sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A Floresta de Mãos e Dentes de Carrie Ryan

Sinopse: No mundo de Mary há verdades simples. A Irmandade sabe sempre o que é melhor. Os Guardiães protegem e servem. Os Excomungados nunca desistem. E tu nunca deves esquecer a cerca que rodeia a aldeia. A cerca que protege a aldeia da Floresta de Mãos e Dentes. Mas, aos poucos, Mary começa a pôr em causa as suas verdades. Ela está a conhecer coisas que nunca quis saber sobre a Irmandade e os seus segredos, sobre os Guardiães e os seus poderes. E quando há uma brecha na cerca e o seu mundo se transforma num caos, ela fica a conhecer melhor os Excomungados e percebe o quão implacáveis são. Agora, Mary tem de optar entre a sua aldeia ou o seu futuro, entre aquele que ama e aquele que a ama.

E também tem de enfrentar a verdade em relação à Floresta de Mãos e Dentes.

Poderá haver vida para lá de um mundo rodeado por tanta morte?

Opinião: Na aldeia de Mary, as coisas mantêm-se congeladas há várias gerações. Os Guardiães mantêm os Excomungados de fora da cerca, a Irmandade regula tudo o que se passa dentro da cerca. A aldeia é mantida em ignorância, pensando que são os últimos no mundo, sobrevivendo rodeados da Floresta de Mãos e Dentes e dos Excomungados. Mas Mary sempre sonhou com o mar, sobre o qual a mãe contava histórias.
 
Não faço ideia se gostei deste livro. Tem uma escrita contemplativa, e profunda, mas acaba por vezes por dar a sensação de que nada acontece no livro. A sensação opressiva que se vive na aldeia de Mary dá o tom para o livro, mas aquelas "ovelhas" de pessoas que faziam apenas o que era visto como correcto e sancionado pelas Irmãs deram comigo em doida.
 
A própria Mary é uma personagem dúbia. Cheguei a ler algures no livro ela a dizer que o Travis a completava, mas meia dúzia de páginas depois eles estão a discutir sobre como ele nunca será o suficiente para ela e que virá depois do sonho dela em relação ao mar. Grande coerência, hã? Respeito a rapariga por finalmente alcançar o seu sonho, mas aquele fim deixou-me um bocado deprimida por tal acontecer depois de tanta desgraça.
 
Suponho que a mensagem do livro é de não perder a esperança mesmo com tanta coisa má a acontecer. Mas acho que não consegui apreciar o livro em condições.
 
Título original: The Forest of Hands and Teeth (2009)
 
Páginas: 256
 
Editora: Gailivro
 
Tradutor: Rui Azeredo

4 comentários:

  1. Pensava que era só eu que de vez em quando chegava ao fim de um livro e não sabia se tinha gostado ou não :P

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  2. Rest assured, não és a única, não. ;) Lol, confesso que não é preciso muito para eu gostar dum livro, mas este deixou-me completamente no limbo. :S

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  3. Finalmente encontro alguém com uma opinião bastante parecida à minha em relação à história e à protagonista.

    A obsessão de Mary com o mar era cansativa! Fiquei cansada de ler tantas vezes como o desejava ver. E muitas das suas acções deixavam algo a desejar - tanto se contentava com Travis, como não o achava sufeciente para ser feliz. Durante o livro, duvidei se Mary não era bipolar.

    O fim do livro também me deixou depressiva. Depois de tanta desgraça, esperava por algo diferente. Ainda não sei se vou ler a próximo livro.

    Bjs ;)

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  4. Eu fiquei praticamente com a mesma sensação ao ler este livro. :)

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