quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Condensadas: Havoc, Acácia 2, O Diabo do Rio

Havoc, Jeff Sampson
Acho que este livro sofreu com o "síndrome da segunda obra". Como a história vai a meio, é preciso desenvolver os temas do primeiro livro e preparar o terceiro. Sinto que ainda falta muito por desvendar - as transcrições das filmagens que aparecem de tantos em tantos capítulos parecem ainda muito longe da acção presente, tanto temporalmente como em termos de construção de enredo.

Fiquei na dúvida sobre os desenvolvimentos com os Shadowmen, mas gostei da evolução da Emily, de como lentamente a matilha se vai construindo, e do que vamos descobrindo sobre os outros adolescentes com... poderes. Gosto do tom sci-fi e paranormal combinado do enredo, que é um pouco desfeito pela estranheza em torno, lá está, dos Shadowmen. Mas os contras não são suficientes para me impedir de ter o último livro, Ravage (que tem uma capa demasiado boa para eu perder).

Acácia - Presságios de Inverno, David Anthony Durham
A palavra-chave para definir o livro é... não-memorável (falha-me a palavra certa, na verdade). Irregular. Cheio de altos e baixos. Bem, isto são muitas palavras-chave. Mas a verdade é que o livro peca de muita coisa, e tê-lo lido aos poucos, conjugado com a divisão do original, não ajuda a que lhe encontre os pontos positivos.

Enquanto que a primeira parte do livro estava cheia de incongruências, a segunda deixou-me insatisfeita por revelar as insuficiências da escrita. A falha em criar suspense e tensão. A fuga a descrever momentos difíceis e que daria uma prosa fantástica e alguns pontos altos na história. A má construção de personagens. A introdução de coisas demasiado convenientes para o avanço da narrativa.

Estar aqui a escrever a minha opinião fez-me perceber que é muito mais fácil lembrar-me dos pontos baixos do que dos pontos altos - que também os há. O autor tem algumas ideias interessantes no enredo, e o worldbuilding tem algumas coisas que me agradam. Mas isto é acompanhado por um amargo de boca ao pensar que noutras mãos a história seria mais grandiosa.

O Diabo do Rio, Patricia Briggs
Ai, Mercy, perdoa-me. Sou fraca. Adoro-te, e mereces uma opinião muito mais longa, mas neste momento só seria capaz de spoilar a tua jornada neste livro. Adorei ver-te com o Adam neste livro, e finalmente vocês os dois fazem sentido para mim. Morri de saudades dum monte de personagens secundários, mas as cenas convosco saciaram-me. Diverti-me imenso com a partida que te pregaram no início do livro.

Gostei mesmo de ler sobre a tua herança ameríndia, e a tua criadora é fantástica no worldbuilding em torno da mesma. Interessou-me ler sobre o vilão que enfrentas neste livro, sobre a sua criação, e sobre o modo como o destroem. Aquilo que descobriste sobre o teu pai fascinou-me, e foi muito interessante conhecer um certo personagem tortuoso. A tua tradução continua a ter momentos que me deixam dúvidas, mas espero ansiosamente a tua próxima aventura.

5 comentários:

  1. Oh para ela a fazer reviews a todo o gás xD

    Mmm, o Acácia não me convence...

    Acho que a Mercy te perdoa :p

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    1. Lol, tem de ser, do primeiro já nem me lembro bem o que queria dizer quando o li. xD Apenas deixei dois para fazer uma opinião em separado, a Lila e a Celaena (tive de ir ver como é que se escrevia :P) merecem. ^-^

      Acho que nem vale a pena pores na wishlist, achei o livro fraquinho...

      Espero bem que sim, a rapariga transforma-se num coiote e é acompanhada por um monte de lobisomens, ainda me metia em sarilhos. xD

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    2. Argh, também nunca consigo escrever Celaena sem olhar para a sinopse do livro, aliás até penso no nome de forma errada, porque leio sempre "Caleina", e embora não explique no livro como é que se lê eu suponho que a forma correcta seja "Celena", ignorando o "a", mas não importa, porque o meu cérebro regista sempre Caleina. xD

      Advice taken.

      Uuuh, medo. Cuidado com o coiote! :p

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    3. Lol, na minha cabeça também lia "Caleina"... mas porque é que os nomes em fantasia são sempre tão difíceis?? O Dorian era o único com um nome mais ou menos normal. :P

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    4. Ahah, yay! não fui a única! \o/

      Deve estar no manual de escrita de fantasia: sempre que possível usar nomes estranhos.

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