segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Uma imagem vale mil palavras: Louca por Compras (2009)

... ou no caso deste filme, uma imagem NÃO vale mil palavras. Não consigo perceber como é que isto foi feito, ou sequer porque é que foi adaptado dos livros da Sophie Kinsella, já que não tem nada a ver com o espírito dos livros. Pode seguir à letra certas coisas dos livros, mas não é o suficiente para ser uma adaptação decente, e se eu fosse a Sophie Kinsella, teria um AVC só de pensar que isto tinha sido adaptado a partir dos meus livros. (E  geralmente até sou benevolente para com adaptações de livros depois do visionamento do filme.)

Para começar, falta ao filme um certo ambiente, talvez aquele ambiente British, dos livros. Depois, todo o filme é permeado com uma sillyness que a Becky original não tem. Ela pode ser patética no modo como se deixa enterrar em dívidas, e é triste ver alguém perdido num vício destes - e por isso são desnecessárias e estúpidas cenas como a da Becky atirar-se pela mesa acima para impedir que o Luke atendesse o telefone (não era mais fácil contornar a mesa?) ou telefonar ao Derek Smeath e depois ele telefonar de volta e ela ser quase apanhada.

A sério? É esta a pessoa que consegue fugir a cobradores e acumular dívidas? Parece uma loira bimba burra (que me desculpem as loiras). A Isla Fisher não ajuda, porque aquele ar demasiado adorável e perdido que ela exuda dá-lhe um pouco ar de tola e ao mesmo tempo de psicótica. A Becky do livro conseguia deixar-me furiosa com as asneiras que fazia, não com o quão parvinha parecia.

A história é canibalizada para conseguir meter partes do primeiro e do segundo livros no filme, e sinto que certas coisas não funcionam muito bem, sendo usadas apenas para dar à história a pinta de comédia romântica. Mudaram completamente o background do Luke! A única coisa que se manteve foi o ser britânico (pelo menos o Hugh Dancy tem um sotaquezito), e o ser de uma família abastada.

Dou por mim a pensar que sou demasiado dura com esta adaptação (porque se não fosse "vendida" como uma adaptação do livro seria bem mais credível), mas depois revejo-a, e lembro-me de tudo o que conseguiu fazer mal, e começo a ter comichão, e a ficar irritada com a mesma. *sigh* Tenho uma relação de amor/ódio com os livros, pelo que a Becky faz, e como não parece aprender com os erros, mas com o filme é apenas ódio na verdade indiferença - preferia que não tivessem feito o filme de todo.

2 comentários:

  1. Eu adoro os livros, apesar de achar que a história dele estar sempre a enterrar-se em dívidas se torna um bocado repetitiva. Concordo contigo quanto ao filme, ao menos podiam tê-lo feito em Londres. Além disso, nos livros, o Luke não é chefe dela. E aquele final deu-me comichão, achei muito mais giro o final do segundo livro, em que ele foi ter com ela onde ela trabalhava em New York.

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    1. Lol, é mesmo por essa razão que a Becky me enfurece nos livros - parece que nunca aprende, e está sempre a cometer os mesmos erros... *revira os olhos* Mas também é divertido ver as asneiras que ela faz. xD Tenho pena que o filme tenha feito tanta coisa mal, para quem não conhece os livros até pode ser giro, mas quem já os leu... :/

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