segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

The Statistical Probability of Love at First Sight, Jennifer E. Smith


Opinião:  Giro, mas faltou-me qualquer coisa. Não sei se o facto de ter lido este ano o Anna and the French Kiss influenciou a minha experiência com este livro, mas esperava algo que me cativasse e encantasse com a sua promessa de amor à primeira vista. O que não aconteceu exactamente.

Primeiro, o uso da terceira pessoa no presente deu comigo em doida. Já tenho lido livros na primeira e terceira pessoa, mas sempre no passado, o que faz sentido a contar uma história. Agora ter algo do género "a Hadley faz isto, a Hadley vê aquilo, a Hadley vai ali, ..." - céus, é horrível.

Passei o livro todo a tentar adaptar-me ao estilo de narrar, mas nem na última página deixou de me incomodar. Como é que é suposto eu ligar-me aos personagens se estou constantemente a ser empurrada para fora da narrativa por este artifício estúpido? Devo conseguir gostar da Hadley quando o uso deste tempo narrativo me afasta daquilo que ela faz e pensa e sente? Já li o livro há algum tempo, mas só de voltar a pensar nisso até estou a ficar furiosa outra vez.

Adiante. Quando faço um esforço monumental para ignorar este pormenor, e penso bem nisso, a história é engraçadita. Todo o conceito de serendipity e de criar uma ligação com alguém que se acabou de conhecer é tão giro. O Oliver é um rapaz interessante - e tem sotaque britânico, yay! Se bem que até o sotaque tive dificuldade a imaginar graças ao problema acima mencionado. (Não tive dificuldade nenhuma em imaginar o sotaque do Étienne, por exemplo.)

O facto de se passar em 24 horas dá um toque especial à história. A Hadley tem de enfrentar alguns problemas e dilemas pessoais que me interessaram. (Se bem que se resolveram assim a modos que muito facilmente no casamento do pai. Preferia que ela e o pai tivessem conversado mais.) O casamento em si também foi fofinho. Tive pena do Oliver e da razão que ele tinha para viajar para Londres, mas ao menos tinha a Hadley para confortá-lo. A cena em que ela foge do pai para ir à procura dele é divertida. O momento em que eles se reencontram é triste e melancólica... quase salvou o livro.

Páginas: 224

Editora: Headline

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