quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Terra Sombria, A Nona Chave, Meg Cabot

Terra Sombria, Meg Cabot
A Nona Chave, Meg Cabot
Da miríade de coisas que a Meg Cabot publicou, e que eu tive oportunidade de ler, a série da Mediadora é das minhas favoritas. Gosto muito do conceito, da heroína, e do seu percurso ao longo da série, e é uma série fabulosa para se ler no género paranormal. E é essa uma das razões pelas quais fiquei tão contente com as notícias de que a autora vai publicar um livro adicional para esta série, com teor mais adulto, já que a heroína cresceu alguns anos desde o último livro da Mediadora.

Adoro a Suze, e já nem me lembrava disso. Foi bom revê-la. Lembra-me imenso a Charley Davidson da série das Campas da Darynda Jones, porque têm ambas um sentido de humor sarcástico e fabuloso, têm uma queda semelhante para se meterem em sarilhos, e têm uma atitude daquelas... mas é por isso que eu gosto delas.

A Suze está num ponto de mudança, já que vem viver com a mãe e o padrasto para a Califórnia, ela que é uma moça de Nova Iorque, e isso muda-lhe completamente a vida. Primeiro ela sente-se relutante, porque vai sentir saudades de Nova Iorque e não conviveu muito com o padrasto e com os filhos dele. Mas na Califórnia vai descobrir aliados importantes, um novo rumo, mais conhecimentos sobre o seu estatuto de Mediadora, e até uma paixão impossível.

Gosto bastante do elenco secundário. Dentre os meio-irmãos da Suze, temos o pequeno David, que é muitíssmo esperto, e algo sensitivo, e um miúdo que está a mostar à Suze o bom que é ter um irmão mais novo com o qual se sente protectora. Depois há o padre Dominic, que também é Mediador e tenta mostrar à Suze outro caminho, um mais calmo e pacífico. O homem é um santo, sempre a tentar moderar o feitio da Suze quanto a fantasmas, sempre a tentar dar-lhe conselhos que ela prontamente ignora.

E depois temos o Jesse, um fantasma com 150 anos que a Suze encontra a viver no seu quarto, que não quer contar como morreu ou porque ainda anda por aí; que a Suze considera algo irritante por causa dos seus modos antiquados e a sua presença no seu espaço pessoal, mas a que ela se vai habituando, e que se torna num bom aliado e que a ajuda em momentos cruciais. Aprecio que a Suze tenha desde o início a noção de que é uma péssima, péssima, ideia deixar-se encantar pela Jesse, porque ele está morto e não há um futuro com ele, e que tente resistir com todas as suas forças a tal. (E ela falha redondamente. Mas sem isso não tínhamos história.)

Gosto de acompanhar a evolução da Suze ao longo da série, ver como ela aprende com os diferentes "casos" de fantasmas que lhe aparecem pela frente, e apreciei as duas histórias destes dois livros por isso. A Suze comete muitos erros, sim, mas está a aprender, vai correr tudo bem, ela é dura e mostra uma boa capacidade de encaixe.

Estou quase com vontade de devorar o resto da série. Conheço o final, porque quando a Bertrand achou por bem deixar-me a série a meio (traumatizando-me assim para o resto da minha vida com séries inacabadas), tive de arranjar uma maneira alternativa de saber o que acontece, mas desta vez gostava de comprar os dois últimos livros, que mesmo que não seja na mesma edição ou sequer na mesma língua que os outros, sempre me completavam a colecção. Como disse, a série da Mediadora é das minhas favoritas, e é uma pena que eu não tenha os livros todos.

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