... a sorte do James Bond é que é um personagem originalmente literário, o que me dá a oportunidade de opinar o último filme aqui nesta rubrica. Visto com um mês de atraso, mas, ei, ao menos deu-me a oportunidade de ver o segundo trailer do Hobbit no grande ecrã.
Não me lembro muito bem dos actores anteriores que fizeram de Bond (vi muitos dos filmes na televisão quando era miúda), mas tenho a sensação que cada Bond é um produto do seu tempo. Apesar do barulho à volta do casting, achei o Daniel Craig uma escolha interessante, especialmente para um paradigma de Bond mais sério e mais orientado para as cenas de acção.
Skyfall combina as cenas de acção com alguns momentos e revelações mais pessoais para Bond e M, que têm uma relação única. Velhos erros voltam para perseguir M, e um vilão cibernético surge, provavelmente dizendo algo acerca dos tempos que correm. O final é um pouco triste, mas quase inevitável.
O elenco secundário é fabuloso. A Judi Dench destaca-se onde quer que vá. Gostei do personagem do Ralph Fiennes, mostrando um personagem que é capaz de se vir a dar melhor com o James Bond do que se pensaria. O Javier Bardem, bem, reconheço-lhe as capacidades, e fez o melhor com o personagem que lhe deram, mas, bolas, o Silva é um personagem que me pareceu um tudo-nada histérico e teatral a mais para quem é tão calculista. A Naomie Harris tem uma personagem com alguma piada, mas aquela coisa de não conseguir largar do sotaque confunde-me. Em todos os papéis que a conheci tinha o sotaque que assumo que é o dela, mas um actor devia apostar na versatilidade e esforçar-se para variar um bocadinho.
O Ben Whishaw *fangirla* estava tão fofo, o estilo que arranjaram para o Q lembrou-me muito do Freddie em The Hour. (O que me lembra, tenho de ver a segunda temporada.) Um Q muito novo e totalmente nerd é uma ideia bem engraçada. Achei muito divertida a cena em que ele e o James Bond se conhecem, as piadas sobre o Bond estar a ficar velhote têm alguma piada elas próprias, porque o próprio actor reconheceu algures poder estar a ficar velhote para o papel.
A direcção de fotografia está de parabéns, criaram duas cenas que adorei, a da torre em Xangai, e a cena final, com a iluminação à base do fogo. Os responsáveis pelo genérico também fizeram um bom trabalho, gostei do genérico, muito ominoso e cheio de pistas para o fim. Ah, e fiquei viciada na música da Adele. Ouvi-a talvez 3 vezes, e não me consigo esquecer dela.
My God, só eu não vi um trailer do Hobbit que fosse---no cinema isto é. Tanto queria ver o RA no grande ecrã, a cantar se possível, e NADA!
ResponderEliminarNerdy Ben Whishaw = <3
Ah... nem o do Armitage a cantar? Tão awesome. ;)
EliminarE que Ben Whishaw versão torturada? -> Cloud Atlas ^-^
Nunca apanhei nem um teaserzito que fosse do Hobbit das últimas vezes que fui ao cinema. *sigh*
EliminarPois é, ele parece ser uma alma torturada no Cloud Atlas. Ooooh *abraça mentalmente o Ben*
Já vi este filme há um mês, mas lembro-me dele todo (o que é raro, passa uma semana e já não sei o que aconteceu em metade do filme). Adorei a relação Bond/M, a introdução de coisas dos Bonds antigos neste (o Aston Martion, a Moneypenny, o escritório do novo "M") e a backstory do Bond. Adorei! Quer dizer, o vilão era estranhíssimo, mas acho que até ajudou à história :)
ResponderEliminarLol, eu desgostei do vilão... não acho muita piada a vilões histéricos, parecem caricaturas. xD Acho que é muito mais assustador ter um psicopata com low profile, daqueles que pode explodir a qualquer momento sem aviso.
EliminarOs pequenos pormenores dos filmes antigos do Bond foram divertidos, e até fáceis de apanhar para quem, como eu, não se lembra de quase nada dos outros filmes. :)
Eu adoro James Bond.
ResponderEliminarPrincipalmente o Pierce Brosman!