Sinopse: Um druida profetizou no momento do nascimento de Deirdre que ela seria a mais bela mulher depois de Helena de Tróia e que, devido a essa maldição de beleza, os homens lutariam por ela e o reino seria dividido. Criada na floresta, em reclusão, Deirdre não recebe qualquer visita a não ser a do rei cujo desejo em que ela se torne sua mulher tornar-se-á numa obsessão. Baseado num célebre mito irlandês, a história de amor entre Maeve - a rainha guerreira - e os seus desamores.
Opinião: Deirdre cresceu quase reclusa, por ordem do rei dos Ulaid, com ideias de vir a casar com ela. Quando faz 17 anos, ele decide que é chegado o tempo de se casar com ela. Mas Deirdre, um espírito livre, apercebe-se que não precisa de casar com o rei se não o deseja, e convence 3 irmãos, Naisi, Ardan e Ainnle a ajudá-la a fugir e resolver a sua situação. Mas o rei, com a ideia fixa do casamento, rapidamente faz com que haja uma escalada de violência à volta do assunto, e Deirdre e os 3 irmãos não vêem outra hipótese senão fugir do país. Será que alguém verdadeiramente compreenderá o espírito livre de Deirdre? Será que ela poderá alguma vez ser completamente livre, e respeitada pelo que é?
Tendo por base um cenário/tempo/cultura muito parecidos com aqueles explorados por Juliet Marillier nos seus livros, este livro poderá agradar aos fãs da mesma. É uma história épica, com amor, amizade, intriga e traição à mistura; e é aparentemente baseada numa lenda céltica. Toda a atmosfera é bastante mágica e etérea, e há uma ligação muito forte à Natureza, especialmente por parte de Deirdre.
Mas... e há sempre um mas... não me consegui ligar a este livro. Não consigo perceber porquê. Eu gosto dos livros da Juliet Marillier (os que li, pelo menos), portanto não é da temática. O último livro da Juliet que li, li-o em 2 dias, tendo 400 páginas. Com este, já vou no 6º dia e só li 534 (o livro tem 624 páginas, salvo erro). Estou decidida a parar por aqui, pois li o suficiente para ver onde vai parar a história, e não me consigo ligar suficientemente à mesma para continuar a ler. Creio que a escritora tem uma escrita elaborada, mas não é por isso. Acho que é a maneira como ela conta as coisas: acontece muita coisa no enredo, mas a maneira como ela escreve as coisas parece muito "parada" e descritiva e por vezes parece mesmo que ela está a engonhar, e eu dou por mim a vaguear com os pensamentos para outro lado, porque não me consigo prender à história. Raramente me acontece isto num livro, e por isso estou desgostosa, porque também raramente deixo um livro por acabar, mas não consigo acabá-lo agora.
Outra crítica que tenho a fazer é a edição. Quer dizer, 25 euros? Se não tivesse ganho o livro num passatempo, não teria comprado o livro, ou se o fizesse provavelmente dava o dinheiro como mal gasto. E a sinopse está um bocado mal feita, pois
Baseado num célebre mito irlandês, a história de amor entre Maeve - a rainha guerreira - e os seus desamores.
A rainha Maeve é apenas mencionada no livro, que pega numa parte da lenda da mesma em que ela entra muito pouco, por isso dizer que é sobre a rainha Maeve é enganar o leitor. E a frase "a história de amor entre Maeve e os seus desamores" parece-me mesmo muito mal construida.
Em resumo, penso que posso recomendar este livro, particularmente a fãs da Juliet Marillier ou interessados nos mitos irlandeses, mas com alguma cautela para o tipo de escrita. Ou talvez seja preciso estar no estado de espírito certo.
Título original: The Swan Maiden (2009)
Páginas: 624
Título original: The Swan Maiden (2009)
Páginas: 624
Editora: Bertrand
Tradutor: Miguel Luz