Opinião: Que saudades de abrir um livro da Anne Bishop... Mal abri o livro dei por mim mesmo embrenhada na história, virando as páginas rapidamente. Esta história passa-se cronologicamente a seguir aos livros Teias de Sonhos e Jóia Perdida (creio que há menções a acontecimentos de ambos os livros).
Com o território de Dana Nehele devastado, os Príncipes dos Senhores da Guerra procuram uma Rainha que possa reger. Felizmente para nós, os pobres coitados vão pedir ajuda à família SaDiablo que rege em Kaeleer. Infelizmente para eles, o tolo que vai pedir ajuda é Theran Greyhaven, descendente de uns personagens presentes em Anel Oculto, mas também um bronco, obtuso e demasiado dependente das aparências (ele foi capaz de ficar ofendido por duas Rainhas em Kaeleer usarem respectivamente, oh horror, cabelo curto e calças).
Entra em cena uma Rainha sem corte, Cassidy. Fiquei algo chocada pela maneira como a sua corte se "livrou" dela, apenas por não ser suficientemente bonita e ambiciosa para os seus padrões. É ela que vai para Dana Nehele como Rainha. Infelizmente, tem o bronco do Theran a atazanar-lhe o juízo e a julgá-la pela aparência durante o resto do livro. Felizmente o Theran tem um primo, o Gray, que tem algumas cicatrizes (emocionais e físicas) por ter sido torturado há uns anos, mas que não deixa de ser um rapaz adorável e que com a chegada de Cassidy dá finalmente um salto na sua evolução emocional.
A família SaDiablo continua a ter um papel bastante relevante na narrativa e a aparecer vezes suficientes para me deixar muito satisfeita. Adorei os momentos de intervenção deles com as pessoas de Dana Nehele - como quando o Lucivar vai a Greyhaven ver se está tudo bem, ou quando Cassidy, Grey e Theran vão à Fortaleza jantar com os SaDiablo. E achei muita piada à cadela sceltita Vae - pode ser que consiga ensinar maneiras ao Theran. Também achei alguma piada aos mal-entendidos que se geravam na Corte de Cassidy devido ao seu Primeiro Círculo ser um bando de nabos e não saber nada de Protocolo.
O livro acaba com uma descoberta incrível que poderá, espero eu, mudar as coisas em Dana Nehele, mas deixa bastante em aberto para ser desenvolvido no livro seguinte, A Senhora de Shalador. Felizmente já o tenho em casa e não preciso de morrer de curiosidade por muito tempo. Em suma, adorei voltar ao mundo das Jóias Negras, sendo que penso que este livro está ao nível do que a Anne Bishop tem escrito neste mundo. Terminei o livro muito satisfeita.
Título original: The Shadow Queen (2009)
Páginas: 336
Editora: Saída de Emergência
Tradutora: Cristina Correia
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