Opinião: Estou aqui a revirar-me para dizer o que achei deste livro. Juliet, porque é que tens sempre de me dificultar a tarefa de opinar sobre um livro??? Bem, este livro começa mais ou menos onde o outro acabou, com o Faolan a tentar cumprir as três tarefas a que se propôs. Tarefa número um - encontrar a família do Deord, personagem do livro anterior. É aqui que basicamente descobrimos um talento escondido do Faolan - tropeçar em mulheres ensarilhadas. Conhece(mos) a Eile, uma jovem com um passado (e presente) terríveis, mas que tem coragem de se libertar dos mesmos - ainda que de uma maneira duvidosa. O que gostei mais nesta personagem é que apesar de tudo o que lhe aconteceu, conseguiu manter a sanidade e algum grau de dignidade e criar uma miúda adorável, com 3 anos, a Saraid.
Adiante. O Faolan e a Eile acabam por viajar juntos porque a tarefa número dois é visitar a família dele, e aqui damos com outra mulher ensarilhada - a Viúva. Sobre esta, só tenho a dizer: síndrome de Estocolmo. Ah, e que foi a responsável directa por um dos momentos em que eu quase tinha um ataque cardíaco só de ler o que se estava a passar. Para quem leu, estou a falar duma cena em que o Faolan está lá na cela e eu começo a gritar cá para mim "para que é que estás a rasgar a camisa? porque é que estás a atá-la? ah o que é que estás a fazer NÃAAAOOOOOO!!!!" e depois abençoadamente a Eile entra em cena.
*respira fundo* Adiante. A tarefa número três é resolvida mais ou menos durante o Inverno/Primavera, com a travessia até Fortriu. É com a caminhada até Monte Branco que estes dois se aproximam, dando-nos alguns momentos fofinhos. (Mas também um em que eu estava dividida entre ficar boquiaberta com a desenvoltura da Eile ou partir-me a rir com um seu pedido... inusitado. Go Eile!) Pelo meio disto, temos algumas cenas em Monte Branco na corte, em que os sarilhos se empilham aos pés do Rei Bridei. Gostei mais destas cenas neste livro porque estavam bem encaixadas com as do Faolan/Eile. Com destaque para a "crise" do Broichan e seu consequente desaparecimento.
Em Monte Branco conhecemos também a mulher ensarilhada número três - Breda. Sobre esta, tenho muitas coisas a dizer, e provavelmente com uma linguagem altamente colorida, por isso vou abster-me de comentar. Se bem que ela é a responsável por eu ter lido as últimas 200 páginas desta edição praticamente a abrir, de tão emocionantes. E aqui tenho de fazer um parêntesis e dizer que adoro os miúdos que aparecem neste livro, Saraid e Derelei. A Saraid porque anda sempre com a boneca atrás e lhe chama Sorry (Saraid) e chama ao Faolan Feeler. O Derelei porque também ainda não sabe pronunciar bem nomes e chama ao Broichan Bawta, e porque mesmo com dois ou três anos consegue fugir do castelo e ir à procura do Broichan. O miúdo é genial! Para além de desejar que a Juliet Marillier escreva um livro com a Ferada, agora estou também desejosa de que escreva um livro do tipo Crónicas de Bridei: The Next Generation. Porque ver os filhos crescidos de quaisquer dos três casais principais destes livros seria altamente espectacular.
Bem, entretanto já perdi o gás, e já não sei que mais maravilhas deste livro enumerar. Em nota final, acho que este livro vai ficar entre os meus favoritos da Juliet, juntamente com O Filho de Thor. E se os livros de Sevenwaters forem ainda melhores que isto, eu sou capaz de cair para o lado por too much awesomeness.
Título original: The Well of Shades (2006)
Páginas: 784 (edição de bolso)
Editora: Bertrand
Tradutores: Irene e Nuno Daun e Lorena
Yey!! Como vês, nós não mentimos, é preciso ler O Espelho e o Espada para chegar ao Poço! Este livro é o meu favorito da Juliet! Quer dizer, O Filho das Sombras tem o meu amor, mas este é o melhor! Já disse que quando o acabei andei uma semana com o livro na carteira porque não me queria separar dele? E a ler passagens de vez em quando, ou simplesmente a olhar para ele? *doente*
ResponderEliminarAdorei a forma como uma personagem secundária (mas determinante) no primeiro livro, evoluiu para este protagonismo soberbo. Ai Juliet, Juliet...
Se não me engano a Juliet falou de facto num livro seguinte incluir a geração seguinte, nomeadamente Derelei e Saraid.
E pronto, fico muito contente por teres gostado :D
Quanto a Sevenwaters, é muito awsome, sem dúvida. Só acho que devias ter lido ao contrário para apreciares a evolução da Juliet enquanto escritora, de uma saga para a outra notei a diferença.
E já compraste a trilogia não foi? :D
Ah-ah! Vês porque o Poço é o preferido de muita gente dos livros da Saga? É mesmo isso "too much awesomeness" ...os bebés são as coisas mais fofas (a Juliet deve ter escrito isto quando começou a ser avó) eu derretia-me sempre que a Saraid chamava pelo Feeler. (Ele fica ainda mais maravilhoso quando mostra aquela faceta de pai, não fica?)
