segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Wicked Lovely - Frágil Eternidade, Melissa Marr


Opinião: Seria de esperar que, depois de Beira ter sido derrotada e Aislinn assumir o trono da corte do Verão, o equilíbrio entre as cortes féericas fosse restaurado. No entanto, as rivalidades entre as cortes estão ao rubro; e Aislinn e Seth lutam para fazer sentido da sua relação, agora que ela tem a eternidade e ele... bem, ele é apenas um frágil mortal.

Neste terceiro livro da série, as fadas de Melissa Marr continuam tão tortuosas e manipuladoras como sempre, que é o que me agrada nestes livros. Toda a política entre as quatro cortes (Verão, Inverno, Trevas e Suprema) fascina-me, o modo como os monarcas de cada uma são calculistas e medem aquilo que vão fazer ou dizer, apesar das fadas não podem mentir.

Gostei de poder ver mais um pouco das cortes do Inverno, e especialmente das Trevas, pois o Niall é um dos meus personagens favoritos. Não gostei da corte do Verão, do modo como afinal têm uma rainha mas está tudo desequilibrado à mesma. (Talvez porque têm uma rainha? Não estou a desmerecer a existência de uma rainha, mas todas as outras cortes têm apenas um monarca e não vejo como ter o poder dividido por duas fadas vai ajudar as fadas do Verão.)

Gostei de conhecer a Corte Suprema, é a primeira vez que aparece e achei a Sorcha bastante interessante. Gostei da relação que cria com o Seth quando este a procura, não é a típica relação fada-mortal. Adorei o Seth neste livro, vê uma oportunidade para ter o que quer e agarra-a.

A Aislinn, por sua vez, estava a irritar-me um bocado, dividida entre o Seth e os deveres para com a corte, e a ficar tão abatida quando o Seth "desaparece". Esperava que ela ganhasse algum do desprendimento das fadas, e não que ficasse mais fraca de espírito. Acaba por estar demasiado cega às manipulações à sua volta e por se deixar meter, a tola, numa situação indesejável com o Keenan - que por sua vez também está a exagerar um bocado no papel de playboy instável. Com as coisas que ele arma não sei como é que a Aislinn ou a Donia o aturam.

Quanto ao fim... estava mesmo a ver que a Aislinn ia fazer asneira. Ao menos o Seth terá agora modo de provar o seu valor. O final fica meio em suspenso, e é uma tortura pensar que as coisas só vão mesmo acabar no quinto livro, mas também estou curiosa para ver em que personagens se foca o quarto.

Adicionado a esta edição está também um dos contos da autora, Parar o Tempo, o que é de louvar, porque é difícil aceder a contos publicados pelos autores fora do formato físico do livro. Gostei mais do conto, porque revisita personagens do Tatuagem, que foi até agora o livro que mais gostei. O triângulo Niall-Leslie-Irial é bastante complexo e um que gostava de resolver, mas não vejo maneira de tudo terminar satisfatoriamente para todos.

Título original: Fragile Eternity (2009)

Páginas: 336

Editora: Saída de Emergência
Tradução: Maria João Trindade

7 comentários:

  1. Não posso comentar o Wicked Lovely**

    ...mas, posso dizer: estás a ler o Mockingjay. OMG. (primeiras impressões, pode-se saber? ;D)

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  2. Bem, neste momento só posso dar últimas impressões... já acabei. ;) Na verdade, quando pus a imagem ontem já a menos de um terço do fim. :D

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  3. Muahahahah! Lol, estou a "marinar" a minha opinião, digamos. Amanha logo deixo um texto completo. ;) Posso dizer que gostei, mas acho que tive a sorte de ter as minhas expectativas apontadas para o sítio certo.

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  4. Evil :p
    Pois, deviam estar baixinhas, baixinhas -- que sorte... eu fui a pensar que ia ser um final completamente WOW!

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  5. Não é bem à "altura" das expectativas que me referia, na verdade nem sei muito bem como estavam. Referia-me mais ao conteúdo. Com as reviews que tinha lido, acho que toda a gente estava à espera que a Katniss desse porrada a torto e a direito e que o fim fosse glorioso e que desse uma sensação de missão justa e cumprida. Em vez disso temos uma heroína quebrada, uma guerra travada com meios duvidosos e uma pessoa fica no fim a perguntar-se se tudo aquilo valia a pena. Acho que isto me agradou porque há poucos livros assim, em que tudo corre mal.

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