segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Os Jogos da Fome, Suzanne Collins


Opinião: Cerca de 22 meses depois de o ter lido pela primeira vez, dou por mim a reler este livro. E porquê? 1ª razão: ainda não li os outros dois livros da trilogia e tenciono corrigir isso brevemente, agora que o 3º foi finalmente publicado; 2ª razão: o filme está para sair em Março, tenho que me apressar; 3ª razão: leitura conjunta com a jen7waters do blogue Cuidado com o Dálmata.

Apesar de já conhecer a história, todos os momentos que me fizeram engasgar ou emocionar ou assustar da primeira vez causaram igualmente uma impressão da segunda vez. A autora escreve dum modo que embala o leitor, e lança-nos um balde de água fria quando menos esperamos. Os Jogos da Fome, criados por um regime totalitário como entretenimento e modo de repressão duma sublevação da população, causam horror pelo conceito (24 adolescentes numa arena lutam até haver um vencedor), e um fascínio mórbido pelo destino dos personagens. É impossível não nos colocarmos no lugar dos mesmos e perguntarmo-nos o que aconteceria se estivéssemos no seu lugar.

A protagonista desta história é Katniss, uma jovem que desde cedo teve de se esforçar para sustentar a mãe e irmã. Esta releitura permitiu-me examinar mais a fundo esta personagem - deu para me aperceber melhor dos seus defeitos, mas também das suas qualidades. E, acima de tudo, de que é apenas uma adolescente lançada numa situação assoberbante e opressiva.

Quanto aos outros personagens, seria impossível desenvolver a personalidade de 24 tributos, mas através dos olhos da Katniss é possível caracterizar satisfatoriamente uns 8 (os outros morrem depressa demais para isso, coitados). O Haymitch, a Effie, o Cinna são outros personagens que marcam a história, apesar de não terem muito tempo de antena.

O que me leva aos interesses amorosos (eu sei, é patético obcecar com estas coisas quando um monte de miúdos está a morrer, mas isto é um livro YA, dramas amorosos são um must) - acho que a autora não fez um bom trabalho com o Gale, que também tem pouco tempo de antena, e aqui é uma pena, pois é menos desenvolvido comparando com os personagens acima. E especialmente comparando com o Peeta, "o rapaz do pão", que tem mais tempo para ser desenvolvido.

Estou tão curiosa para ver certas coisas em filme. Imagino que há cenas que devem vir a ser amenizadas, mas a história dá uma sensação cinemática, por isso acho que tem tudo para vir a ser um filme fantástico.

Título original: The Hunger Games (2008)

Páginas: 256

Editora: Presença

Tradução: Jaime Araújo

5 comentários:

  1. «os outros morrem depressa demais para isso, coitados» Lindo P7! Só tu! LOL
    Tenho mesmo de ler estes livros, ando em pulgas. ;)

    Bjs*

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  2. Lol, a verdade é que num livro destes, há sempre uns sacrificados que não ficamos a conhecer.

    Tens de cuscar os livros, agora já estão todos em português. Quando começares um não vais querer parar até ao terceiro! ;)

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  3. Oh man! eu no lugar na Katniss era a primeira a ir de vela mal começassem os Jogos, dava um passo e tau! trespassada por uma arma qualquer.

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  4. Lolol, acho que também era capaz de ser apanhada logo na carnificina da Cornucópia. Ou então, como não dou muito nas vistas, ninguém me achava uma competidora a sério, e ignoravam-me e eu fugia antes de me apanharem. Aí era apanhada pelas armadilhas dos Produtores dos jogos. xD

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  5. Yep! sem dúvida que de uma maneira ou de outra esperavam-nos mortes rápidas e violentas, éramos logo anunciadas como off the game no primeiro update *morbid*

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