Bruxa Endiabrada, Kim Harrison
Depois dos acontecimentos do livro anterior, o Foco continua em foco (passe a redundância), e graças ao dito cujo, a Rachel consegue envolver-se (e envolver-nos) em ainda mais sarilhos. A Kim Harrison consegue ainda enredar neste ponto principal vários fios secundários, e pior, trazer à baila qualquer badameco que a Rachel já tenha enfrentado como inimigo. O perigo e a acção estão em alta e foi divertido rever alguns vilões (Al e Piscary) e conhecer outros (Newt e Minias).
Não foi divertido ver o Trent neste livro (mas ao menos vi-o). Tenho a firme convicção que algum dia vou ver a Rachel e o Trent cair nos braços um do outro, provavelmente muito relutantemente, ou num estado embriagado - mas quão divertido vai ser! Só que, ora não o vemos de todo (no livro anterior), ora ele faz uma coisa fundamentalmente evil e estraga a pintura (neste livro). Seria interessante vê-lo ganhar uma consciência. De qualquer modo, foi divertido ver o "casamento" dele.
O Jenks continua tão divertido, e de certo modo a bússola (moral e não só) da Rachel. A Ivy... é complicado. Ainda vou conseguir vê-la evoluir deste pântano em que se enfiou. A Rachel continua igual a si mesma, sempre pronta para se meter em sarilhos - creio que está a ganhar um nadinha de maturidade, ou pelo menos autoconhecimento. O fim é... triste, e dramático, e confuso, porque não sabemos realmente o que aconteceu, e assim não é possível aceitar a situação.
Emmi e Leo - A sétima onda, Daniel Glattauer
Depois de uma ausência de 9 meses e meio (bem, 11 e meio na minha vida, mas quem é que está a contar?), o Leo volta de Boston e ele e a Emmi retomam a sua correspondência, infelizmente não no ponto em que a tinham deixado. Não, tinham de me torturar durante um livro inteiro. O Leo trouxe uma americana chamada Pamela como souvenir, e a Emmi manteve-se ao lado do marido para cuidar dos miúdos.
Por um lado, a relação deles evolui, já que finalmente se conhecem no plano físico, e sobrevivem a tal encontro. Por outro, todas as peripécias, todos os "obstáculos", são apenas temporários e quase desculpas para adiar o inevitável. A verdade é os seus e-mails estão recheados de intensidade e emoção, e estão são duas pessoas a torturar-se desnecessariamente porque _________ (preencher o espaço - pessoalmente diria que são masoquistas).
O fim chega, finalmente, e eu suspiro de alívio. Creio que a Emmi teve ali um momento de tortuosidade feminina (que durou qualquer coisa como seis meses), mas chegou ao fim, e eu tive o meu final feliz.
Easy, Tammara Webber
Não me tinha dado conta, mas estava a morrer de saudades de ler qualquer coisa mais contemporânea e menos fantasiosa. A autora consegue criar uma história cativante e que me fez devorar o livro. Gostei muito do cenário mais universitário, e da protagonista, Jacqueline, que acaba com o namorado que seguiu até à universidade, mas não é parva nenhuma.
Gostei da evolução dela e de ler sobre os seus problemas. Gostei do Lucas, de como ele e a Jacqueline não se conseguiam largar e de como os dois se ajudam mutuamente a ultrapassar os seus fantasmas (e o Lucas tem uma arca cheia deles). Gostei de como a história me pareceu tão real, como se estivesse a acontecer a um grupo de amigos próximos. Gostei. Estou em pulgas para ler mais qualquer coisa da autora.