ResponderEliminarEu também ia adorar um livro com a Saraid, o Derelei, a mana dele e possivelmente os filhos da Eile e do Faolan (eles tem que reproduzir um com o outro, não é), todos já crescidos.
Nem te deves ter lembrado da Ana e do Drustan, pois não? Mesmo eles estando presentes no livro, não interessam, só se quer saber da Eile e do Faolan xD
Dos melhores livros da autora, sem dúvida. & Adoro que tenhas adorado! Tens que ler Sevenwaters! Cais mesmo para o lado! :')
Agora quero mesmo ler este livro!!!
ResponderEliminarmesmo mesmo mesmo!
Pode parecer absurdo, mas li a trilogia Sevenwaters, já a saga das Ilhas Brilhantes e li o primeiro das Crónicas de Bridei e não continuei a trilogia. Comecei a ler outros autores e depois só li o Herdeiro de Sevenwaters e o Segredo de Cibele (que encontrei com um desconto enorme e comprei-o logo).
É uma das minhas escritoras preferidas, e depois da opinião da p7, seguido dos comentários da Cat SaDiablo e da jen7waters fiquei a sentir que perdi o melhor dela! :s
Tenho mesmo de ler o resto das Crónicas de Bridei!!!!!
@ Cat SaDiablo, também andei uns dias de ressaca, a tentar perceber o que é que havia de dizer sobre o livro. É tão mais difícil comentar quando gostámos muito!
ResponderEliminarAh, eu da Juliet fui comprando o que saía novo, seja o Sangue-do-Coração, ou estes em edição de bolso, por isso Sevenwaters acabou por ficar para o fim. E como em reviews de outros livros da Juliet pela net há sempre uma comparação qualquer com Sevenwaters, fiquei um pouco receosa de os começar. :P Ainda não os tenho. Queria ter comprado na Hora H da Feira do Livro, mas não haviam. :( Talvez tenha de recorrer ao BookDepository. :D
@ jen7waters, finalmente percebo porque é que toda a gente fala *sempre* do Faolan quando se menciona esta saga. As cenas com a Saraid eram tão fofinhas. :D
Ah, um livro com os miúdos crescidos seria demais! *crosses fingers* Se a Juliet pudesse escrevê-lo... Mas anda a escrever a série nova, e mais um livro de Sevenwaters para além do Seer... Grrr.
Por acaso lembrei-me deles, mas como não lhes acontece muita coisa neste livro, e o que acontece é triste, ficou sem menção. Mas sim, nem me lembrava deles se não aparecessem para levar a Eile de Pitnochie a Monte Branco. xD
@ Kel, quando tiveres oportunidade continua esta série. O "A Espada de Fortriu" foi algo frustrante (mas muito bom à mesma) de ler para mim, mas este foi de rebentar a escala! Valem ambos muito a pena, mas prepara-te para emoções fortes. Para mim um livro da Juliet acaba por ser como uma montanha-russa. ;)
Eu junto-me ali à Cat e à Jen na cantoria de "I told you so" :D Este livro é mesmo muito bom e está par a par com o Filho das Sombras (o 2º de Sevenwaters) no meu top da Juliet. É que tem tudo: Momentos aww, momentos que te partem o coração, momentos em que quase te apetece atirar coisas às personagens e chamar-lhes uma quantidade de nomes muito feios, momentos em que te partes a rir.
ResponderEliminarSó uma pergunta, O filho de Thor foi o primeiro da Juliet que leste?
@ Quigui, que bem que descreveste este livro com esse comentário dos momentos. É que a minha leitura foi mesmo algo do género, sempre entre querer dar festinhas aos personagens ou atirar o livro contra a parede. xD
ResponderEliminarSim, foi o primeiro. Comprei naquelas edições de bolso da Bertrand/11x17 porque nunca tinha lido Juliet e não sabia o que esperar. Foi bastante emocional para mim, não sei porquê. Mas ri-me, chorei, sofri com as personagens. Um pouco como este, mas este foi... espectacular. :D
Acho que o primeiro livro que lemos da Juliet nos deixa sempre assim. É como descobrir um mundo novo, algo tão bom, que o primeiro é sempre especial (e o segundo, e o terceiro, e...). O filho de Thor li-o depois de acabar a trilogia inicial de Sevenwaters e senti-me um bocado à nora no inicio. Onde estavam as minhas personagens favoritas? Que mundo era aquele? Vikings? Apesar de não gostar tanto como de outros da Juliet, como os de Sevenwaters e estes das crónicas de Bridei, continuo a adorar a saga das ilhas brilhantes - talvez porque acho que lhe falta algo de épico que estas outras séries têm (posso estar errada claro, se calhar está na altura de eu fazer uma releitura da saga: descobrem-se tantas coisas novas quando se relêem os livros da Juliet).
ResponderEliminarO poço das sombras é mesmo um dos melhores livros da Juliet, só não digo o melhor por causa do factor primeiro livro, e ninguém nunca começa por este para o manter isolado no top :D