Um pequeno volume que reúne as histórias curtas escritas pela autora para a trilogia Delirium. Nunca me tinha atrevido a pegar nas mesmas, em parte por estarem em e-book, em parte por eu estar a evitar a série até ela estar publicada. Por isso, agora que a história está a chegar ao fim, achei que valeria a pena espreitá-las.
Gostei muito de as ler, pois complementam a história principal e ajudam a compreender a perspectiva destas três personagens nalguns momentos cruciais da história. São curtas que são realmente satisfatórias, que se lêem num instantinho, e que me deliciaram por permitirem entrar na cabeça das suas protagonistas.
Pergunto-me é porque é que acharam boa ideia publicar este livro, e a curta da Raven, ao mesmo tempo que Requiem, o último livro da trilogia. Teria sido uma melhor ideia terem saído um mês ou dois antes, para abrir o apetite aos fãs - tendo em conta que este livro inclui um excerto do Requiem, é inútil ele existir se eu no mesmo dia posso comprar este livro e o Requiem.
Hana passa-se ao mesmo tempo que Delirium e conta certos acontecimentos do ponto de vista da personagem homónima. Foi curioso, ver a perspectiva de Hana sobre esses momentos, e comparar as suas emoções durante esse Verão. Acho que muitos dos seus desentendimentos provêm da falta de compreensão uma da outra, e se se tivessem dado ao trabalho de conversar, as coisas poderiam ser diferentes. Não era fã da Hana, e continuo a não ser, especialmente por causa duma coisa que ela faz no fim. Se não tivesse sido já spoilada para o acontecimento, estaria pronta a espancar a Hana, assim estou só mesmo furiosa com ela.
Annabel segue a mãe de Lena e conjuga dois momentos: o antes, quando fugiu de casa e conheceu o marido, e o agora, na altura em que está presa nas Crypts e a preparar-se para fugir. Acho a história muito curta (a Hana tem quase o dobro do tamanho), o que não permite estabelecer a personalidade da Annabel, apenas ter um vislumbre. Mas as suas reflexões sobre a sua vida, o marido e as filhas cativaram-me.
Raven segue a mesma personagem num momento crucial do Pandemonium (aquele que se passa na clínica), com flashbacks para o passado, quando a personagem chegou aos Wilds. Gostei de a ver mais nova, do que aconteceu com a Blue, e de como conheceu o Tack. Dá para ter uma ideia um bocadinho diferente dela. Ainda a acho excessivamente dura, e isso transparece na maneira como contar a sua história, mas também dá para vislumbrar porque é que ela voltou para ajudar a Lena, e gosto disso. Acho curioso ver a capacidade de compartimentalização que ela tem, com algo pessoal a acontecer-lhe e ela capaz de desligar e fazer o trabalho. Suponho que a compreendo melhor, mas ainda não lhe acho muita piada.
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