quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dia 3 - Livro Subvalorizado

Para esta categoria vou escolher Memorial do Convento, de José Saramago. O livro porque é leitura obrigatória no 12º ano, e o autor porque simplesmente muita gente fica presa à sua maneira de escrever e acabar por deixar escapar todas as outras coisas que os seus livros contêm. Eu já ouvi pessoas queixarem-se que ele escreve mal! Podem queixar-se que não gostam da escrita ou dos temas tratados nos seus livros, mas quanto ao modo como escreve, o autor apenas subverte as regras de pontuação, criando as suas próprias regras. Se as pessoas passassem metade do tempo que usam para se queixar do autor e da sua escrita a ler de facto um dos seus livros, talvez pudessem ter uma surpresa.

7 comentários:

  1. Confesso que não consegui ler este livro devido à escrita mas o meu maior problema nem foi esse. O meu problema foi ser obrigatório. Nunca gosto de livros quando sou obrigada a lê-los LOL

    ResponderEliminar
  2. Concordo! quando li esta obra no secundário, houve muitos alunos que se queixaram da escrita...mas nem passaram do primeiro capitulo. Acho que é uma questão de hábito...ainda por cima a história é lindissima. Sinto que esta forma de escrever de Saramago torna a leitura mais vívida...O problema é que o pessoal mesmo antes de ler já está com minhoquinhas na cabeça, que é chato e dificil e blá, blá...para opinar tem de se tentar pelo menos.

    cumps

    ResponderEliminar
  3. Laura, realmente o rótulo de "leitura obrigatória" acaba por estragar um bocado a vontade de ler. :| Também não ajuda escolherem alguns livros que muitos de nós não têm maturidade para ler, e pior, temos de os analisar até à exaustão! :P Grrr...

    Sara, pois, os preconceitos antes de ler não ajudam nada. Comigo, mal me habituei à escrita, embalei e acabei o livro num instante! A escrita ajuda a este "embalo" e a história tem tantos pontos deliciosos... :D

    ResponderEliminar
  4. Não concordo com essa de os alunos não terem maturidade...estamos a falar de alunos de 17 ou 18 anos com bastantes anos de escolaridade para trás. Se não compreendem é porque alguma coisa falhou nesses anos anteriores, não é culpa da obra que é um bocado densa mas não é imcompreensivel Oo O problema tem que ver com os hábitos de leitura que os miudos trazem que mt vezes são nenhuns....é complicado. E é tudo dado tão a correr...

    Eu acho que é mesmo uma questão de hábito...a parte do transporte da pedra é incrivel.

    ResponderEliminar
  5. Sara, mas lá está, se os hábitos de leitura fossem consolidados desde o início da escolaridade, acredito que houvesse maturidade para compreender e apreciar certas obras. ;)

    Agora jovens que nunca ligaram aos livros, cuja formação do Português foi sempre dada "em cima do joelho", em que nunca foi pedido que se lesse uma obra completa, mas sim apenas excertos - é difícil passarem para um Eça de Queiroz, um Saramago, ou os heterónimos do Pessoa... Acabam por não conseguir ler e gostar das coisas que se dão no secundário, porque a formação do básico não lhes cria uma vontade e maturidade de leitura.

    É pena, mas enquanto o ensino estiver estruturado desta maneira, há de haver muita gente que não goste ou se identifique com as leituras obrigatórias. :( Felizmente que há muitas excepções à regra como tu e eu. :D

    ResponderEliminar
  6. Pois é o que eu acho...o problema não tanto das obras, mas da falta de hábitos de leitura. Se o aluno fosse incentivado a ler desde pequeno, seria mais fácil compreender as obras, mesmo que não gostasse delas. Mesmo assim estas obras mem são mt chatas se compararmos que antes de dava amor de perdição, as viagens na minha terra e outros assim -_-

    ResponderEliminar
  7. Olá p7!

    Vi-me confrontada a eleger, também, esta obra, para o dia em questão, pois concordo com tudo o que disseste. Confesso que também eu parti para a leitura deste livro com receio de não gostar, mas tive uma agradável surpresa, pois como dizes tem momentes deliciosos. :)

    ResponderEliminar