segunda-feira, 18 de junho de 2012

The Lady Most Likely, Julia Quinn, Connie Brockway, Eloisa James


Opinião: Confesso, estava a morrer de saudades da Julia Quinn, mas ainda estou em dúvida se deva avançar para a série que ela está a escrever agora, já que ainda não está acabada. (A noção de ter de esperar dois anos pelo fim da série é assustadora.) Resultado, virei-me para a next best thing e peguei neste livro, escrito em colaboração por três autoras de romance histórico. Cada uma escreve aproximadamente 1/3 do livro e desenvolve a curta história de um casal de entre os personagens apresentados no primeiro capítulo. Há continuidade entre as três partes, pois tudo se passa na mesma house party, que decorre num par de semanas.

Acabei por sair um pouco desapontada, porque a história da Julia é a mais fraca. A escrita dela está lá, e é deliciosa, e o seu humor mantém-se, mas o casal conhece-se, apaixona-se e fica noivo tão depressa que não temos tempo para apreciá-los. O espaço limite impede que haja um desenvolvimento em condições. Aprecio a tentativa da Julia de escrever um casal que se conhece pela primeira vez, em oposição a casais que têm uma história (opção tomada pelas outras autoras, que lhes facilita o trabalho na aproximação do parzinho), mas gostava que as coisas tivessem sido desenvolvidas de forma diferente.

A parte da Eloisa James é bem gira, o casal conhece-se desde que são miúdos e têm química. A Georgina é viúva e debate-se com os sentimentos de perda decorrentes da morte do marido, e decide que não quer casar nunca mais. O High é clueless e obcecado com os seus cavalos de criação, tanto que as duas raparigas elegíveis que a irmã lhe recomendou acabam noivas de outros homens. Mas ele de repente repara na Georgie, e não descansa até lhe dar a volta.

A minha parte favorita foi a da Connie Brockway, em que o casal também se conhece desde muito novo, só que são um pouco mais jovens. A Katherine tem uma paixoneta pelo Neill desde sempre, mas foi rejeitada por ele há quatro anos, e agora que se reencontram velhos sentimentos ressurgem e deixam-nos desconcertados. Gostei da Katherine, que tinha um feitio espevitado e directo, e do Neill, que é um rogue regenerado pela guerra. Têm química e as cenas deles divertiram-me.

Enfim, apesar da história da Julia ser menos conseguida, o livro vale a pena. Lê-se muito rapidamente (apesar das quase 400 páginas, tem letra bem grande), e é bem divertido, sendo uma boa porta de entrada para as outras autoras.

Páginas: 384

Editora: Piatkus

5 comentários:

  1. Respostas
    1. Tens que espreitar, é bem giro, apesar da parte da Julia ser menos coesa... os casais são adoráveis. ;) Já leste o segundo das Smythe, não foi?

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    2. Tenho mesmo.

      Já! It's cute. :) Gostei mais do segundo do que do primeiro.

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  2. Acho que nunca li nada de Julia Quinn, mas o livro parece-me bom.

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    1. Seria um bom livro para te estreares nas autoras (e em romance histórico, se não costumas ler), é fofinho. Mas recomendadíssima está é a série dos Bridgertons da Julia Quinn, que é fantástica. ;)

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