o trabalho que elas me deram têm-se arrastado duma maneira completamente ridícula, deixando-me bastante cansada, e claro, isso tem afectado por vezes as minhas leituras e até a vontade com que posto por aqui. Claro que tenho a noção que quando entrar em estágio o tempo ainda será mais escasso, mas por ora tenciono aproveitar o pouco tempo livre que tenho e descansar e ler muito.

Liebster Blog

A Carla do monster blues e a Rita do A Magia dos Livros (EDIT: e a slayra do Livros, Livros e mais Livros e a Filipa do O Labirinto dos Livros; EDIT2: e a Quigui do Spoilers and Nuts) foram umas queridas e passaram-me este selo, por isso agora, é a minha vez de passar:


As regras:
1 - Link de volta com o blogueiro que lhe deu;
2 - Cole o selinho no seu blog;
3 - Escolha 5 blogues para repassá-lo, que tenham menos de 200 seguidores;
4 - Deixar um comentário avisando que estão recebendo o selinho.

Aqui vão os blogues que vou cutucar... :P

domingo, 5 de fevereiro de 2012

When He Was Wicked, Julia Quinn


Opinião: Julia Quinn, you are evil. Mazinha com os teus personagens, mazinha comigo que tenho de sofrer (e impacientar-me) com eles... enfim. Neste livro é a vez da Francesca e de descobrirmos finalmente o que aconteceu para a tornar viúva, situação que é mencionada nos livros anteriores.

Gostei muito mais da maneira como a Julia lidou desta vez com o tema da morte de um esposo. Sentia-se mesmo os personagens a fazer o luto, mesmo 4 anos depois, mesmo nas coisas mais pequenas. É triste porque o John até parecia um rapaz simpático e por causa do estado em que a morte dele deixa as duas pessoas que mais gostavam dele - a Francesca, a jovem esposa, e o Michael, o primo-irmão-melhor amigo dele (que por acaso também estava apaixonado por ela).

Oh, a culpa em que o Michael se afunda depois do John ter morrido... até daria dó ele sentir-se tão culpado por estar a ocupar quase literalmente os sapatos do primo, mas depois ele decide fugir para a Índia porque não consegue estar no mesmo espaço que a Francesca! Ainda mais numa situação em que ela estava tão vulnerável. Se bem que, vá, é louvável que ele não se tenha tentado aproveitar disso.

Achei bastante divertido o estado de quase completa negação em que ambos se encontravam. Andavam os dois à procura de casar, mas a nenhum ocorreu casarem-se um com o outro até o Colin plantar essa ideia na cabeça do Michael. E por falar no Colin, o homem deve ter poderes mágicos! Já não basta estar em todo o lado, tem ainda que adivinhar o que vai na cabeça dos outros.

Gostei imenso que este livro se passasse ao mesmo tempo que o Romancing Mr. Bridgerton e que o To Sir Phillip, With Love, porque permitiu alguns cruzamentos giros entre as histórias. Pudemos ver de novo o baile em que a Lady Danbury lança o desafio para se descobrir a Lady Whistledown, e ver o Colin na noite em que pediu a Penny em casamento, e, melhor que tudo, ver a Francesca a receber a notícia de que dois irmãos já casaram ou vão casar, e ela fica tão zangada que o Michael finalmente consegue convencê-la a casar.

Adorei a química deste casal, se bem que não achava o Michael fosse do tipo de aguentar 6 anos apaixonado, pobre rapaz. No fim, lembra-se do plano mais doido de sedução... que resulta, dando-nos umas cenas... interessantes entre eles.

Estou super animada para ver o que se vai passar com a Hyacinth e o Gregory. E tenho uma exigência a fazer... que a Julia acabe os segundos epílogos todos e os publique num livro! Estou super curiosa, e gostava de ver em livro. Isso, e uma árvore genealógica completa. A que ela tem no site dá para ver quem teve filhos, mas só até ao quarto ou quinto casal, e depois fica muito incompleta.

Páginas: 384

Editora: Piatkus

sábado, 4 de fevereiro de 2012

My Soul to Take, Rachel Vincent

This is a re-read for the Soul Screamers Reading Challenge, hosted by Fiktshun.


Thoughts on the re-read: I found it as awesome as the first time around. I really like what Rachel Vincent did here, picking up an obscure mythological creature and creating a whole world around it. I loved to read about bean sidhes and reapers and the Netherworld, although I'm expecting to learn more about this last one in the next books in the series.

The cast of characters is pretty great. I can't pick a favorite one, they all seem layered and not cookie-cutter to me. I adored Emma, finally a decent best friend that cares about out heroine.

I really liked Kaylee's family, but they drove me nuts for different reasons. Sophie is just annoying with her cluelessness. Her aunt and uncle - well, I get why she ended up at the psych ward, they were worried with her, but they shouldn't have let her think she was crazy and just told her the truth. Her father lost the right to tell her when he ran away. I realize he couldn't face what had happened, but still. And I was disappointed at her aunt. I'm really curious to know more about the bean sidhe side of the family and their past.

