Opinião: Neste segundo volume da série The Demon Trappers, a história começa quase imediatamente no ponto em que o outro livro terminou, dando o mote para o livro: vai ser uma viagem alucinante, aprofundando os temas abordados no 1º livro.
Com efeito, o enredo adensa-se à medida que descobrimos mais sobre os personagens e sobre o que aconteceu e o que está para vir, enquanto que novas adições à história contribuem para complicar a vida a Riley, a protagonista. Começo a ver uma imagem geral da história que me intriga e deixa curiosa em relação à maneira como a autora vai desenvolver a história no 3º livro.
A mitologia e o world builiding aprofundaram-se duma maneira que me agradou muito. Aquilo que descobrimos sobre o Apocalipse, e a dualidade Céu-Inferno, ou anjos-demónios, é bem interessante. Os Demon Hunters fazem finalmente uma aparição, e dada a sua rivalidade com os Demon Trappers, acabam por trazer apenas problemas, e não soluções, a Atlanta.
Gostei de descobrir mais sobre o grupo dos necromancers/summoners através do personagem Mort. Também gostei de ver Peter, o amigo de Riley que estava à parte deste mundo de caça aos demónios, fazer um esforço por se envolver mais no mundo de Riley.
A Riley, como protagonista, é das minhas favoritas. É esperta, costuma tomar decisões sensatas, tem problemas como uma miúda normal. Seria tudo perfeito, se ela não tomasse as piores decisões de sempre no que toca a relacionamentos amorosos. Primeiro, o Simon. Não quero gabar-me que tinha razão, mas, bem, eu tinha razão. O rapaz fez jus ao seu nome e à minha teoria (os Simons são sempre idiotas e os que seguram a vela) e perdeu a cabeça.
Depois, o Ori. Outro sobre o qual eu tinha muita razão, e ainda mais razão do que achava que ia ter (eu sei, isto não fez muito sentido). Nem sei como é que a Riley não estava a ver o que este andava a tramar, porque nas últimas cenas com ele eu tinha os meus alarmes a soar a altos berros. Aliás, todas a interacções com ele me soaram a... falsas.
E há ainda o Beck. Adoro ver as cenas da Riley com o Beck, porque os dois se conhecem há imenso tempo, compreendem-se um ao outro muito melhor do que pensam, mas não conseguem deixar de implicar um com o outro. É uma tortura. A Riley continua a equivocar-se acerca dele, e só no fim do livro é que se apercebe dumas coisas, mas caramba, de certo modo foi too little too late.
Quanto aos capítulos finais, foram muito estimulantes, e conseguiram deixar-me um pouco em pulgas, já que algumas situações ficaram em suspenso. Mas dado que o próximo livro está a dois meses de distância, acho que vou conseguir não morrer de curiosidade.
Enfim, um segundo livro muito satisfatório. Diverti-me bastante e fiquei ainda mais cativada por este mundo de trappers e hunters de demónios. Acho que a autora consegue dividir bem a história pelos momentos engraçados e pelos momentos sérios, criando um livro que me faz virar as páginas à velocidade da luz.
Conto: Retro Demonology
Este conto relata a primeira captura de um demónio da Riley a solo. Permite fazer uma breve introdução do mundo e das regras no que toca a demónios. Achei algo irónico a ligação que este conto faz com o primeiro capítulo do primeiro livro, pois a Riley tem em ambos alguns problemas em capturar um Bibliofiend, um demónio de nível 1.
Uma história divertida e um complemento giro, mas felizmente que era gratuito, porque a recente moda de algumas editoras americanas lançarem um conto em versão e-book antes da série principal ser lançada e fazerem as pessoas pagá-lo parece pouco razoável. Se estão a tentar divulgar uma nova série de livros, faz mais sentido o conto ser gratuito, penso eu.
Páginas: 432
Editora: Macmillan
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