quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Hex Hall de Rachel Hawkins

Sinopse: Um bilhete só de ida para um colégio interno perdido nos pântanos do Louisiana [sic - na verdade é na Geórgia e não é num pântano, é numa ilha] era talvez a última coisa que Sophie Mercer esperava receber pelos seus dezasseis anos. Mas Sophie não é uma adolescente igual às outras. Sophie é uma feiticeira e, tal como os outros prodigium, feiticeiros, fadas, lobisomens e vampiros, Sophie não pode frequentar uma escola normal. O que Sophie esperava ainda menos era ser companheira de quarto de Jenna, a única vampira da escola, e ver-se enredada numa trama para descobrir quem anda a assassinar os alunos da escola ao mesmo tempo que tem que lidar com os seus novos poderes, a descoberta da importância do seu Pai na hierarquia dos feiticeiros e a sua paixão pelo namorado da sua mais recente inimiga.

Opinião: Sophie Mercer é uma bruxa que tem vivido à parte do mundo dos Prodígios (bruxas, mutáveis e fadas), mudando muito de casa. Um feitiço que corre mal e a expõe como bruxa põe-na em Hecate Hall, ou Hex Hall, uma escola para Prodígios que fizeram algo para dar nas vistas no mundo humano. Em Hex Hall depressa descobre que está numa posição de desconhecimento em relação a muitos aspectos do mundo dos Prodigium. Há a posição única que o seu pai tem neste mundo (Sophie nem sequer conheceu o pai), ou o facto de haverem certos grupos de humanos dedicados a caçar e matar Prodígios.

Sophie vai-se ambientando aos poucos à escola, navegando entre os professores difíceis, as colegas-rufias-rainhas da escola e o típico bonzão convencido por quem a Sophie tem uma paixoneta (bem, duh! acho que não podemos realmente culpar a Sophie por isto - há sempre um rapaz, hmmm, interessante nestes livros). A Sophie tem uma voz altamente engraçada e sarcástica, com umas belas saídas, que dão outra luz ao desenrolar dos acontecimentos.

O facto de o livro se passar numa escola/colégio interno pode parecer cliché e afastar alguns leitores, mas pessoalmente não consigui resistir à Sophie. O ritmo da história pareceu-me bastante equilibrado e alguns personagens secundários pareceram-me bastante interessantes para eu querer saber mais deles. Praticamente devorei o livro para depois ficar... damn it! (ups momento Jack Bauer) ahem, pendurada daquela maneira nos capítulos finais. Adorei-os mas a cena final foi demasiado "cliffhanger" para mim. Estou para ver o que acontece a seguir.

Uma nota para a tradução, que não me pareceu das melhores. Topei com algumas frases confusas, daquelas que vejo logo que o autor escreveu com um sentido e vem o tradutor e atrapalha-se. Aparecem mais no início, mas são suficientes para quebrar um bocado a leitura.
 
Título original: Hex Hall (2010)
 
Páginas: 240
 
Editora: Gailivro
 
Tradutora: Maria João Freire de Andrade

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