I haven't read the following books yet, but I've heard whispers, so this time around I paid attention to both Nash and Tod. It's interesting to watch their sibling dynamics complicated by something out of their control. I still liked Nash and it was adorable seeing with Kaylee, but I was a bit suspicious at his motives and afraid to like him too much and be disappointed at a later stage. Tod really stood out this time, between the his reaper creepy persona and his nicer side who may have a soft spot for Kaylee.

The story, even though I knew the ending, still surprised me with it, because the guilty party is just so unexpected (at least to me, though I realized there were signs this time around). The plot has a nice pacing, between the mistery of those girls dying and the big revelations to Kaylee. Although I almost can't believe this only happened in like 3 days.

I'm really curious as to what happens next, especially amongst Kaylee's family, and I'm really excited to keep reading this series, I almost can't wait to read the next one.
Pages:368

Publisher: Mira Ink

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Aquisições - Janeiro 2012

Ora bem, este mês foi bastante recheado... em minha defesa, uma boa parte dos livros é a modos que presente de Natal atrasado, já que foram comprados com algum dinheiro que a minha avó me deu nessa altura.

- The Girl Who Was on Fire, antologia de ensaios sobre Os Jogos da Fome editada por Leah Wilson
Depois de finalmente ter acabado a trilogia d'Os Jogos da Fome, estou curiosa para ver o que os autores que participaram nesta antologia têm a dizer.

- Romancing Mr. Bridgerton; To Sir Phillip, With Love; When He Was Wicked; Julia Quinn; lido, lido e a ler
Julia Quinn, que mais há a dizer? Houve qualquer coisa (a minha curiosidade e crescente vício nesta série) que me obrigou a mandar vir estes 3 livros, primeiro um e depois os outros dois de uma vez, para não ficar a ressacar.

- The Iron Daughter, Julie Kagawa, lido
- Desires of the Dead, Kimberly Derting, lido
- Darkfever, Karen Marie Moning
Depois de ter descoberto que a editora portuguesa não tencionava continuar a publicar a série, dei o meu exemplar e mandei vir esta edição. Gostava de reler, para continuar a ler a série, já que suspeito que da primeira vez não gostei tanto como achava que ia gostar devido à tradução/edição.

- Passion, Lauren Kate, lido
- My Soul to Save, Rachel Vincent
Ia já ler este mês, mas depois descobri o challenge para ler a série. Tenciono ler em Fevereiro.

- A Rapariga dos Pés de Vidro, Ali Shaw
- As Raparigas que Sonhavam Ursos, Margo Lanagan
- A Estirpe, Guillermo del Toro, Chuck Hogan
- As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro Lado do Espelho, Lewis Carroll
Oh, a Fnac e as suas malditas promoções! Os primeiros três estiveram, num momento ou outro, na minha wishlist, por isso aproveitei estarem a metade do preço para satisfazer a minha curiosidade. E no caso do quarto livro, como resistir? Capa dura, as duas histórias com Alice, ilustrações, metade do preço... *suspiro*

- Acácia - Ventos do Norte; Acácia - Presságios de Inverno; David Anthony Durham
Aqui a culpa também é da Fnac. Estava o primeiro de oferta na compra do segundo e ainda trazia o tapete de rato da promoção que tinha quando saiu. Dado que o livro original foi dividido nestes dois, é de aproveitar.

- Um Toque de Sangue, Charlaine Harris
- Trevas Maravilhosas, Margaret Stohl, Kami Garcia
Comprados com aqueles descontos em cartão do Continente... ficaram-me por dois euros.

- Bruxa de Elite, Kim Harrison
- Fragmento de Cristal, R.A. Salvatore
O primeiro consegui numa pechincha e o segundo ganhei num passatempo promovido pela editora aquando da saída da revista Bang! 11.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Juliet Marillier em grande em 2012-2013

Parece que os fãs da Juliet têm muito que festejar no próximo ano. Para além do último livro de Sevenwaters, Flame of Sevenwaters, ter publicação prevista para Novembro de 2012, e o primeiro de uma nova série, Shadowfell, estar previsto para Julho (edição australiana) ou Outono (edição americana) de 2012, a Juliet anunciou no seu site que está prevista a edição de um livro de contos, tanto já publicados como inéditos.

3 livros num ano! Uau, até me dá uma coisinha má só de pensar. Estou muito curiosa com a antologia, espero que contenha os contos que a Juliet já publicou (é difícil adquirir as antologias australianas em que ela participou), e claro, que o livro venha a ser publicado em Portugal. Com o Shadowfell previsto para Julho na Austrália, estou com esperança que seja publicado aqui até ao fim do ano... *wishful thinking*